CUIDADOS PESSOAIS: Novas armas contra a calvície

Qual homem não se preocupa com seu cabelo? Nosso foco hoje vai direcionado especialmente para quem sofre desse mal. Vamos tentar explicar as causas da calvície, como identificar o problema e principalmente como solucioná-lo. A Alopecia androgenetica (nome científico da calvície) é resultado da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos que começam a ser produzidos na adolescência.

O primeiro passo para resolver a calvície masculina é identificar o problema o mais cedo possível. Ao contrário do que muitos imaginam, não há efetivamente uma queda dos cabelos, mas sim seu afinamento progressivo até que finalmente eles param completamente de crescer. Isso acontece porque, em homens com tendência genética para calvície, a testosterona provoca uma diminuição progressiva da espessura dos fios a cada ciclo dos cabelos, que vão se tornando mais finos até desaparecerem por completo, e o resultado é a careca!

Mas o que todo mundo quer mesmo saber é se tem solução, não é? E não hesitamos em dizer que tem SIM! Vamos começar pelos tratamentos já consagrados e depois sobre as últimas inovações no combate a esse problema.

O carro chefe do tratamento da calvície continua sendo o uso a finasterida. Essa medicação, se usada nos estágios iniciais, não só estaciona a queda dos cabelos na maioria dos casos, como também recupera parte dos fios perdidos. Uma nova droga mais potente que a finasterida, chamada dutasterida, está em fase final de testes para o tratamento da calvície. Ela já foi liberada pelo FDA (Food and Drug Administration) e pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso em casos de aumento benigno da próstata, mas ainda é apenas uma esperança para os casos de calvície genética.

Outra coisa que não pode faltar são os medicamentos tópicos, aqueles que são aplicados diretamente no couro cabeludo. Os principais são o minoxidil e o 5 alfaestradiol, que são comercializados pela indústria brasileira e sempre devem ser associados ao esquema de tratamento se não existirem contraindicações.

Além dos tratamentos já consagrados, existem algumas novidades que podem ajudar a manter a cabeleira. Os procedimentos a laser vêm se mostrando muito eficientes no tratamento da calvície. Alguns são feitos em consultório pelos dermatologistas.

Normalmente, as sessões combinam o laser fracionado de Erbium glass e a intradermoterapia ou drug delivery com ativos anti calvície. Traduzindo para vocês: um médico realiza o laser no couro cabeludo e junto com isso, medicamentos para os cabelos são injetados ou apenas aplicados diretamente sobre o couro cabeludo potencializando o resultado do tratamento. Existem vários protocolos, mas indicamos pelo menos cinco sessões com intervalos quinzenais, com resultados bastante satisfatórios.

Além do laser em consultório, outra opção que vem “fazendo a cabeça” dos dermatologistas são os tratamentos com lasers de baixa potência na própria casa dos pacientes, os chamados “home devices“. A base desses dispositivos é o LED (Light emitting diode therapy), um tipo de laser de baixa intensidade bastante benéfico no tratamento da queda de cabelo e da calvície. Ele estimula a formação de novos folículos pilosos no couro cabeludo além de fortalecer os bulbos capilares já existentes, e portanto age tanto no combate à queda como no estímulo ao crescimento dos fios. Essa tecnologia pode ser encontrada numa variedade de tipos de gadgets de uso doméstico: escovas (Hairmax lasercomb), capacetes (Theradome esse parece ser o mais eficiente) ou bonés (capellux- Cosmedical). Eles são usados algumas vezes na semana conforme orientação médica e tem mostrado resultados surpreendentes na melhora do volume e da espessura dos cabelos.

* Gleyce Fortaleza é médica especializada em dermatologia e está à frente da Clínica Pele.