ENTREVISTA: Daniel Rocha, o “Roni” de Avenida Brasil é um grande talento da nova geração‏

Daniel Rocha nasceu como ator no teatro, mas se tornou conhecido do grande público na novela do horário nobre. Interpretando um personagem dúbio, Daniel tem a chance de mostrar sua versatilidade artística mesmo com pouca idade e em início de carreira. O antes garoto zuado na infância, agora esbanja carisma e simpatia com as fãs. Nos tatames não só conseguiu ser campeão como encontrou o equilíbrio e a disciplina pra toda a vida. Conheça um pouco mais do ator invejado por fazer par com ninguém menos que Isis Valverde.

 

Como foi seu início de carreira? O começo foi ótimo e péssimo. Ótimo por em pouco tempo de estudo consegui entrar no CPT com direção artística do Antunes Filho, que é considerado um dos grandes mestres. E foi difícil porque teatro experimental é um processo pessoal de formação como artista. Será que quero ser ator mesmo? O que é ser ator? E isso eu tentei responder muitas vezes com 18 anos. Então foi uma entrega grande pessoal, mas foi muito bom, faria tudo de novo.Novela em horário nobre. Dá medo? Sim, é uma grande responsabilidade, por isso dá um pouco de medo. No início, dava mais por conta de ser meu primeiro trabalho na TV e estar com um núcleo experiente, mas com a ajuda de Otavio Augusto, da Isis Valverde e do Thiago Martins, aos poucos fui me soltando.

O que mudou na sua rotina depois do sucesso de Avenida Brasil? Muitas coisas. Tento fazer as mesmas coisas que eu fazia antes, mas a mudança maior foi eu ter que morar sozinho.

 

Na infância você sofreu bullying na escola, foi parar nos tatames e chegou a campeão brasileiro e pan-americano. O que fica de lição do que sofreu na infância e do que aprendeu no tatame? Na minha infância não se chamava bullying era aquela zuação de crianças mais velhas com as menores, comecei no tatame como uma autodefesa e depois vi que a filosofia de vida de um atleta é muito bacana, me ajudou e me ajuda muito ainda. Acredito que eu não seria tão focado e dedicado em algumas coisas se não fosse o esporte.O UFC virou mania nacional, a que atribui esse sucesso? Na época que eu lutava era uma febre fora do país, mas agora com o crescimento de lutadores brasileiros no UFC, que geralmente são os donos do título de sua categoria, motiva o brasileiro a torcer.

E o violino, como entrou na sua vida? Desde pequeno, com 6 anos meu pai falou para tocar algum instrumento e eu escolhi o violino. Ele costumava levar a família em eventos musicais.

Hoje com a fama que seu trabalho está gerando, como você está lidando com o assédio das fãs e da mídia? Da melhor maneira, sempre respeitando o trabalho de todos, e sendo o mais atencioso possível com as fãs.

 

Qual o limiar entre liberdade de imprensa e invasão de privacidade? O problema não é a invasão de privacidade, porque entendo que na TV ficamos mais expostos e existem profissionais que vivem desse mercado, o problema é quando esse material, escrito ou fotográfico, não são verídicos.Nessa sua trajetória pelo seu reconhecimento como ator, qual a maior virtude e o maior pecado que um ator pode ter/cometer? Para mim, uma grande virtude do ator é ter um embasamento cultural e artístico para ter suas referências, e o pecado acho que a ansiedade.

O seu personagem em Avenida Brasil é dúbio, ninguém sabe ao certo se ele é ou não homossexual. Acredita que as pessoas estejam torcendo pelo que? O que você está achando disso? Acho legal a incerteza na vida, sempre somos uma coisa ou várias ao mesmo tempo. Mas nessa fase sinto que o público torce para que o Roni fique com a Suelen.

O que você tem de parecido com o Roni? A preocupação social pelo outro.

Algum plano pro futuro ou está deixando a vida te levar? Pretendo voltar ao teatro, que é a minha escola como ator, mas se fizer cinema seria uma experiência incrível também, acho o processo cinematográfico muito rico e interessante.

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