BAR: CACHAÇA, A BEBIDA TIPICAMENTE BRASILEIRA E DEMOCRÁTICA

 

A cachaça, bebida de respeito. Por ser uma bebida popular tipicamente brasileira que há séculos faz parte da civilização, antes de ser um produto econômico, é uma das mais belas expressões da cultura brasileira que é conhecida por inúmeros sinônimos, como: abençoada, água-de-cana, aguardente, aguardente de cana, bagaceira, branca, branquinha, caiana, conhaque brasileiro, desmancha-samba, néctar dos deuses, rum brasileiro entre outros.

Existente em várias comemorações, antes a cachaça era vista como uma bebida símbolo de resistência do povo brasileiro, sofrendo preconceitos no Brasil Colônia, sendo proibida a sua produção e comercialização. Com isso resultou na Revolta da Cachaça, dando origem ao Dia Mundial da Cachaça, 13 de Setembro. Esse símbolo que representa quase 500 anos de história “engarrafada”, pode ser considerado o primeiro destilado produzido nas Américas, de forma intencional, entre os anos 1516 e 1532, antes mesmo do Pisco, da Tequila e do Rum, evoluindo e chegando ao século XX, comparado aos melhores destilados produzidos.

A cachaça é a aguardente de cana, com seu teor alcoólico entre 38% e 48%. Para enaltecer e realçar sabores riquíssimos e diferenciados, a cachaça branca, em geral é engarrafada logo depois de produzida – ou armazenada e envelhecida, por um ano no mínimo em barris de madeiras típicas de cada canto do Brasil como: a Amburana, Jequitibá, Amendoim, Bálsamo, Ipê, Freijó, Eucalipto, Castanheira e o conhecido Carvalho, além de várias outras, conquistando seu espaço no cenário nacional. Se permanecer mais de três anos armazenada nos barris recebe a qualificação de Cachaça Premium ou Extra Premium.

Provar e observar, analisar as impressões, a cachaça deve apresentar limpidez, ou seja, ser transparente e sem partículas, ter brilho, sua cor pode ser amarela, dourada, âmbar ou branca, quando a cachaça não é envelhecida ou o é em tonéis que não alteram a coloração da bebida. Para descobrir se é boa ou ruim isto é, para acontecer o primeiro gole, primeiramente se faz um exame visual na garrafa e no copo, seguido do exame olfativo e depois pelo gustativo da bebida.
Pelo exame olfativo procura-se então identificar os aromas da cachaça, que aproximando o copo perto das narinas, tampa-se uma delas e inspira-se com a outra, descobrindo o teor alcoólico. Em seguida o líquido é ingerido. Os aromas são variáveis, mas o sabor da cachaça deixa uma sensação aveludada.

A degustação confirma ou não as sensações deixadas pelo exame olfativo. Coloca-se uma pequena quantidade da cachaça na boca e realizam-se pequenos movimentos com a língua e bochecha, de maneira que alcance todas as partes da boca e da língua, dando tempo para revelar sabores diversos: adocicado, ácido, amargo e salgado. Vista através de um copo de vidro com parede lisa, degustar um copo de cachaça é uma arte, deixar levar por esse líquido, é para dar prazer, e é para isso que ela existe.

Assim sendo, a cachaça ocupa a posição do terceiro destilado mais consumido no mundo. É utilizada como base para coquetéis de frutas, sendo o mais tradicional a caipirinha, drink refrescante e saboroso que, para não perder sua autenticidade, deve ser feita exclusivamente com a cachaça.  Atualmente com sua versatilidade, vários profissionais da coquetelaria vêm utilizando-a para reinventar drinks famosos, tais como o Mojito, o Dry Martini e a Margarita, mostrando igual ou superior à dos grandes destilados.

Apreciar a cachaça é uma oportunidade para aguçar os sentidos, e degustá-la é o caminho mais legítimo e confiável para que você conheça a cachaça. Tema de estudos conhecido há quase 500 anos, o vinho de cana-de-açúcar, foi descoberto em algum engenho de açúcar. A cachaça era o nome dado à primeira espuma que subia da superfície do caldo de cana que estava sendo fervido.  Assim os engenhos produtores de açúcar, eram chamados de “casa de cozer méis”, que posteriormente foi também aplicado aos alambiques que produziam a cachaça.

Na década de 1620 na Bahia ocorreu o primeiro registro histórico da cachaça, coincidindo com o rum das Américas, a aguardente de caña na Espanha e a tafia na França, todas foram criadas a partir dos mesmos subprodutos da produção de açúcar. Sendo associada às classes mais baixas, a cachaça ao ser aprimorada as técnicas da produção começou a ser apreciada por todos, consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outro ingredientes nas festas religiosas em Portugal. Nas últimas décadas, veio o reconhecimento internacional, onde diminui o índice de rejeição dos brasileiros, dando à cachaça a bebida genuinamente brasileira um status de bebida chique e requintada e merecedora dos mais exigentes paladares.

 
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Walmir Balaca está à frente de Balaca Buffet de Líquidos, com serviço personalizado, ontem também realizão drinks com frutas regionais combinados com ervas diversas, além de um Lounge de cachaças nobres para quem admira as boas cachaças como, Reserva 51, Vitoriosa, Antiqua, Nega fulo, Carvalheira Premium, Ypioca 150, entre outras. www.balaca.com.br