ESTRELA: Pega Pega com a bela Bruna Spínola

 

A atriz Bruna Spínola é o tipo de mulher que admiramos e adoramos ter por perto. Com ela não tem tempo ruim, encara os problemas com praticidade e positivismo, assim como mergulha de cabeça a cada novo trabalho. Decidida e batalhadora, não foi à toa que foi ela quem pediu o marido (o diretor René Sampaio) em casamento durante uma viagem e largou a profissão de professora para se dedicar a outra grande paixão, atuar. Atualmente se destacando no elenco da novela global “Pega Pega” como a camareira Cíntia, Bruna em breve já mostrará seu talento como roteirista em um especial de fim de ano na emissora. Ativa e cheia de ideias, Bruna nos conquistou de vez nesse ensaio intimista cheio de sensualidade e beleza. Veja as fotos mas não deixe de ler a entrevista, a bela tem conteúdo!

Bruna, quer dizer que perdemos uma professora para ganharmos uma bela atriz? Mesmo a contragosto dos pais o desejo de ser atriz falou mais alto. Como foi a mudança? Não diria que foi uma mudança, mas um processo. Eu sempre quis ser professora. Desde pequena gostava de ensinar e tinha o sonho de transformar a nossa sociedade através da educação. Mas o teatro também me fascinava! Aos 17 anos, comecei um curso profissionalizante de teatro e também entrei na faculdade de letras na PUC/SP. Dois anos depois fui convidada para participar de uma peça de teatro e estreei pela primeira vez num grande palco. Aquela sensação tomou conta de mim. Estar no palco é algo mágico, que não tem explicação. Naquele dia, descobri que era ali que eu queria estar e que eu me realizava daquela forma. No último ano da faculdade, fui pedir um estágio na escola que eu estudei, mas a minha coordenadora, ao invés de me dar um estágio, acabou me contratando para dar aulas no ensino médio. Foi uma experiência única e muito enriquecedora. Mas o chamado do teatro acabou sendo mais forte e, depois de um ano como professora, me afastei das salas de aula.

A formação em Letras te ajudou em algo na hora de pesquisar sobre as personagens e o universo da dramaturgia? Sempre. Para mim, foi fundamental. Ter um bom entendimento de texto é essencial para o ator. Utilizei diversas ferramentas aprendidas no curso ao longo da minha vida profissional. Depois que me formei, fiz alguns cursos de roteiro e tenho me aventurado na escrita também, além da atuação. São coisas bem complementares e tudo é criação.

E como foi o início como atriz? A estreia na TV? Eu morava em São Paulo e fazia muitos comerciais para TV. Um dia, uma pesquisadora de elenco da Globo viu meu trabalho e me chamou para um teste pra oficina de atores da emissora. Passei. Na oficina, gravamos uma minissérie, que inclusive foi dirigida pelo Luiz Henrique Rios, diretor artístico de “Pega Pega”. Um produtor de elenco, Nelson Fonseca, viu meu trabalho, gostou e me chamou para o meu primeiro teste. Passei e minha estreia na TV foi na Minissérie “Afinal, o que querem as Mulheres?”, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Foi um processo intenso de preparação e um grande aprendizado ter feito este trabalho.

O que a dramaturgia tem que te conquistou dessa forma? Qual a função maior do ator? Eu gosto muito do processo de criação do personagem. O grande barato da atuação pra mim é esvaziar o meu corpo no início de um processo de composição, ficar totalmente disponível e aos poucos ir me preenchendo e juntando características do novo personagem. Um jeito de andar, de olhar, de raciocinar. Isso me fascina e me preenche. É também um jeito de trabalhar profundamente o respeito e o conhecimento pelo outro. Não dá para viver um personagem sem entender e respeitar a história dele. E, nos tempos em que vivemos, seria bom se ao invés de ataques nos colocássemos um pouco no lugar do outro. Talvez essa seja uma das funções mais importantes do ator, pois acredito na arte como parte fundamental do processo de evolução da sociedade. Além disso, arte e a cultura são instrumentos de reflexão e educação.

Soubemos que para compor sua personagem Cíntia na novela “Pega Pega” você foi trabalhar de camareira em um hotel como laboratório. Conta para nós como foi isso? Trabalhei de verdade num hotel em Copacabana. Foi muito desafiador mergulhar neste universo até então desconhecido por mim. Sempre frequentei hotéis como hóspede e não imaginava o quão grande e viva é a ala dos funcionários. Conhecer o ambiente de trabalho das camareiras, saber das fofocas, sentir a dura rotina delas, entender quais são as maiores dificuldades, os maiores desafios do dia-a-dia. Foi uma preparação que exigiu bastante fisicamente mas também psicologicamente. Quando você está vestindo um uniforme de camareira alguns hóspedes nem sequer dirigem o olhar para você. É quase como se você não existisse. Também foi bacana entender que no meio de todas as dificuldades elas adoram o que fazem e se divertem com isso. Tudo isso pra mim foi parte fundamental para a criação da personagem e faz parte do meu processo.

 

Pelo jeito você está se divertindo muito nesse trabalho. Conta um pouco do que está rolando… Sim, está sendo um enorme prazer. A equipe da novela é maravilhosa e muito unida. E os atores também. Trabalhamos com muita seriedade dentro do set, com dedicação e concentração. E nos bastidores, nos divertimos muito. É um grande prazer ir trabalhar todos os dias e encontrar tanta gente bacana.

Quando não está gravando que programas fazem sua cabeça? O que curte para relaxar? Gosto muito de me aventurar pelo mar e pela natureza. O Rio de janeiro é uma cidade que – pela sua geografia – nos possibilita viver em conexão com o mar, montanhas, florestas. Sempre que posso faço algumas trilhas e quase todo fim de semana ando de bicicleta pela orla ou lagoa. Também adoro dançar! Qualquer ritmo, o negócio é mexer o corpo com uma boa música e me divertir! Além disso vou ao cinema e ao teatro, sempre que posso.

Como cuida do corpo e da alimentação? Alguma rotina específica? Eu costumo variar estímulos. Fazer sempre a mesma coisa me cansa. Então, às vezes faço boxe ou muay thay, às vezes dança, às vezes corro, nado, ando de bicicleta… acho que já fiz de tudo. Ultimamente, tenho feito musculação e treinamento funcional 2 ou 3 vezes por semana, dependendo do ritmo das gravações. Sobre a alimentação, eu busco sempre o equilíbrio. Adoro comer doce, por exemplo. Mas se eu exagero num dia, compenso no dia seguinte. Mas basicamente eu tenho que incluir no meu cardápio muitas frutas e legumes. Também diminui a quantidade de refrigerante e cortei alimentos transgênicos.

Viajar é uma grande paixão sua (correto?)… Que lugares mais marcaram e o quais ainda são seu sonho? Amo viajar. É realmente uma grande paixão. Acho maravilhoso conhecer culturas novas e me aprofundar conhecendo as pessoas e os hábitos locais. Das viagens que fiz, uma das que mais me impressionou foi a Austrália. Morei lá um tempinho e viajei o país todo. Gosto muito do estilo de vida e moraria lá facilmente. Também adoro visitar cidades históricas, como as do interior da Europa.

Verdade que você foi pedida em casamento em um castelo durante uma viagem? Na verdade, quem deu o primeiro passo para o casamento fui eu. Já morávamos juntos e eu decidi que queria oficializar o nosso compromisso e fazer uma grande festa para a família e os amigos. O René estava dirigindo e eu disse que queria conversar mais tarde. Ele insistiu pra que eu falasse na hora e, já que insistiu, eu falei – “vamos nos casar?”. Sou bem prática e decidida com algumas questões. Ainda bem que ele não bateu o carro e aceitou. (Risos!) Assim, eu comecei a organizar a festa e logo em seguida, viajamos pra Europa e aí sim, ele me fez uma surpresa.

Aliás, como ele te conquistou? Dá essa dica para os leitores. Não acredito que exista uma fórmula. Cada pessoa e cada história são muito particulares. No meu caso, acho que ele me ganhou com muitas coisas, mas começou pelo bom humor. René é bom de papo!

Por falar nisso que qualidades (físicas e de caráter) que você mais admira nos homens? Para mim, bom humor é fundamental! Ser parceiro, companheiro, respeitar a mulher e sua individualidade também é importante. Das características físicas, acho que nada em particular é relevante pra mim. O contexto e o conjunto é que são importantes.

É verdade que você quando está só em casa curte cantar? Se sai bem ao ponto de participar de um PopStar da vida? Gosto muito de cantar, mas só em casa mesmo. Morro de vergonha de cantar em público. Acho que os únicos que me ouvem cantar são os vizinhos.

Parece que você é de bem com a vida e combate os problemas com alto astral. É isso? Sou uma pessoa leve sim. Claro que às vezes enfrentamos alguns obstáculos no nosso dia a dia, mas eu tento sempre driblar os problemas, resolver o que tiver que resolver com praticidade e agilidade, e acreditar que o dia seguinte será melhor. Sou bem otimista em relação à vida.

Depois de “Pega Pega” o que vem por aí? Quero me dedicar a um projeto de teatro, que eu estava desenvolvendo antes de começar a novela. Eu também escrevo. Recentemente participei do roteiro de “Amor ao Quadrado”, um especial de final de ano da Globo e lancei uma história em quadrinhos que criei. Quando a novela terminar vou também me dedicar a esse tipo de projeto.