CAPA: Max Fercondini & Amanda Richter em sintonia dentro ou fora da TV

Eles formam um dos casais mais queridos da TV. Os atores Max Fercondini e Amanda Richter se conheceram pelos acasos da vida, compartilham os mesmos desejos e sonhos. A sintonia é tanta que o casal já está junto há mais de oito anos e isso levou os dois a desbravar novos destinos pelo mundo em novos projetos de vida. Max, que já foi nossa capa lá em 2011, e Amanda, que faz sua estreia na MENSCH, chegam para comemorar os 6 anos da MENSCH em grande estilo em um belo e provocante ensaio. Depois disso eles pegam as malas rumo a mais aventuras desbravando nosso planeta juntos. Esse casal promete.

Quando se descobriu ator? Como foi o início? Comecei muito cedo na televisão. Com 13 anos iniciei em cursos de interpretação para televisão e, no período de um ano, fui convidado para fazer minha primeira novela (Esplendor 2000). Desde então, participei de mais de 13 produções da TV Globo, dentre minisséries e novelas, sem falar dos 5 anos como apresentador do Globo Ecologia. Hoje, completo mais de 17 anos de experiência na área e inicio um novo caminho como diretor dos quadros que apresento junto com a Amanda Richter.

A primeira lembrança que se tem de você foi como um riquinho mimado na novela “Laços de Família”. Como foi essa estreia em horário nobre? Na verdade foi um processo muito natural. Quando eu era pequeno não tinha o hábito de assistir novelas, apesar de me lembrar bem da minha família acompanhar algumas novelas de sucesso, como “O Rei do Gado” e “A Próxima Vítima”. Como era muito jovem, com 14 anos, tudo era novidade e a dimensão dos meus primeiros trabalho se resumiam ao meu objetivo de agradar a direção do programa que estava fazendo e desempenhar bem meu papel. A repercussão dos meus trabalhos nunca me deslumbrou e eu sempre tive o pé no chão com relação à parte que me cabia na obra. Acho que isso foi a base para que eu construísse uma carreira sólida.

Você e Amanda se conheceram gravando “Ciranda de Pedra” (2008) e de lá pra cá não se separam mais. Como foi esse encontro? A que você acha que se deve essa sintonia? Nos conhecemos no período da novela, mas não exatamente nos bastidores do Projac. Apesar de a Amanda vir a participar desse trabalho em questão (Ciranda de Pedra), dividindo algumas cenas comigo na trama, foi um amigo em comum que nos apresentou. As coincidências estavam por toda parte e, quando descobrimos que morávamos no mesmo prédio na Barra, foi fácil “juntar” as escovas de dentes” e traçar planos em comum.

Vocês deram uma pausa na carreira de ator e caíram na estrada filmando viagem e descobrindo destino. Como é essa sintonia de vocês também na estrada? Temos muita cumplicidade pelo fato de vivermos juntos há mais de oito anos. Dessa maneira, foi fácil encarar todos os momentos do dia-a-dia e as dificuldades das duas grandes aventuras que fizemos, primeiro pelos céus do Brasil, no “Sobre as Asas” e agora no motorhome para o “América do Sul Sobre Rodas”. O segredo está na capacidade de entender e respeitar o espaço do outro. Nós estamos somando nossas vidas e compartilhando os mesmos sonhos.

O que é mais prazeroso nessas viagens? O que mais te instiga a continuar? Sou apaixonado pelo nosso planeta. Desde quando me tornei apresentador do Globo Ecologia, comecei a criar um gosto muito forte pela natureza que está à nossa volta. Ter conseguido transformar o meu trabalho em motivo para viajar e conhecer outras culturas e paisagens, foi a grande mudança que deu um sentido maior na minha vida. Por sorte o mundo é bem grande e ainda tenho muito para explorar.

Largaria a carreira de ator só para ser apresentador? Se vê fazendo só isso ou você é muito inquieto para apenas uma “função”? Acho que uma coisa não necessariamente exclui a outra, mas atualmente tenho me dedicado muito mais para minha carreira como diretor e produtor dos projetos que desenvolvo com a Amanda. Depois de dirigir estas duas séries de expedições na Globo e colher os frutos da boa audiência e das excelentes críticas, percebi que meu caminho é mais amplo na direção, onde posso criar e conceituar os projetos. A “migração” para esse “patamar” profissional tem sido um processo bem natural pra mim. Se eu tiver tempo para atuar, ok. Mas confesso que tem sido muito mais prazeroso viver o personagem da minha história real.

Que lugares mais te fascinou e qual ainda pretende ir? Qual a próxima parada? A América do Sul é incrível como um todo e as coisas que mais me tiraram o fôlego nessa viagem foram justamente as paisagens que não temos no Brasil, como o deserto do Atacama, o vulcão Villarrica, ambos no Chile e o glaciar Perito Moreno no sul da Argentina. Como será a próxima viagem? Bom, a primeira expedição nós fizemos pelo ar, a segunda pela terra. Estamos nos preparando para viver no mar para mais uma temporada de aventuras. Em breve dou detalhes.

Desde “Flor do Caribe” você não dá as caras em uma novela. Sente falta? Ou a liberdade do programa te instiga mais? Como disse anteriormente… Qual personagem pode competir com a realidade que vivi nos últimos anos? Eu pilotei meu próprio avião em uma expedição aérea para conhecer melhor meu país, na qual pousei em tribo indígena, capturei uma onça para pesquisa científica, mergulhei em reservas ambientais protegidas, escalei um dos vulcões mais ativos da América do Sul, ajudei a escavar um dinossauro de mais de 90 milhões de anos na Patagônia, acampei no deserto mais alto e árido do mundo, conheci culturas que vivem em ilhas flutuantes no meio do lago Titicaca… Sinceramente, a realidade que criei para mim com estas oportunidades suprem bem o trabalho em novelas.

O que mais te atrai em Amanda? Sabe o que eu mais gosto nela? Tudo. (risos) Não poderia elencar um único traço do seu perfil, pois estaria sendo injusto com todas as suas outras qualidades que me fizeram escolher estar junto dela para amá-la. A gente se completa de uma maneira muito especial e eu faço de tudo para que a relação seja recíproca. Não que nós não tenhamos os problemas que todo casal tem. Mas me considero um cara de sorte, pois, igual a ela e mais perfeita para mim, não existe.

E esse ensaio pra lá de provocante, como foi participar dele? Foi uma diversão só. O Pino é muito talentoso e no primeiro click percebi que as fotos ficariam boas. Fazia tempo que não posava para fotos e me senti super confiante por estar ao lado da Amanda que, além de linda, fotografa muito bem. Acho que a gente conseguiu transparecer um pouco a energia de ser um casal real. Isso era importante. Conquistamos essa cumplicidade ao longo desses tempo que estamos juntos.

ENTREVISTA AMANDA RICHTER


Ser atriz foi algo que despertou muito cedo? Quando e como isso começou? Desde criança eu já me identificava muito com atividades artísticas. Aulas de teatro, canto, teclado e pintura eram minhas preferidas. Em casa, criava peças de teatro e espetáculos de dança com minhas amigas e nos apresentamos para a plateia, que no caso, eram os nossos pais que desde cedo tiveram que assistir a muitas apresentações (risos)

Ter conhecido Max na TV faz com que seja mais fácil entender o ritmo do outro? O que deu essa liga entre vocês que dura até hoje? Na minha opinião, esta profissão é muito diferente de todas as outras. Utilizamos nosso corpo e emoções como recurso para o trabalho, não temos horários definidos, vivemos uma vida que não é a nossa quando interpretamos um personagem, então, se você tem alguém do seu lado que entende isso, tudo fica mais fácil. Max e eu combinamos muito e com certeza estamos juntos até hoje, pelo amor, respeito e admiração que temos um pelo outro.

Sendo um casal de atores e conhecidos do público isso ajuda ou dificulta para lidar o assédio? Nós moramos no Rio de Janeiro, aqui as pessoas estão bem acostumadas a encontrar atores e atrizes, mas o assédio grande acontece quando viajamos para cidades que estão fora do eixo Rio-São Paulo. O homem é sempre mais assediado do que a mulher, na minha opinião. Mas normalmente, as mulheres que querem tirar foto com o Max, são bem educadas, primeiro me perguntam se eu libero e com o meu aval fazem o clique (risos)

Essa sintonia de vocês ultrapassou a telinha e fez vocês caírem juntos na estrada em viagens que terminaram virando um programa. Como veio a ideia? Aos 22 anos quando o Max tirou a carteira de piloto privado de avião, ele começou a desenvolver um projeto chamado Nas Asas do Brasil. A grande vontade dele, era dar a volta no país em conhecer mais da cultura e do povo brasileiro. Todo o desenvolvimento do projeto e capacitação como piloto durou sete anos e, em 2015, ele lançou a ideia para produzirmos o programa para a Globo. A primeira temporada se chamou Sobre As Asas, onde voamos por todos os cantos do Brasil e esta segunda se chamou América do Sul Sobre Rodas, onde em Motorhome cruzamos 21 mil km por seis países do sul do nosso continente.

O que é mais prazeroso nessas viagens? O que mais te instiga a continuar? Eu amo viajar! O mais prazeroso é conhecer novos países, culturas e é claro dividir todas essas experiências com quem eu amo. A viagem traz um amadurecimento pessoal que não se compra em lugar algum. É a vivência, o olhar, o aprendizado de todo o dia ter que lidar com novas situações que nos faz crescer como pessoa. O que me instiga a continuar são os milhões de belos lugares que existem e que eu ainda não conheço.

Apresentar um programa de viagens te desafia em que, pessoal e profissionalmente? O maior desafio profissional nesta viagem em específico, foi não contar com equipe e realizarmos tudo sozinhos. Tínhamos que ficar na frente e atrás das câmeras a todo o momento, então muitas vezes estávamos cansados, mas não podíamos passar esta impressão para a câmera. O desfio pessoal, com certeza, foi ficar longe da família, dos amigos e da nossa casa por tanto tempo.

Que lugares mais te fascinou e qual ainda pretende ir? Qual a próxima parada? Eu amei conhecer o Glaciar Perito Moreno na Argentina, essa foi nossa primeira parada para gravar, então foi um marco para nós. Vivemos muitas experiências incríveis nessa viagem e caminhar em cima de uma geleira de milhões de anos, foi uma delas. A próxima parada… Ahh essa eu deixo o Max responder.

Sua última novela foi “Gabriela”, em 2012, e depois você caiu na estrada. Sente falta do ritmo de novela? Na verdade o ritmo das nossas gravações no América do Sul Sobre Rodas eram muito mais puxadas do que uma novela. Eu adoro poder transitar pelos dois espaços, o de atriz e apresentadora. Acho que um complementa o outro.

O que mais te atrai em Max? Quando ele te conquista de vez? Difícil dizer. Eu escolhi ele para ser meu parceiro da vida porque ele tem muitas qualidade que me atraem. Ele é gentil, inteligente, amoroso, empreendedor, bem humorado e por aí vai. Acho que ter uma pessoa do seu lado que faz sua vida ser mais alegre e te motiva a crescer profissionalmente e pessoalmente não tem preço. Realmente, tive sorte de encontrar um cara tão especial.

E esse ensaio pra lá de provocante, como foi participar? Foi bem bacana! É legal a gente se reinventar, se ver diferente. A equipe toda foi excelente, desde a maquiagem, a stylist, o fotógrafo, juntamos um time muito bom e ficamos muito felizes com o resultado.

Fotos Pino Gomes
Stylist Atria Gomes
Make-up Cleide Araújo