FITNESS: O Treino perfeito‏, como chegar até ele

 

É muito comum escutarmos, “qual um treino bom para o peitoral?”, ou, “quantas séries eu devo fazer?”. Bem, estas são questões com mais valor cultural do que científico. “Invariavelmente a resposta é: “depende”. Apesar de ser impossível estabelecer a série ideal para todas as pessoas em termos quantitativos (volume) e qualitativos (intensidade) pode-se ter certeza que o problema com o treino da maioria das pessoas é que elas simplesmente exageram na quantidade e pecam na qualidade. A velha máxima “quantidade não é qualidade” também vale a musculação.” (Paulo Gentil).

Individualidade Biológica, este é um dos princípios do treinamento que vem sendo esquecido, e até mesmo ignorado propositalmente por alguns profissionais.  Há alguns anos os alemães já usavam o chamado Treino Econômico, e os russos com o seu Treino Racional.

ECONOMIA… RACIONALIDADE…

Estas duas palavras, resumem tudo o que precisamos para prescrever um bom treino. A primeira, em função da quantidade exacerbada de atividades que as pessoas têm nos dias de hoje. Ninguém quer, nem tem disponibilidade para passar muito tempo numa academia, e mesmo que quisesse e pudesse, não seria necessário. Já a segunda resume-se a três perguntas, que devem ser sabiamente respondidas, (PARA QUEM? PARA QUE? POR QUÊ?). Se estas três perguntas forem respondidas de forma coesa e coerente, o treino estará sendo bem prescrito. “A musculação possui inúmeros métodos e diversas formas de controlar as variáveis, dentre todas elas, a última que deve ser usada é o aumento do número de séries. Antes disso deve-se sempre tentar melhorar a qualidade do treino, intensificando-o racionalmente de acordo com o objetivo a ser alcançado e a condição do aluno. Um profissional qualificado saberá como e quando usar a estratégia correta para potencializar seus resultados, diferente de um mal professor que aumentará o número de séries totais e/ou mudará os exercícios cada vez que o treino é alterado.” (Paulo Gentil).

Questione seu professor, pergunte cada vez mais, PESQUISE, o Google está aí para isso. Por mais leigo que você seja na área em questão, com certeza você tem o mínimo de noção para dizer, “eu acho que esse cara tá me enrolando…”. Pense nisso, e bons treinos, com muita ECONOMIA e muita RACIONALIDADE.

 

ALGUNS BONS EXEMPLOS…
Bem, como vimos, é impossível prescrever um treino que seja considerado ideal, então, daremos alguns modelos de métodos e sistemas de treinamento que podem ser aplicados, bem como o seu grau de dificuldade.

Antes de iniciarmos, vejamos alguns conceitos que serão importantes para o melhor entendimento das prescrições.
Volume: Está diretamente relacionado ao tempo despendido no treinamento.

Intensidade: Está relacionada com o esforço necessário para realização de determinada atividade.

Cadencia: É a velocidade em que o movimento será realizado, onde a primeira velocidade é da fase excêntrica (a favor do peso) do movimento, a contra o peso é chamada de concêntrica.

Ex: Num exercício onde a velocidade exigida é 4020. Isso quer dizer que a velocidade na fase excêntrica deve ser realizada em 4 segundos, enquanto que a concêntrica será em 2 segundos. A relação entre Volume x Intensidade é INVERSAMENTE PROPORCIONAL

TIPOS DE ESTÍMULOS

Metabólicos:
– Elevada quantidade de repetições
– Intervalo de descanso reduzido
– Maior alteração na osmolaridade
– Maior ocorrência de eventos pós trasncricionais

Tensionais:
– Baixa quantidade de repetições
– Intervalo de descanso elevado
– Maior ocorrência de micro lesões
– Ocorrência do fenômeno da mecanotransdução
– A velocidade de execução pode ser mais valorizada na fase excêntrica do movimento

Agora, adentremos na prescrição propriamente dita.

 

PS: TODOS os clientes são fictícios e nenhum deles apresenta qualquer tipo de limitação que impeça qualquer tipo de movimento e/ou estímulos aplicados nos treinos. 

*Guto Galamba é formado em Educação Física, trabalha como Personal Trainer e comanda o grupo Hit Personal: www.hitpersonal.com.br

 

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