CAPA: Gil Coelho fazendo graça e encarando desafios com muito talento

De bem com a vida e disposto a encarar novos desafios com bom humor, o ator Gil Coelho se descobriu ainda mais dentro desse clima suave do humor com seu recente personagem Lindomar, em “I Love Paraisópolis”. Como ele próprio diz, o “Lindo” realçou nele essa característica que ele adorou e não larga mais. É o que se pode ver também em seu atual trabalho no cinema com “SOS Mulheres ao Mar 2”, com outro personagem bem humorado e alto astral. De peito aberto e sorriso no rosto Gil segue seus (novos) desafios, como tocar piano e pintar, e sempre disposto para um cineminha com os amigos e um passeio com a família. Simples assim.

Com a reta final de “I Love Paraisópolis” que análise faz desse trabalho? Foi tão divertido de fazer como de assistir? Sem dúvidas, esse trabalho foi muito especial. Foi ali que fui apresentado à comédia, ao dito “personagem de humor”. Agradeço muito a esse time composto por Wolf Maya, Alcides Nogueira, Mario Teixeira e Carlos Araújo pela confiança e pela liberdade que sempre me deram. Eu acho que na questão de diversão, nesse trabalho eu fui tão, mas tão feliz, que me divertia mais do que o telespectador, (risos). E isso é bem gostoso, porque quando estamos nos divertindo, quando o trabalho permite esse grau de prazer e realização, a probabilidade de passar isso a quem assiste é ainda maior.

Tem algo do seu personagem Lindomar em você e algo seu nele? Costuma ter essa “troca” ou separa bem as duas coisas? Então, isso foi muito engraçado porque quando comecei a preparar o Lindomar eu tinha uma energia diferente. Hoje em dia eu acho que 80% da energia dele virou minha, me sinto um cara muito mais acelerado e engraçado, como ele. Com os outros personagens, acho que acabou que não peguei emprestado tantas coisas como do Lindo. Aliás, eu tomo no mínimo três cafezinhos antes de começar as cenas. Me deixa mais agitado, no ritmo que o personagem me pede, e eu gosto. Nem sou de tomar café, mas me habituei a fazer no set pelo Lindomar.

Em geral seus personagens trazem bom humor. Isso é uma característica do seu trabalho ou sua mesmo? Eu me acho um cara bem humorado, sim. Um tipo de bem com a vida, sabe?! E o bom humor acaba acompanhando isso. Para além disso, penso que na maiorias dos personagens construídos, nós atores sempre colocamos algumas características que são nossas, por menores que elas sejam. Um sorriso, uma piscada de olho, muitos detalhes trazem um tanto de nós. Como somos nós que criamos, não tem jeito: sempre levamos algo nosso para eles. Mas claro que se o personagem não permitir, como no caso de um tipo mais fechado, mais sisudo, não terá como usar isso. Mas aí lançarei mão do meu lado mais reservado. E por aí vai…



As mulheres costumam gostar de homens que as fazem rir. Isso tem funcionado com você? Gente, que pergunta difícil… Eu acredito que tudo que é enviado de positivo vai atrair algo bom – seja uma pessoa legal para amizade, uma energia boa para oportunidades de trabalho ou mesmo uma mulher para namorar. Então, se eu estiver bem humorado, naturalmente isso soará como uma simpatia extra, um agrado a mais, um charme que atraia uma relação interessante. Mas falando de coração, estou numa fase tão focada e trabalhando tanto, que nem estou me preocupando com isso.

Atualmente você está nas telas de cinema com o (também) bem humorado “SOS Mulheres ao Mar 2”. Como foi participar desse filme? Parece ter sido uma boa diversão… Em primeiro lugar, esse filme já foi um presentaço da diretora Cris D’Amato, que virou minha amiga. Quando fiquei sabendo que faria o filme, nossa… Foi incrível, justamente pelo fato de ser um personagem totalmente diferente do Lindomar. E acabou que gravei os dois simultaneamente durante um período. Mas o melhor foi quando descobri que seria filmado totalmente fora do país. Rodamos em lugares como Miami, Orlando e Cancún, e aí foi só comemorar! Imagine um grupo de amigos que estão viajando a trabalho mas, ao mesmo tempo, sentem como se estivessem numa colônia de férias. Uma sensação deliciosa de trabalho com prazer e muita diversão! E rodar esse filme foi praticamente isso, (risos)!

O que te tira do sério? Me tira muito do sério mentira e falsidade. Não acho bacana esse tipo de comportamento, então me incomoda bastante.

 

Falamos que o humor atrai as mulheres… e o que te atrai nas mulheres? Amo mulheres cultas e… ENGRAÇADAS, (risos)! Acho que essa é uma ótima combinação, né?! Porque gera um interesse que vai para além da imagem da mulher, do seu biotipo e beleza.

O que elas ainda não sabem (ou teimam em não saber) sobre os homens? Não posso trair meus amigos do mesmo sexo! (risos) Brincadeiras à parte, não acredito num formato, num modelo pronto ou em algum segredo a ser desvendado. Acho que é preciso acreditar no ser humano, independente do sexo. Homens e mulheres erram, se equivocam, mas também acertam e podem ser incríveis! Então é preciso sair desse lugar de achar sempre que homem não presta ou qualquer outro clichê sobre o gênero, porque tem muito cara bacana. E tem muita mulher legal também. O negócio é fazer com que essas pessoas se encontrem e fiquem juntas, (risos).

Que qualidade inveja nelas e o que gostaria que elas aprendessem com os homens? Acho as mulheres muito batalhadoras, e essa é uma qualidade a se destacar porque elas vem de uma história de opressão, onde a mulher ficava em casa cuidando dos afazeres domésticos enquanto o homem era o provedor do lar. Isso mudou muito com o passar dos anos, se inverteu, até. Hoje elas possuem mais espaço, embora ainda haja muita desigualdade. Mas certamente podem alcançar o topo do mundo. Esse é um movimento crescente, e a tendência é que se sobreponha dia a dia. Isso me deixa muito feliz! Os direitos devem ser iguais e os deveres compartilhados. O que acho que elas poderiam aprender? Hummmmmm, isso é tão delicado, né?! Bem, seguindo a linha de raciocínio, acho que algumas poderiam aprender a acreditar cada vez mais na sua força e possibilidade de crescimento.

Ser ator te influencia a ser mais vaidoso ou largadão? Como é o estilo Gil Coelho? Eu acredito que o ser humano gosta de se cuidar e estar bem. E acho, sim, que a profissão exige um pouquinho mais da gente nessa questão de imagem. As pessoas acabam te observando mais, né?! De modo geral sou um cara básico, mas que curte se sentir confortável com sua própria imagem, sem exageros. Então acabo sendo um cara bem regrado – cuido da minha alimentação, pratico esportes, isso tudo no dia a dia. Não posso dizer que sou “zero vaidoso” porque não sou, mas procuro ser prático… Mas sempre que tem um evento diferente obviamente eu capricho mais, né?! Nessas horas eu sempre coloco uma cera no cabelo e o meu perfume preferido. #prontofalei


Quando não está gravando que programas fazem sua cabeça? Gosto muito de ir ao cinema, às vezes cruzo a cidade pra ver um filme com meus amigos, se for preciso. Outra coisa que curto é mergulhar em workshops, que ainda colaboram com a minha carreira, e ler livros. Agora tenho dois novos hobbies: entrei na aula de piano e de pintura. Vamos ver no que vai dar!

Teatro, cinema e TV. O que te instiga e te encanta em cada um? Os três tem diferenças bem sutis e lindas, ao mesmo tempo. Mas sou tão encantado pelo meu ofício que nunca paro pra pensar qual deles eu mais gosto de fazer. A TV te oferece projeção, o trabalho tem um alcance maior. O teatro é a minha base, onde comecei e gosto sempre de estar realizando. O cinema é lindo, mágico, encanta quem faz e quem assiste. No fundo, eu gosto é de trabalhar, de criar personagens e cada vez mais descobrir coisas novas nessas três vertentes.

Quem são seus ídolos da dramaturgia e o que eles te inspiram? Sou apaixonados por vários, e são tantos… Mas pra ficar com um nome só, eu admiro muito o nosso Tony Ramos e a Nathalia Timberg. Pra mim, os dois são sensacionais.

Com o fim de “I Love Paraisópolis” vai curtir fazer o que? Paralelamente às gravações já na reta final da novela, estou ensaiando um espetáculo teatral que vai estrear em janeiro de 2016 no RJ, e farei um longa-metragem ainda no primeiro semestre. Porém, ainda não posso dar detalhes de nenhum deles, (risso). Fora isso, é sempre bom descansar e estar com os amigos, com a família…

Que qualidade sua gostaria que todos conhecessem e que falha gostaria de mudar? Pergunta boa essa, hein?! Eu acho que os meus amigos mais próximos sabem que sou muito fiel à eles. E gostaria de ser um pouco menos ansioso, porque isso atrapalha a vida. Mas já tô no projeto #Gilmenosansiedade, (risos).

O que podemos aguardar sobre Gil Coelho pela frente? Ah, podem esperar sempre muita alegria, dedicação e amor para os meus próximos trabalhos. E eu espero que venham muitos!

Fotos Carol Beiriz  /  Stylist Wesley Madson