MUSA: ISABELA SCHERER É UM “BOM SUCESSO” DENTRO E FORA DA TV

Apesar da pouca idade, Isabella Scherer, tem trilhado uma carreira com papéis desafiadores, como foi o caso agora com seu personagem Paloma na 1ª fase da novela “Bom Sucesso”. Na história ela interpretou uma mãe jovem, e ainda teve que montar sua personagem juntamente com a Grazi (que interpreta a personagem Paloma nos dias de hoje). Mas Isa não parou por aí, ela foi a Ellen, da série “Psi” da HBO, onde teve que interpretar as duas fases, jovem e adulta, de uma personagem com problemas psiquiátricos. Seu último grande trabalho na TV tinha sido em “Malhação – Viva a Diferença”, que recentemente ganhou o prêmio Emmy International Kids, na categoria “Séries”. Mas Isa vai além dos trabalhos como atriz, e decidiu encarar também a vida de empreendedora, abrindo sua própria marca de roupas, a Serê (@lojasere). Talvez essa disposição para novos desafios venha do DNA do pai, o ex-nadador Xuxa Scherer. Paizão coruja que não perde um capítulo da trama dessa filhota.

Como surgiu o convite para participar de “Bom Sucesso” e como foi fazer esse trabalho? Foi um convite que me pegou totalmente de surpresa! O Fábio Zambroni, produtor de elenco da novela, me ligou e contou um pouco sobre toda a história, principalmente sobre o romance da Paloma com o Ramon, e me convidou para fazer essa fase jovem. Foi um trabalho muito legal de fazer e ainda tá sendo, né. Eu estou aprendendo muito, porque são cenas bem difíceis e bem distantes da minha realidade, como ter que lidar com a maternidade na adolescência. Acho que é uma história muito bonita e muito importante para se contar.

Você fez Grazi mais nova, como foi essa troca com ela? Combinaram algo? Pegou alguma dica? Eu, Grazi, Pedro Lobo e Davi Junior tivemos uma reunião com toda a direção. Nela, passaram todas as cenas da fase jovem que já tínhamos até o momento para tentar entender um pouco mais como esses personagens reagiriam em cada situação. Eu memorizei, peguei o sotaque da Grazi e o jeitinho dela de mexer no cabelo. Foram coisas super importantes que a direção enfatizou.

Ficou um gostinho de quero mais? Ficou super! Tanto que agora eu vou voltar a ter mais algumas cenas. Fico até o final da novela aparecendo nos flashbacks.

Você ganhou visibilidade maior quando participou de “Malhação” ano passado. Como foi isso para você? Acho que “Malhação” foi um dos trabalhos mais importantes da minha carreira, tanto pela visibilidade quanto pelo aprendizado, e pela maturidade como atriz que eu ganhei fazendo ele. Essa rotina de lidar com uma mesma personagem durante um ano e em diversas situações foi muito importante para meu crescimento como atriz. A visibilidade aumentou muito! A TV aberta dá uma visibilidade completamente diferente do público da internet, que eu já tinha contato. Então, eu já sabia como lidar com as redes sociais, mesmo tendo um alcance muito maior do que eu esperava. Mas, no fim das contas, foi bem tranquilo de lidar.

O assédio aumentou? Como tem lidado com isso? Sim, o assédio aumentou bastante desde “Malhação”. Mas é algo que levo muito numa boa. Continuo vivendo minha vida, compartilhando o que eu acho que devo compartilhar com as pessoas e não me expondo tanto.

Falando nisso o que um carinha tem que ter e ser para chamar sua atenção? Eu acho que, mais do que uma característica que a pessoa tem que ter ou ser, é a conexão! Às vezes as pessoas podem ter nada a ver com você, mas rola uma conexão grande e eu acho que é isso: essa troca, parceria, bom humor, e a vontade de levar a vida numa boa.

Seu pai é muito coruja quando você está no ar? Ele te dá alguma dica? Como é a relação de vocês? Ele é super coruja! Sempre comemorou todas as minhas conquistas. Ele me dá algumas dicas sim, mas muito ligadas à minha marca de roupas, a Serê, que acabou de completar cinco meses. Ele me dá muito mais conselhos do lado empresarial do que do lado artístico, sobre fama e etc.

Filha de peixe, peixinho quase foi! Você chegou a nadar mas optou por ser atriz. Como foi essa mudança de rumo? Deixou o pai decepcionado? (risos) Meu pai nunca chegou a ficar decepcionado. Ele tinha medo de eu me arrepender da minha decisão. Mas, a partir do momento que ele sabia que aquilo não estava mais me fazendo feliz, e que eu não estava disposta a passar por tudo que deveria passar para chegar no meu objetivo (que era ser nadadora profissional), ele entendeu que aquilo não fazia mais sentido na minha vida. A gente teve uma conversa muito importante na época, em que ele me perguntou: “Tá, qual o seu objetivo? Participar de uma Olimpíada? O que você quer fazer até chegar lá? Você vai ter que treinar todo dia, duas vezes ao dia…”. Eu falei “Não, isso não me faz mais feliz”. Então, acho que aí entendi melhor que aquilo não fazia mais sentido pra mim.

Tem alguma relação com o esporte? O que te faz a cabeça? Hoje, eu não tenho mais relação alguma com a natação. Foi algo que eu fiz durante muitos anos e a rotina era muito intensa. Então, acabei não seguindo isso, não colocando a natação na minha rotina de exercícios. Mas tento fazer exercícios físicos de duas a três vezes por semana. Eu gosto de exercícios mais funcionais, como Crossfit, e Muay Thai, e coisas do tipo, sabe? Eu não sou muito da musculação.

E na hora de relaxar, o que curte? É de baladas à noite e praia com os amigos? Onde é mais fácil te encontrar? Ah, eu gosto muito mais de ir pra praia, ficar com os amigos tranquila, fazer um jantar, do que ir pra balada. Lógico que as vezes eu vou, porque é divertido, mas não é o que mais gosto de fazer.
O lugar que, com certeza, é mais fácil de me encontrar é em restaurante – é o que eu mais gosto de fazer.

Como lida com vaidade? Do que não abre mão? Eu lido super bem com a vaidade. Tenho um lado muito vaidoso e eu gosto de, principalmente com moda, sempre estar me sentindo bem com a roupa que eu estou usando, me sentindo bonita. Mas sou muito tranquila na parte de beleza. Gosto muito de cuidar da minha pele e do meu cabelo, e deixá-los saudáveis e bonitos. Mas não sou aquela pessoa fissurada por maquiagem. Uso no máximo uma, ou duas vezes por semana. Sou muito tranquila.

Para te conquistar basta… Eu acho que não existe isso de “para conquistar basta”. Para mim é uma construção, ir se conhecendo e vendo as afinidades e diferenças. Mas o que eu mais admiro é quem leva a vida numa boa, de um jeito leve, e que vai atrás de seus objetivos. Isso é o que mais me encanta, a pessoa ter um sonho e ir atrás dele.