CAPA: Giba, um belo lance de uma vida bem “jogada”

Gilberto Amauri de Godoy Filho, o Giba, não é homem de muitas palavras, mas sabe como poucos usar o corpo em prol do esporte e agora da dança! Giba está vivendo um momento de novidades. Após uma carreira incrível no vôlei, ele encara uma nova atividade, a de comentarista esportivo e um novo desafio, encarar o salão na “Danças dos Famosos”, quadro do Programa do Faustão na TV Globo. Nessa entrevista Giba nos fala de momentos no vôlei, de como lida com a vida e da importância da família na sua vida. Um belo lance de uma vida bem “jogada”.

Como o vôlei surgiu na sua vida e em que momento decidiu que jogá-lo seria sua profissão? O vôlei surgiu na época da escola após ter feito futebol, natação e basquete e não ter me identificado com nenhum. Decidi que o vôlei seria minha profissão quando ganhei o torneio de vôlei infanto juvenil com a seleção brasileira em 1993 na Turquia e fui eleito o melhor jogador do torneio.

 

A convocação para a seleção brasileira de vôlei veio aos 18 anos, hoje, olhando pra trás, considera que um garoto com essa idade tem maturidade pra responsabilidade que é uma seleção? Na verdade 18 anos foi a minha convocação para a seleção adulta. As categorias de base eu já me encontrava desde os 15 anos, e isso contribui para que eu chegasse mais maduro na seleção principal. E a maturidade dos jogadores mais experientes foi fundamental para meu crescimento pessoal.

Em 2001 a mudança para outro país, Itália. Quais as expectativas, os medos e os sonhos? As expectativas eram muitas por estar indo para um país com um novo idioma, diferentes costumes e um campeonato de alto nível! Sempre tive o sonho de me tornar uma pessoa melhor e um profissional sempre mais qualificado.

 

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O primeiro ouro olímpico a gente nunca esquece? (risos) De jeito nenhum, mesmo porque é o sonho de qualquer atleta amador chegar a uma Olimpíada, imagine se sagrar campeão…

Como viver em time, seja seleção ou não? O que é mais difícil nos dias de concentração, treinos, jogos…? Pra mim sempre foi muito tranquilo viver com a seleção ou com o time que eu jogava. A parte mais difícil sempre foi ficar longe das pessoas que eu amo. Mas para alcançar meus objetivos isso foi mais um dos obstáculos necessárias para serem superados.

O que essa vida praticamente em comunidade ao longo desses anos te ensinou e te moldou, profissional e pessoalmente? Quais os momentos mais difíceis e mais gloriosos com a camisa verde e amarela? Respeitar o próximo. O momento mais glorioso foi a olimpíada de 2004 em Athenas e o campeonato mundial de 2002 e o campeonato Infanto juvenil de 1993 quando decidi ser atleta profissional. O momento mais difícil foi a derrota no pan-americano de 2003 em Santo Domingos.

 

E você decide parar. Fim de jogo, adeus às quadras… Decisão difícil doída, ou somente mais um passo natural na carreira de qualquer atleta? Um passo natural.

Quando se acidentou ao cair de uma árvore e rasgar o braço (aliás, menino travesso, hein?!) do que mais teve medo? E como encarou o tempo fora das quadras para tratamento? Este acidente foi bem no início da minha carreira, mas claro, tive medo de não conseguir voltar a jogar.

Casamento, filhos, separação e vida pública. Como lidar com todos esses ingredientes de forma responsável, expondo o mínimo possível sem deixar de encarar os fãs e a mídia? Encaro minha vida da forma mais natural possível e com a maior transparência.

Filiar-se a um partido indica pretensões políticas futuras ou é mais um gesto de cidadania e envolvimento mais próximo? É um gesto de cidadania e envolvimento mais próximo, pois acredito que a política é parte fundamental das decisões do nosso país e me preocupo muito com o futuro da nossa nação e o Brasil que deixaremos de herança para nossos filhos!

Desafio de comentarista… Fala pra gente dessa nova atividade. Mais um grande desafio na minha carreira e poder aprender como tudo acontece atrás das câmeras.

E o que você pode contar pra MENSCH sobre Giba, o homem, não o jogador, o comentarista… O que importa pra mim é estar sempre junto a minha família!

Na “Dança dos Famosos” você tem se destacado desde o primeiro dia. Isso foi uma surpresa até para você mesmo? Como tem sido a experiência? Foi uma surpresa até para mim, mas ao mesmo tempo ter sido um atleta profissional durante muitos anos procurando sempre buscar a perfeição e o foco me fizeram me sair bem até na dança.

E dançar, é mais difícil que jogar vôlei? (risos) Com certeza não, mas é uma coisa nova na minha vida. Mas estou me divertindo muito neste novo desafio!