Carnaval sem o trio da Banda Eva não seria Carnaval. Que o diga o cantor Felipe Pezzoni, que este ano completa 10 anos como vocalista da banda. E você deve está se perguntando, “Já 10 anos?” Pois é, o tempo voa! Mas a trajetória de Felipe começa lá trás, em 2003 cantando na Banda Melaço de Cana, na sequência veio a banda Colher de Pau e daí em diante Felipe não parou mais. Baiano de 38 anos, Felipe está na sua maratona de shows, mas arrumou um tempinho para bater um papo conosco. Vamos lá que a folia está apenas no início!
Felipe, este ano você comemora 10 anos como vocalista da Banda Eva. Que avaliação faz desta década? Esses 10 anos na Banda EVA foram, sem dúvidas, os mais intensos e melhores anos da minha vida. Foi uma década de muito trabalho, shows, carnavais, e muito carinho, troca com o público, momentos especiais e que vão ficar pra sempre na minha memória. Sou extremamente grato de fazer parte dessa história tão bonita e relevante da Banda EVA.
Ao longo desses 10 anos o que mais te marcou e surpreendeu? Caramba, foram muitos momentos durante esses 10 anos! Uma das coisas mais marcantes em fazer parte do EVA foi conhecer as histórias do público, e perceber o quanto a banda impactou positivamente a vida das pessoas ao longo desses anos, a gente termina herdando essas lindas histórias e ajudando a construir muitas outras novas. A troca que temos com o nosso público é sempre muito especial e verdadeira.
Este ano você também comemora 20 anos de carreira. Né isso? Como foi o início de tudo? Sim, são mais de 20 anos de carreira. Eu comecei ainda na adolescência, com 13 anos montei minha primeira banda, com 15 comecei a cantar e não parei mais, passei por diversos projetos e ralei pra caramba. A música sempre fez parte da minha vida e sou muito grato por tudo o que conquistei através dela.
Você imaginava que “Podia Dar Certo” (seu hit de 2019)? Sempre firme e forte no seu propósito? Eu sempre acreditei muito e corri atrás dos meus sonhos, nunca tive um plano B, o chamado da música sempre ecoou forte dentro de mim. Eu sonhava com tudo isso que estou vivendo hoje. Só nunca imaginei que o EVA seria o portal que me possibilitaria isso, e isso é um grande privilégio e me faz acreditar que quando a gente tem amor, foco, disciplina e fé, a gente pode chegar aonde quiser.
Quando a música te tocou e quando descobriu que era de música que você queria viver? Como eu disse, esse chamado veio desde muito cedo. Com 10 anos eu já estava iniciando na música. Nunca passou pela minha cabeça fazer outra coisa. Toda a minha adolescência foi marcada pela música, eu sabia que queria viver daquilo, sabia que queria fazer música pelo resto da minha vida.
De Salvador para o mundo. O que carrega em você de mais baiano? Ah, tudo (risos)! Salvador me deu régua e compasso e vai estar sempre comigo aonde eu for. Eu amo a culinária baiana, cada aspecto da nossa cultura, nossas praias. Levo a maneira carinhosa e acolhedora de tratar. Tenho muito orgulho das minhas raízes e de carregar a Bahia dentro de mim.
Axé, samba e reggae sempre estiveram presentes na sua veia musical? Sim, cheguei a cantar outros estilos musicais ao longo da carreira mas o axé sempre bateu mais forte e profundo. Sempre soube que a minha jornada seria através dele.
Quais suas maiores influências na música e na vida? Tenho muitos ídolos na música, sou influenciado por artistas dos mais variados estilos. Mas a premissa pra se tornar um verdadeiro referencial pra mim é que eles possam ser tão bons fora do palco quanto dentro. Me refiro ao lado humano. Na vida são aqueles que já não estão por aqui mas que a sua passagem e seus ensinamentos mesmo depois de milhares de anos ecoam até hoje. Jesus, Buda, Sócrates, Platão e muitos outros.
Você é um cara muito vaidoso? Mais como artista ou homem? Do que não abre mão? Eu sou, sim, um cara vaidoso. Gosto de me cuidar, me preparo físico, mental e espiritualmente e gosto de me arrumar pros shows, todo show é uma ocasião especial e merece esse empenho da minha parte. A gente só consegue levar alegria pro outro quando a gente tá feliz com a gente.
Qual seu Carnaval inesquecível? E o que promete para este ano? Impossível escolher um só. Guardo lembranças espetaculares dos carnavais passados mas sigo com entusiasmo de estreante, até porque cada carnaval é único e irrepetível. Carnaval é sempre muito especial, é um momento muito aguardado por nós, é onde conseguimos reunir nossos fãs do Brasil inteiro num só lugar vibrando em consonância, Carnaval é a nossa final da copa do mundo.
Passando o Carnaval, quais os planos pro resto do ano? A gente vai fazer um registro áudio visual no Carnaval, com 12 músicas que marcaram a história da Banda EVA, e vamos lançá-lo em março. Queremos deixar registrada essa volta do maior Carnaval de rua do mundo, depois de dois anos parado. Ainda temos mais novidades vindo por aí, mas não posso adiantar muita coisa para não estragar as surpresas (risos).
Para quem você mandaria um cheiro de amor? Ah, pros meus pais, para a minha esposa, Rossana, e meus filhos, Vicente, Matteo e Filippo. Minha família é tudo na minha vida. E claro, pra turma que admira o meu trabalho e todos que nos acompanham e apoiam sempre!
Manda um recadinho para os leitores e fãs que esperam te ver nesse Carnaval? Leitores da MENSCH, um beijo enorme para todos e que esse Carnaval seja muito especial para cada um de vocês! Que seja um momento de muita alegria, boas vibrações e felicidade, e espero ver todo mundo curtindo muito ao som de EVA!