ENTREVISTA: Daniel Rocha se despede de mais um personagem e se prepara para estrear nos palcos.

Apesar de já ter estreado na TV em horário nobre e está no seu segundo papel no mesmo horário, Daniel Rocha é pé no chão e sabe que há muita estrada pra percorrer na carreira e na vida. Em franco amadurecimento Daniel cuida com respeito e carinho da carreira, se entrega a mais um personagem e fez bonito na pele de um médico oncologista em Amor à Vida. E em breve estará nos palcos para viver mais um personagem.

É a segunda vez que você é nossa capa e tem prestigiado os nossos lançamentos, seja no Rio ou em Recife, o que a gente fez pra conquistar o seu respeito e carinho? (risos) Gosto da revista, que apresenta um material de qualidade e de todos que colaboram para trazer esses resultados, por isso topei o convite para mais uma capa da publicação.

Mais uma vez você tem um personagem em horário nobre na TV, como se sente? Isso faz alguma diferença para você? É sempre muito gratificante estar em um trabalho, ainda mais em um horário que muita gente já está em casa e pode te acompanhar. Não tive outra experiência na TV para poder avaliar, mas fico contente de ter tido essa oportunidade.

Em “Amor à Vida” muitos temas, de certa forma, polêmicos foram tratados: vingança, preconceito em relação ao homossexualismo, aos gordos, barriga solidária, religião, intrigas, traição…Considera válido para estimular as discussões em sociedade? Se os assuntos são tratados de forma leve, sem agredir ninguém, acho válido sim, faz as pessoas refletirem sobre os temas e quem sabe correr atrás para entender melhor do que se trata.

Algum tema específico te tocou nesse trabalho? Se sim, de que forma? Logo quando recebi o personagem e vi que era médico oncologista fui fazer minha pesquisa de campo. Em São Paulo fui no GRAAC, hospital especializado em câncer infantil, e foi uma experiência que irei levar para toda vida. Acredito que passar dias com aquelas crianças tenha me tornado um ser melhor e feito perceber coisas na minha vida que ainda não tinha parado para pensar.

Em 2013 você subiu aos palcos com a peça, “Amigos, amigos. Amores à parte”. Acredita que o amor pode nascer da amizade ou uma vez amigos, melhor não misturar as coisas? Depende muito da relação. Se tiver que acontecer, sem problema, importante é não esquecer que além do amor, existe ainda a amizade.

Quais valores norteiam a sua vida e a sua profissão? Felicidade.  Ainda estou começando a vida e a carreira, mas vejo que o melhor jeito de se viver é fazer algo que te de prazer, meu trabalho me dá imenso prazer, com isso busco uma vida feliz.

Ser DJ, um hobby, um plano profissional, qual a sua relação com a música? Sempre gostei muito de música. Meus pais, desde pequeno, me levavam para concertos, shows… Inclusive comecei a tocar violino muito novo, aos 6 anos. Mas tocar em festas, para amigos é uma diversão mesmo, nada profissional.

 

O que representou o Prêmio Quem de Revelação pelo seu papel em Avenida Brasil em 2013? Puxa, muita coisa! O reconhecimento do meu trabalho. Ainda tenho muito que aprender e muito chão para andar. Fiquei muito feliz e agradecido.

De lá pra cá, você mudou/evoluiu mais como ator ou como pessoa? Os dois! Sai da casa dos meus pais em São Paulo, me mudei para o Rio de Janeiro e encarei uma nova etapa na vida, profissional também, pois não havia experiência em TV. Amadureci bastante nos dois quesitos e tenho muito que crescer ainda.

2013 foi um ano de muitos acontecimentos sociais, pessoas foram às ruas em busca de mudanças… Acredita que as manifestações populares são o caminho para mudanças? Somos um povo passivo de mudanças por seus direitos? Acho que o povo precisa batalhar pelos seus direitos, mas sem destruir o que vê pela frente e agredir ninguém. Se queremos melhorar algo, temos que dar exemplos positivos.

Você praticou alguns esportes chegando a competir profissionalmente como já dissemos em sua entrevista anterior e hoje, o que pratica como forma de relaxar e cuidar o corpo? Consegue tempo com o ritmo intenso de gravações? Esse ano, consegui cuidar mais de mim, do meu corpo, pois o ritmo de gravações foi menos intenso. Faço treino com personal todos os dias e corro 4 vezes por semana. E tento fazer alguns treinos de kick boxing, lembrando o tempo que praticava bastante o esporte.

Você se considera um cara vaidoso? (em relação à aparência) Na medida certa. Gosto de me vestir bem, manter um corte de cabelo, mas sem frescuras. Além da nossa interpretação, nós atores, muitas vezes viramos referência para quem nos assiste, precisamos passar essa preocupação com a saúde e bem estar.

Qual seu estilo na hora de vestir? Que peça mais usa e qual gostaria de poder usar mais? Gosto de me vestir com peças mais básicas, um jeans, um tênis ou uma bota, camiseta e jaqueta ou blazer. Por morar no Rio de Janeiro e fazer muito calor, uso pouco duas peças que adoro, que é blazer e jaqueta de couro, que sempre ajudam a compor um visual despojado.

Quando não está do outro lado da tela, o que gosta de assistir em casa? Muitos filmes. Sou viciado, principalmente os mais antigos, tenho coleção!

O que podemos esperar para esse ano? Quais os próximos passos? Estou ensaiando a peça “História dos Amantes”, texto e direção do Marcelo Serrado, com Anderson Di Rizzi e Hugo Bonemer no elenco. Vamos estrear em Niterói em março e depois percorrer algumas cidades pelo Brasil.

Fotos Rodrigo Lopes
Direção Criativa Márcia Dornelles (www.mdproducoes.com)
Stylling Paulo Zelenka
Agradecimentos – Jonas Campos/Carro pra Casar (www.carropracasar.com.br)

Daniel Rocha veste:

LOOK 1 – (todo preto)
Blazer e camisa O Gosh / Calça Jonny Size / Sapato Swans

LOOK 2 – (camisa Rosa)
Blazer e camisa O Gosh / Calça Emporio Armani / Sapato Swans

LOOK 3
Blazer Zinco / Camisa O Gosh / Calça Jonny Size / Sapatos Swans