CAPA: Felipe Hintze, o guardião das nove

Na sequência de mais um trabalho de destaque na TV, Felipe Hintze começou no teatro em 2013 com a peça “A Toca do Coelho” ao lado de atores experientes como Reynaldo Gianecchini e Maria Fernanda Cândido e logo em seguida recebeu convite para participar da série “Dupla Identidade”. Mas foi com seu personagem em “Verdades Secretas” que Felipe viu o seu nome cair no gosto do público e de lá para cá não parou mais. “Essa vontade de fazer teatro sempre esteve imbuído em mim. Acho que fui influenciado pela minha mãe que me levava muito ao teatro quando eu era pequeno”, comenta ele. Atualmente como o cômico policial Peçanha em “O Sétimo Guardião”, Felipe tem tido a oportunidade de trabalhar o lado mais leve e divertido de um personagem mais despretensioso fazendo dupla com Milhem Cortaz, que faz o delegado de Serro Azul. 

Felipe algumas referência na TV e cinema para inspirar o ator que você é hoje? Eu me inspiro muitos nos atores que criam suas próprias oportunidades, saem da sua zona de conforto e quebram paradigmas. Acho maravilhoso quando Nicole Kidman e Sandra Bullock produzem seus projetos como “Big Little Lies” e “Bird Box”, me impressiono com os trabalhos de Jonah Hill que quebra os padrões estéticos hollywoodianos, acho incrível a pluralidade de Brit Marling atuando, dirigindo e escrevendo seus projetos. É deslumbrante quando Fábio Porchat, Ingrid Guimarães, Tatá Werneck, Paulo Gustavo se fazem protagonistas de suas próprias histórias, adoro como Meryl Streep, Fernanda Montenegro tem suas responsabilidades sociais.

O que acha primordial para você em um trabalho como ator e para você como espectador? O que você espera de você e do ator que está vendo?

Respeito é primordial sempre. Ter uma atitude profissional tanto para o ator quanto para o espectador é imprescindível. Eu sempre espero o melhor, sempre torço para o projeto acontecer. Eu sou sempre um grande fã dos trabalhos que eu faço.

Como e quando descobriu que queria isso para você? E o que procura? Essa vontade de fazer teatro sempre esteve imbuído em mim. Acho que fui influenciado pela minha mãe que me levava muito ao teatro quando eu era pequeno. Eu procuro sempre fazer conexões mais profundas com outras pessoas. Busco sempre exercer o papel da arte na sociedade. Nós temos uma responsabilidade social gigantesca.

Seu início na TV foi marcado com o sucesso da série “Verdades Secretas”. Como foi esse início na TV? Minha estreia na Globo foi na série “Dupla Identidade”, eu fazia um hacker que trabalhava na polícia e logo depois fui fazer “Verdades Secretas” que foi um marco na minha carreira e na dramaturgia. Tive sorte de começar em duas trabalhos de sucesso. Até hoje as pessoas clamam pela continuação de ambas. O processo de aprendizagem foi enriquecedor.

Atualmente você interpreta o policial Peçanha em “O Sétimo Guardião”. Como tem sido a experiência? Estou amando fazer a novela. Tenho a oportunidade de trabalhar com humor, levar alegria as pessoas, isso é muito gratificante.

Alguma inspiração para compor o Peçanha? Muitas! Primeiro pesquisei muito duplas cômicas famosas como “O Gordo e o Magro”, estudei o universo ficcional do Aguinaldo Silva, assisti um pouco das novelas dele como A Indomada, Tiêta, Roque Santeiro.

E como é a relação com o ator Milhem Cortaz, que interpreta o delegado da cidade? De muita parceria! Ele é um ator incrível e generoso. A gente se diverte muito em cena.

Antes dessa novela você fez maldades em “Malhação” e fez rir em “Vá de Retro”. Como é passar por esses extremos? Como foi fazer esses personagens? Em “Vá de Retro” eu fiz uma participação muito pequena. Senti esses extremos na “Malhação” e agora em “O Sétimo Guardião”. É uma delícia poder se deslocar nesses dois universos. Os desafios de em cada trabalho poder se aventurar em situações tão distintas.

Você acha que de alguma forma você é uma referência para atores e público em geral por fugir de padrões estéticos antes impostos pela mídia? Como você vê isso? Sim! Diversas vezes fui parado na rua por pessoas que falavam que se sentiam representados por mim. Fico muito feliz por isso. Acho importante a gente quebrar esses padrões de beleza impostos pela nossa sociedade. A beleza está na unicidade.

Como lida com o espelho? Se considera um cara vaidoso? Fico feliz com o que vejo no espelho. Não me acho vaidoso, mas gosto de cuidar da minha aparência.

O que faz sua cabeça nas horas vagas? O que te distrai? Depende da cidade onde estou. Gosto de curtir e aproveitar as oportunidades que o lugar me oferece. No Rio amo a praia, São Paulo gosto de ir ao teatro, museus…

O Peçanha tem um tom mais leve. Você tem algo disso? Se considera um cara bem humorado? Bom humor é indispensável. Gosto de levar a vida com leveza.

Para conquistar Felipe basta… Ser você mesmo.

Mais alguma novidade que pode nos adiantar sobre o Peçanha? Só o Aguinaldo Silva sabe…