Em tempos de redes sociais, creio ser de bom tom manter o mínimo de elegância e procurar conviver exercitando a sociabilidade, porque hoje tudo se sabe, faz e se resolve através da internet.
Além de brigar por politica, ser inconveniente impondo seus candidatos na página do outro ou ficar mandando indiretas pra quem nem olha, é incrível, mas você pode fazer muito mais coisa do que imagina, como compras, comprar ingressos para espetáculo, cinema, passagem de avião e arrumar namorad@. Sim! Você entra em um dos inúmeros sites de relacionamento, escolhe, passa um tempo conversando e se apaixonando pelas palavras, marca um encontro que pode ser bom ou não dar em nada. Não deu? Tenta outros matches e quem sabe um dia você encontra o crush certo? Dá o match real?
Se alguém pensa que a vida de quem procura um amor é fácil, pense não. Mas a internet tá aí pra ajudar e pode-se tentar o Tinder, Zoosk, Solteiros50, Amantediscreto, Amorespossiveis, Papolove, Namoroonline, Top5namoro… Gente! São muitos! Tem site de relacionamento internacional confiável, site de relacionamento europeu, que não precisa de e-mail, relacionamento católico, evangélico, antigo e isso sem entrar nos sites gays. Você pensa que a quantidade de opções facilita? Parece que não.
Pra quem estava acostumado a sair pra paquerar (ainda se fala isso?), namorava o amigo de infância, colega da faculdade ou o irmão da amiga acha essa nova tática estranha? Ah! Você não viu nada! Vou contar.
Algumas pessoas que tentaram e não conseguiram, encontraram e não deu certo ou cansaram da busca, resolveram radicalizar. Não querem mais casar, nem namorar, sexo então, nem passa pela cabeça e aboliu das suas vidas o amor romântico. E o que querem essas pessoas? Querem filhos. Apenas. Essas pessoas foram procurar o pai ou a mãe de seus filhos do jeitinho que idealizaram onde? Onde? Na internet. E criaram uma nova configuração famílias chamada de coparenting.
Vendo o relógio biológico correr e nada da pessoa ideal aparecer, o grupo que já começava a quebrar as regra das famílias tradicionais, resolveu correr atrás do seu sonho e assumir o filho sem necessariamente fazer sexo ou manter uma relação amorosa com a mãe ou o pai da criança. Porém, diferentemente de quem opta pela doação de esperma ou produção independente, se unem num relacionamento afetivo para juntos criarem e educarem a criança. Pra isso, não precisa dividir casa, a vida e muito menos amar a pessoa escolhida, mas é imprescindível ter respeito e valores compatíveis e que seja presente na criação da criança.
Coparenting algo como parentalidade responsável ou parcerias parentais. Não sei onde surgiu e nem quando, mas sei que aqui no Brasil, depois do fim de um casamento tradicional, e o desejo não realizado de ser mãe, uma gaúcha criou uma página sobre o assunto em 2014 e de 1.800 interessados, mantém hoje uma fila de espera para avaliação de mais 6 mil pedidos. Essas pessoas vão passar por uma criteriosa avalição até serem aceitas. A página, não faz muito tempo, migrou para uma rede social, Paisamigos.com e pretende se tornar um app.
Então, amigos, como falei no inicio, vamos procurar manter o requinte e as boas maneiras, porque não devemos duvidar da capacidade da internet e nesse exato momento, você pode estar sendo avaliado para procriar. E nessa altura do campeonato, não dá pra dispensar nenhuma possibilidade. Concordam comigo?