ENTREVISTA: Beto Pacheco – Um dos relações-públicas mais badalados do Brasil fala sobre festas, viagens e bons negócios

Betinho, como é conhecido pelos amigos, tem trabalhado para eleger os melhores lugares e as pessoas certas para transformar uma festa em um grande evento. Aos 32 anos, Betinho adora aproveitar a vida ao lado de amigos e tem entre seus destinos de viagem preferidos lugares como Saint-Tropez e Paris, mas é mesmo apaixonado pela Itália.

Vida social agitada e muita badalação fazem parte de sua rotina de trabalho. Como tudo isso começou? Isso tem acontecido desde criança, sempre gostei de conhecer pessoas, vida social e badalação foram acontecendo naturalmente.

Em sua trajetória de trabalho você passou um bom tempo trabalhando com Fernanda Barbosa e hoje em dia você é dono de uma agência que desenvolve ações e estratégias. Como avalia sua trajetória? Quais foram os passos mais acertados nisso tudo? Nunca tive pressa em conhecer as pessoas, e também não tinha pressa em abrir minha própria agência. Fui construindo uma carreira com muito trabalho e muito respeito por Fernanda Barbosa, que me ensinou muito do que sei. Minha trajetória é baseada em bons relacionamentos, discrição, trabalho e muita sorte também. Já estive em lugares certos na hora certa, mas não conseguiria aproveitar as oportunidades se não fosse pela educação e respeito pelo próximo. Família é nossa base mais sólida.

Que dica você daria ao leitor? Uma dica é não ter inveja, esse sentimento tenho a sorte de não ter. Isso teria me atrapalhado muito no desenvolvimento de minha carreira. Nesse meio em que trabalho, precisamos ter sempre o pé no chão.

Muita gente pensa que trabalhar com festas e celebridades é fácil. O que pode comprometer um grande evento e o que pode salvar? Muitos imprevistos podem atrapalhar um evento, o mais importante é a confiança que conquistamos através de muito trabalho. A relação que você desenvolve com a equipe de uma grande festa é fundamental. Se você tem isso, mesmo que muita coisa não dê certo, seu cliente vai te respeitar do mesmo jeito.

 

Você passou um bom tempo morando em Recife e adora viajar para a Bahia. O NE tem um espaço especial em sua vida? Como foi esse período em Recife e o que te leva para a Bahia? Fui morar em Recife quando tinha 5 anos de idade. O Nordeste é muito rico de história, arte, música, cultura em geral. Tenho certeza que isso me favoreceu muito. Cresci admirando as obras de Brennand, o frevo em Olinda, o teatro em Recife… A Bahia eu amo desde a primeira vez que fui a Salvador, tenho grandes amigos lá.

As melhores festas ainda acontecem em São Paulo? Onde esse mercado de festas e eventos mais dá retorno e como anda, nessa época de crise? Muitas festas boas acontecem em São Paulo mesmo. A melhor festa, na minha opinião, é o Baile da Vogue, acontece no Carnaval. Apesar de sempre trabalhar nessa festa é ainda na que mais me divirto também. O amfAR é um Gala que faço há 3 anos, este é um exemplo bom, pois os convites são vendidos e a arrendação vai para a pesquisa da cura do HIV. Tive que ser bem criativo pois é um evento feito em dólar, por ser internacional. No primeiro ano o dólar estava a 1,80, no ano seguinte, já estava a 2,80. Foi bem difícil, mas foi o ano mais bonito, a melhor festa de todas. Na crise, precisamos ser mais criativos, isso é bom.

E no exterior, onde acontecem as melhores festas? Tem alguma inesquecível até hoje? Uma festa inesquecível para mim foi o aniversário da Naomi Campbell em Cannes há uns 7 anos atrás. Este ano também fui – uma festa em Ibiza, inesquecível, feita pelo Guy Laliberté, o fundador do Cirque du Soleil, na casa dele.

Trabalhar nessa área requer um bom guarda-roupa. Como é seu estilo e como costuma escolher o que vai usar para o trabalho e uma saída? Eu sempre gostei muito de moda, mas nunca fui muito escravo dela. Fui criando um estilo com as roupas que via e gostava, de diferentes marcas. Nunca fui muito de usar um look inteiro de uma marca só…

Como lida com sua vaidade? Qual seu limite? Vaidade é bom, só é preciso saber dosar um pouco. Meu limite vai até onde eu me sinto bem. Tenho personalidade forte.

Você vive organizando eventos e festas como profissão, e quando quer comemorar algo o que você curte fazer? Viajar!

Em uma festa badalada quem não pode faltar? Quais os tipos de convidados que tem que ter? A mistura é o mais importante. Uma festa só com celebridades por exemplo, já fui a uma e não é legal. Gosto da mistura de jovens e mais velhos, famosos e desconhecidos, modelos, intelectuais… Adoro quando consigo levar essa mistura numa só festa.

Quando quer fugir disso tudo qual seu refúgio preferido? Puglia, na Itália.

O que é luxo para você? Poder viajar.

Estamos em uma edição comemorativa de festa (os 5 anos da MENSCH), e perto do fim do ano. Que dica você nos daria para uma festa perfeita? O que não pode faltar? Boa bebida, grupos de amigos de diferentes idades, um bom anfitrião e uma música que você possa dançar e também conversar. Não gosto de festa sem conversa.