
Ao longo da sua carreira Carol Nakamura já fez de tudo um pouco. Já foi dançarina do Faustão, atuou de novela, se jogou no Dança dos Famosos, se aventurou na Amazônia em No Limite e hoje em dia foi passar uma temporada em Madrid para estudar interpretação. Algo que mais que nunca tem sido o foco de Carol, se aventurar como atriz. E um pouco disso é o que veremos em breve nas novas temporadas da série Arcanjo Renegado (Globoplay) na qual Carol já gravou a 4ª temporada e se prepara para gravar a 5ª. “Cada take é uma oportunidade de aprofundar a personagem e entender o mundo sob outra perspectiva. É um trabalho que me honra e me impulsiona”, comentou nossa estrela ao longo desta entrevista exclusiva para a MENSCH.
Carol é muito bom ter você de volta e ainda mais bela. Nossa 1a capa foi em 2015, 10 anos atrás. Dai te perguntamos quem é a Carol de hoje? Mudaram os focos, os desejos…? A Carol de hoje carrega as marcas do tempo com gratidão. A jornada até aqui me ensinou a valorizar o silêncio tanto quanto os aplausos. Os desejos mudaram, sim amadureceram. Hoje, meu foco é ser coerente com quem sou, com o que acredito. A beleza mais verdadeira está na integridade do que vivemos e sentimos, não só no que mostramos.



Atualmente, você está estudando interpretação em Madrid. Por que Madrid e como está a experiência? Madrid chegou com a energia que eu precisava: viva, intensa, cheia de cultura. Escolhi a cidade pra me reinventar. Sair do lugar conhecido muda tudo. Não é só sobre técnica, é sobre se redescobrir. Aqui estou vivendo a arte no seu estado mais cru e mais verdadeiro.
Isso é um sinal que sua maior paixão é a dramaturgia? De onde vem esse desejo/vocação? A dramaturgia, para mim, é como o ar. Não é só profissão é vocação, é necessidade da alma. Desde muito cedo, percebi que contar histórias era uma forma de existir. Através dos personagens, encontrei uma linguagem para dizer o indizível. E quanto mais mergulho na arte, mais entendo que ela é uma missão de sensibilidade e coragem.
Você chegou a declarar que pensava em desistir da carreira de atriz. O que te fez mudar de opinião? Já pensei, sim. Tem hora que a entrega que a arte exige cansa. Mas a verdade de estar em cena sempre me puxou de volta. É como se, na dúvida, eu lembrasse por que comecei. Às vezes a gente precisa quase desistir para entender que não tem como abrir mão.



E falando nisso, você acabou de gravar a 4a temporada de Arcanjo Renegado e já se prepara para em junho gravar a 5a. Como é participar dessa série tão cheia de ação? É um privilégio e um desafio constante. A ação nos exige fisicamente, mas o que me fascina mesmo é o drama humano por trás das cenas. Cada take é uma oportunidade de aprofundar a personagem e entender o mundo sob outra perspectiva. É um trabalho que me honra e me impulsiona.
E sua personagem tem se desdobrado na trama. Conta um pouco sobre ela para quem não a conhece ainda. Ela é complexa, real, cheia de cicatrizes e força. Não é uma heroína clássica ela falha, questiona, se levanta. Gosto de personagens que provocam desconforto e reflexão, que nos tiram do automático. Ela tem sido minha companheira de descobertas.
Falando em ação, em 2023 você participou de No Limite. Poderíamos dizer que foi seu maior desafio na TV? Sua maior loucura? Como foi a experiência? Com certeza! Foi uma experiência brutal e linda ao mesmo tempo. Estar lá, sem filtros, me colocou frente a frente comigo mesma. A maior loucura foi topar, mas também foi um reencontro com a minha essência, precisava viver essa experiência.
O que ficou de lição e aprendizado desse período na floresta gravando No Limite? Que o essencial a gente não enxerga com os olhos. Lá não tem maquiagem, não tem distração, só você e sua verdade. Voltei mais conectada com minha intuição e respeitando mais meus ciclos.


Existe limite para você em relação a desafios no trabalho? Você na vida pessoal é destemida também? Existe limite sim, o do respeito a mim mesma. O destemor não está em fazer tudo, mas em saber dizer “não” quando preciso. Tanto no trabalho quanto na vida. Sou movida pela paixão, mas busco cada vez mais agir com consciência e verdade.
Um grande desafio para muitas mulheres é a maternidade. Hoje seu filho está um homem formado com 25 anos. Dever cumprido? Como é a relação entre vocês? Ser mãe foi o papel mais intenso da minha vida. Ele me ensinou mais do que qualquer escola. Ver meu filho construindo o próprio caminho com ética, generosidade e coragem me dá paz. Nossa relação é de muito amor, admiração mútua e companheirismo. Dever cumprido, mas amor que nunca se esgota.
Qual sua maior vaidade, como mulher e atriz? Minha vaidade hoje está muito mais no que sinto do que no que vejo no espelho. Como mulher, é manter minha essência viva. Como atriz, é o desejo constante de me aprofundar, de buscar a verdade em cada cena. Vaidade saudável é aquela que nos conecta, não que nos afasta de nós mesmas.
Quando quer relaxar o que procura? Meus cachorros, minha casa, natureza e um cafezinho (risos)…
E para conquistar Carol basta… Ser de verdade. Me encanta quem tem coragem de ser vulnerável, de rir com leveza, de amar com presença. O essencial é sempre simples e profundamente sincero.


Fotos @marciofariasfoto
Styling @aledupratoficial
Produção @kadunnes07
Make @laisregiaa