CARRO: Cruze, o substituto do Vectra entra na disputa da categoria

Primeiramente é interessante sabermos que este é o veiculo de passageiro mais vendido da Chevrolet no mundo, já que, não é à toa, que desde que foi lançado, as qualidades desse possante não param de ser exaltadas na boca dos novos proprietários. Podemos dizer que este lançamento foi uma tentativa da Chevrolet surpreender positivamente pelo design de coupé familiar, com um sedan de alta qualidade, combinado a um preço “camarada”.

O Chevrolet Cruze, como o próprio fabricante afirma, veio para mudar as regras do jogo, oferecendo uma boa proposta de custo/benefício para os compradores. Entretanto, recentemente, depois de muita especulação e divergência de preço nas revendas, foi batido o martelo; os modelos serão comercializados no Brasil pela bagatela de R$ 71.990,00 a R$ 82.990,00. Talvez este seja o modelo que os fãs da Chevrolet estavam esperando para concorrer com carros de passeio do mesmo porte, como o Civic, Corolla e Elantra, porém acredito que seu valor, acabou ultrapassando a faixa de preço esperada e prometida pela General Motors, ficando mais caro que os sedans da mesma categoria.
O substituto do Vectra, já está disponível nas revendas, na versão LTZ, mais completa, nas cores, preta ou branca, com motor 1.8, flex, 150 cavalos, 16 válvulas e câmbio automático. Esta máquina conta ainda com trio elétrico, seis airbags, bancos de couro cinza ou preto, direção assistida, central de multimídia, GPS, rodas de aro de 17 polegadas, ar condicionado automático, sensores de chuva e luminosidade, controle de estabilidade (ESP), freios ABS com EBD e controle de tração. A versão LS, mais simples, já está sendo fabricada no Brasil, em São Caetano do Sul, porém ainda não chegou às lojas, vem com motor 1.6 a gasolina, jantes de liga leve de 16 polegadas, MP3 player e sensores de estacionamento.
O interior do Cruze, além de espaçoso, aparenta ser bem confortável. No painel, a Chevrolet conseguiu um acabamento perfeito, com materiais que superam a qualidade do Vectra. Porém somente na versão mais completa, a central multimídia contará com uma tela de sete polegadas. Há uma variedade de porta trecos, em particular um compartimento que pode ser fechado sobre o painel para guardar a carteira e o celular de forma discreta. O único ponto negativo é o fato de você correr o risco de levar uma queixa da sua amada, pois não há luz para o espelho no quebra sol.
O motor Ecotec, foi desenvolvido numa parceria entre a Alemanha e o Brasil, possui cabeçote de alumínio, o que o torna mais leve e econômico. Além disso, há um conjunto de válvulas que proporciona maior torque e potencia nas altas rotações, reduzindo ainda mais a queima de combustível. Em alguns testes realizados notou-se que uma das grandes vantagens deste motor são o silêncio e o baixo nível de vibração, bem como um casamento perfeito com o engate da marcha, porém, a arrancada deixou a desejar.
Já o Cruze hatch, que só será fabricado no Brasil no final do ano, também chega para tomar o lugar do Vectra GT, estimando-se que a sua versão mais básica começará na casa dos R$ 60.000,00, já que o valor só será divulgado no lançamento. A intenção foi tornar a versão do sedan mais esportiva e acredito que o design do Cruze combinou mais com a versão hatch.
Sem dúvidas este é um Senhor carro, e esperado como um divisor de águas na Chevrolet, entretanto, parece que a fabricante não conseguiu revolucionar no design, tanto na área externa, quanto no seu interior. Além disso, apesar de estarmos no Brasil, parece um pouco equivocado pagar este valor por um carro popular norte americano, que custa em média 20 mil dólares nos Estados Unidos, ou seja, mesmo contando com a incidência da carga tributaria, as revendas do Brasil contarão com o excesso de em média 140% de lucro a mais, em relação às americanas.
Como infelizmente, no Brasil, temos que pagar um valor exorbitante para ter acesso a tecnologia e conforto, talvez a melhor opção para adquirir o Cruze, seria aguardar passar o “oba oba” da novidade, pois quem sabe o preço se adapte ao real custo/beneficio prometido pela GM, afinal, a briga pela concorrência da categoria está só começando.
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