Cuca Elias, sem papas na língua em 8 respostas

O que seria de nós homens sem as mulheres. Ainda mais sem a brilhante mente de algumas mulheres que além de bonitas são inteligentes, bem-humoradas e não tem “papas na língua”? Foi pensando nisso que a partir de agora a MENSCH contará com a apimentada participação de uma jornalista (e cronista) que é tudo isso que gostamos. Cuca Elias, conhecida de alguns leitores de conceituadas revistas masculinas, é a nossa mais nova colaboradora e terá duas novas seções em suas doces mãos. O “Cuca Elias, sem papas na língua“, onde escreverá suas crônicas e pensamentos sobre esse misterioso (ou não) universo masculino e (feminino). E a outra seção será o “Cuca Responde“, onde os leitores terão suas dúvidas e questões respondidas de forma descontraída e informativa, sempre sob o ponto de vista de quem conhece bem esse tipo de questão. Para sua estréia, fizemos oito perguntinhas básicas para conhecermos um pouco mais de Cuca Elias.

01 – Cuca, quando foi que você começou observar o universo masculino? Como começou seu trabalho? Sempre gostei muito de revista masculina, comecei a comprar revista masculina para ler as entrevistas, ver os ensaios, sim os ensaios! Comprava Playboy, depois VIP, quando ainda era Exame VIP, comprava Interview, tudo que se relacionava a homem, eu gostava de saber o que o homem falava e achava sobre as mulheres, comecei a produzir, fui assistente é lógico, fiz várias coisas, até que fui trabalhar na revista Sexy de assistente de produção. Fiquei um tempinho, até que fiquei como produtora fixa de uma revista para o público masculino, mas dessa vez, gay. Não deixa de ser masculino né? Mas diferenciado e com gostos só um pouquinho diferente. Mas a moda era sempre a mesma. Sempre foi uma coisa de paixão mesmo, sempre quis trabalhar com este público, eles são mais fáceis de trabalhar, mais sinceros, diretos e muito mais divertidos.
02 – Por ter passado vários anos respondendo as perguntas dos leitores na VIP, você terminou aprendendo um pouco com eles? Houve uma troca de informações e experiências? Olha pra te falar a verdade a única coisa que eu acho que aprendi o bastante com os leitores foi que macho que é macho já teve ou ainda vai ter uma bela brochada na vida e que isso é super, master absolutamente normal e faz parte de qualquer ser humano com testosterona. Fiquei amiga de alguns de conversar até hoje pelo MSN, ou pelo facebook. Sempre curti muito meus leitores, e por incrível que pareça, eu tinha muitas leitoras e muitos gays que amavam a minha coluna, eu conseguia agradar muita gente. Talvez por ter uma linguagem um tanto quanto diferenciada, que é o jeito que eu falo no meu dia a dia, nunca foi nada forçado, quem me conhece sabe bem como eu sou, essa coisa meio que traveca mesmo.
03 – Já aconteceu de você fica ser graça ao ter que responder alguma pergunta de leitor? E isso já aconteceu ao vivo em alguma paquera sua? Opa! Lógico que já teve. E olha que eu não me assusto com quase nada… mas por receber sempre quase as mesmas perguntas, quase com o mesmo perfil de tema, essa meio que me assustou. O rapaz me perguntou se era normal ele ficar com vontade de sair com travesti. Pô! Eu respondi na maior sutileza “Cuquíssima” de ser, e a resposta, a pergunta, tudo foi gongado, meu diretor que não deixou passar nada, achou que aquilo não era pergunta para a revista… Talvez não fosse mesmo… Ah! Teve a chuva dourada também! Mas essa eu tirei de letra! Agora ao vivo, juro que não me lembro, faz tanto tempo que isso não acontece menino!
04 – Qual o erro mais comum de um homem, não conseguir colocar um ponto final numa relação desgastada ou no dia após uma noite de sexo não corresponder ao que se imaginou? Noite de sexo pode se ter várias e várias e isso pode acontecer diversas vezes, agora ficar enrolando para gongar uma relação só faz mau para os dois lados, aliás só piora cada vez mais. Se a coisa tá ruim, pra ficar cagada, é tiro e queda. Pra que empurrar com a barriga uma coisa que não se consegue nem empurrar com a bunda não é mesmo? Tem que pensar que o ponto final nessa hora só vai fazer o bem para ambos, ir atrás da felicidade, ir atrás do tempo perdido, ir atrás do prejú, ir atrás da moça certa é o que tem que fazer agora. Passar a borracha, para não falar outra coisa e ponto final. Bola pra frente.
05 – Conheço muitas mulheres que dizem que preferem ter amigos homens do que amigas mulher? Por que isso é tão comum? De onde vem a fidelidade masculina nas relações de amizade e essa disputa velada (em muitos casos) entre as mulheres?
Ai é uma questão que tem que ser muuuuuito bem pensada. Eu já tive vários amigos homens. Eles são ótimos ouvintes, conselheiros amorosos, os melhores pinicos de todas as mulheres, mas aí que está a questão. Basta a gente estar tristonha, chateada com alguma coisa, ou até mesmo ter levado aquela gongada do nosso moço, vamos procurar quem, o no melhor amigo, que sabe tudo e mais um pouco da nossa vida, sabe do que gostamos e do que odiamos, sabe aonde está os nossos pontos mais fracos. Enfim sabe às vezes até mais que do que a gente, é aí que mora o perigo, na carência, o nosso melhor amigo, pode virar um ótimo PA.
Mas a pergunta nem é essa, é a fidelidade, a amizade entre homem e mulher. Como eu falei o homem, é um ótimo ouvinte e nunca vai disputar com você a vaga que é sua, nunca vai querer ser você, nem querer seu macho, o que é seu, é seu, e o que é dele é dele e ponto. Sempre vai haver essa divisão, diferente da mulher, que apesar de ser uma boa ouvinte (quase sempre), ela se incomoda em saber que a amiga é disputada numa roda de homens, que a amiga tem um corpo mais bonito que o dela, que a outra é melhor que ela por qualquer outro motivo, enfim existe uma disputa, uma inveja que não é do bem. Bem no fundinho, pode-se falar que não existe nada, mas alguma coisa tem. Por isso, várias mulheres preferem ter a presença de um macho do lado delas do que uma mulher, mesmo porque é bem mais gostoso, fala a verdade.
06 – Segundo o jornalista Xico Sá, em entrevista com a MENSCH, as mulheres hoje querem amores platônicos e fodas homéricas, querem tudo junto. Talvez seja por isso que elas terminam se perdendo nos relacionamentos? Não conseguem reconhecer que tipo de homem é para o que (em alguns casos). Desculpe, mas não li essa entrevista, mas vou ler e depois responder. Super concordo com as fodas homéricas. Toda mulher quer ser bem comida, e muito bem comida, obrigada. Agora juntar a foda platônica com a foda homérica, aí a coisa fica pesada. Não dá certo mesmo. Prefiro ler a entrevista e depois responder, ok?
07 – Suas crônicas sempre se destacaram por serem bem-humoradas inteligentes e sacanas. É mais fácil escrever sobre o universo masculino ou feminino? Sabia que nunca escrevi para o público que menstrua? É verdade! Morro de vontade, mas nunca escrevi! Teve uma época que eu respondia perguntas para mulheres também. Eu recebia muitos e-mails de mulheres também, sabia? Mas fui gongada, pois a revista que eu trabalhava era para o público masculino, mesmo tendo muita mulher lendo. Se fosse para escrever para mulher, não ia escrever coisinha bobinha, ia escrever como macho mesmo… Tipo: fica de olho nas funcionárias que seu marido contrata, pois ele deve ter comido ou deve estar de caso com alguma, caso ele chegue tarde, coisinhas que as mulheres tolinhas acham que os maridos são todos santinhos e ela levando chifre feito uma condenada, um monte de coisa que eu sei de cor e salteado que homem faz e que mulher acha que dá de cem a zero no marido e a coitada lá só levando corno, dá toques, disso e de um monte de coisinha bacana… Pra moça e pro moço também… tanta coisa que precisa ser falada ainda….
08 – O que os homens ainda não sabem (ou teimam em não saber) sobre as mulheres? Mulher é um ser que gosta de carinho, gosta de beijo na boca, curte um abraço, se delicia com as preliminares, ama ganhar presentinhos, agradinhos, ama ser paparicada, se derrete com um elogio, pode ser qualquer um, adoram homens educados, que paguem as contas, que mandem flores, aquela gentileza. Essas coisas são alguns itens que eu acho que todo homem sabe ou deveria saber, mas vários ainda teimam em colocar na prática, esse que é o problema.