PERFIL: Mark Zuckerberg, o homem do ano ou o bilionário da década?

Como será o Natal na era digital? Quer dizer, a resposta para isso nós já estamos vivenciando isso nesse final de década. Década que passou mais rápido que a anterior. Década onde as fronteiras de culturas e povos se estreitaram ainda mais graças aos avanços tecnológicos. A coisa passou tão rápida, avançou tão depressa que se pegarmos revistas de dois anos atrás e observarmos as novidades eletrônicas da época, já vão nos parecer obsoletas. O que marcou esse final de década, especificamente esse final de ano, sem dúvida foi o surgimento de duas novas ferramentas que reforçaram ainda mais o fim das fronteiras: o surgimento do iPad (uma das grandes invenções tecnológicas do ano, aguarde matéria próxima semana), que virou o objeto de desejo do mundo; e o Facebook.

2010 sem dúvida foi o ano do Facebook, pelo menos aqui no Brasil. O novo site de relacionamento e comunicação chegou no início como alto até meio “elitista”, em inglês, como uma alternativa para quem queria ser um pouco diferente no universo digital. Pós-Orkut, o Facebook foi aos poucos dominando a web e se popularizou ao ponto de ser mania mundial. Milhões de pessoas estão conectadas, e bilhões de dólares sendo movimentado em torno de uma criação que partiu de um desejo de um indivíduo em ter uma ferramenta de comunicação sem fronteiras. É essa ferramenta que hoje está fazendo milhões de pessoas e vérios países montarem árvores de Natal virtuais, cartões de Natal digitais e proporcionando uma troca maior de interação com fotos, vídeos e menssagens.

O Natal da era digital é instatâneo, prático, direto, assim como pede os novos tempos. Estamos chegando a 2011, ano que imaginávamos estarmos voando em carros futurísticos de filmes de ficção. Isso ainda não existe, mas a tecnologia avança a passos de mega bites de velociade e a cada mês nos apresenta formas mais modernas de vivermos esse futuro de ficção científica sonhado. Se lá trás, no início dos anos 2000, o grande criador atendida pelo nome de Bill Gates, hoje o pai todo poderoso criador do céu de pixels e da terra do bytes se chama Steve Jobs que vem ao lado do seu “espírito”, nada “santo”, chamado Mark Zuckerberg. O “grande criador”, Steve Jobs, semeou pelo mundo a nova religião chamada Apple, onde milhares de seguidores seguem o futuro determinado por ele na nova era. A nossa realidade é o que ele cria.

Mas o mundo digital criado pelo grande, e jovem, criador Mark Zuckerberg começou mesmo a seis anos atrás quando Mark juntamente com seus colegas Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin, enquanto eles eram estudantes na Universidade de Harvard e fundaram uma pequena empresa privada sobre novas tecnologias. Zuckerberg nasceu em White Plains, Nova York, em maio de 1984, filho de uma psiquiatra, e um dentista e criado nos moldes judáicos. O jovem Zuckerberg estudava na Ardsley High School quando já se destacava nos estudos e chegou a ganhar prêmios em ciência (a astronomia matemática e física) e os estudos clássicos, em sua aplicação da faculdade, Zuckerberg foi listado com línguas não-Inglês, ele sabia ler e escrever: francês, latim e grego antigo e era o capitão hebraico de uma equipe de estudos. Na faculdade, ele era conhecido por recitar versos de poemas épicos como a Ilíada.

 

Zuckerberg gostava de programas de computador de desenvolvimento, ferramentas de comunicação especial e jogos. Em um desses programas, uma vez que a prática odontológica de seu pai foi a partir de sua casa, ele construiu um programa de software que chamou de “ZuckNet”, que permitiu que todos os computadores em sua casa e o consultório odontológico se comunicar usando o ping para o outro. É considerado uma “versão” primitiva da AOL que é o Instant Messenger, que saiu no ano seguinte. Durante o ano do High School, Zuckerberg, sob o nome da empresa Intelligent Media Group, construiu um leitor de música chamado Synapse Media Player que usou a inteligência artificial para aprender a ouvir os hábitos do usuários, o que foi publicado para Slashdot que na época recebeu a classificação de 3 a de 5 na revista PC Magazine. A Microsoft e a AOL tentaram adquirir o Synapse e recrutaram Zuckerberg, mas ele preferiu se inscrever na Faculdade de Harvard em Setembro de 2002.

Onde estudou psicologia e ciência da computação, e pertencia a Alpha Epsilon Pi, uma fraternidade judaica. Em seu segundo ano, ele escreveu um programa que chamou de “CourseMatch”, que permitia que os usuários tomassem decisões com base na seleção de classe e escolhas dos outros alunos e também ajudá-los a formar grupos de estudo. Pouco tempo depois, ele criou um programa diferente, que ele inicialmente chamou de “Facemash” que permitia aos alunos escolherem a pessoa com melhor aspecto de uma escolha de fotos. Diante do sucesso, os alunos solicitaram que a universidade desenvolvesse um web site que incluísse fotos semelhantes e detalhes de contato para fazer parte da rede da faculdade de informática. Mark ouviu esses argumentos e decidiu então que ele iria fazer esse site, que seria ainda melhor do que a universidade havia planejado.

E foi assim que de dentro de um dormitório de Harvard, que Mark, juntamente com seu amigo brasileiro, estrearam o Facebook no início de 2004 entre os alunos da Faculdade. O sucesso foi imediato, em quatro dias já tinha 900 usuários e em duas semanas 5 mil alunos já possuíam um perfil no Facebook. Não foi muito difícil para a novidade se espalhar e tomar outras faculdades. Diante disso tudo, Mark largou os estudos alguns meses depois e mudou-se para o Vale do Silício, na Califórnia, que concentra a grande maioria das empresas de tecnologia do mundo. Hoje em dia, após algumas mudanças de espaço, a empresa de Mark está num prédio de dois andares, e em 21 de julho deste ano, Zuckerberg informou que a empresa atingiu a marca de 500 milhões de usuários.

Agora nessa final de ano foi lançado o filme Rede Social é baseado no livro “The Billionaires Acidental” do publicitário Ben Mezrich. Na ocasião de lançamento, questionado pelo que Zuckerberg tinha achado do filme ele comentou: “Eu só não queria que ninguém fizesse um filme sobre mim enquanto eu ainda estivesse vivo.” Além disso, depois do filme o roteiro foi vazou na internet e era evidente que o filme sobre Zuckerberg não o retratava de forma positiva, ele declarou que queria estabelecer-se como um “bom rapaz”. A revista Vanity Fair Zuckerberg o número 1 na lista de 2010 do Top 100 “pessoas mais influentes da Era da Informação”. Zuckerberg foi classificado como o número 23 na lista da Vanity Fair 100 em 2009. Em 2010, Zuckerberg foi escolhido como o número 16 no ranking anual da New Statesman das 50 personalidades mais influentes, é o bilionário mais jovem do mundo, com uma fortuna estimada pela revista Forbes em US$ 6,5 bilhões. De nerd tímido a ícone mundial de uma nova era da comunicação.