DIÁRIO DE BORDO: Dallas beyond the “buyers club”

Durante viagem para o Canadá fiz uma escala em Dallas. Naquela oportunidade tive menos de 24 horas para “conhecê-la”, mas suas características me deixaram com aquela vontade de “quero mais”!  O aeroporto fica na pequena cidade de Fort Worth a cerca de 40 minutos de distância, mas não subestimem: trata-se do hub da empresa aérea American Airlines, e surpreende pelo tamanho e variedade de lojas. Sem dúvida é daqueles aeroportos que – no retorno – gostamos de chegar com alguma antecedência para um “last look“! Por fim, fui impactado pelo banner a seguir com a imagem que bem caracteriza o Texas no imaginário coletivo: terra de pastos, gados e cowboys!

 

Era agosto, no auge do verão texano! Segui então para o hotel, localizado no centro da cidade. No caminho passei por Adisson – que acolhe muitas industrias e escritórios corporativos. Alguns shoppings gigantescos com grandes marcas podem ser avistados a beira da rodovia principal, dentre os quais o “Galleria”. Os galpões se fundem aos viadutos e, ao longe, surgem esboços de arranha céus e torres. Hospedei-me (e super indico) no charmoso Joule Hotel (www.thejouledallas.com) onde, logo na entrada, me deparei com a imensa escultura de um globo ocular no páteo.

 

Escultura “Big Eye” do artista Tony Tasset, com seus 30 metros de altura, tridimensional.

As ruas me lembraram “Gastown”, em Vancouver, num mix interessante de construções ultra modernas e redutos pitorescos que remetem a época da fundação da cidade (cerca 1841). Muitas praças, restaurantes e bares, em sua maioria especializados na culinária mexicana. Aliás, fica a dica aos que não gostam de pimenta e condimentos! Cervejas artesanais e drinks exclusivos podem ser saboreados a cada esquina.

 

O centro divide-se em regiões estratégicas: área financeira, igrejas e templos religiosos, prédios comerciais e um reduto especial chamado “Art District”, onde ficam os museus e muitas, mas muitas esculturas espalhadas por toda parte! Aos que curtem museus indico o Centro Nasher de esculturas e o “Dallas Contemporary”. Grafites inspiradores ocupam grandes murais e fachadas dos edifícios. Na paisagem externa, chama a atenção uma serie de gigantes metálicos em várias posições de um único personagem, o “Travelling Man”, criação de Brad Oldham. A seguir, alguns registros do simpático conterrâneo.

 

Atrás apenas de Houston e San Antonio, Dallas desponta como a terceira maior cidade do Texas, com mais de 6 milhões de habitantes. Cenário do trágico assassinato do presidente americano John F. Kennedy em 1963, a região do Dealey Plaza ainda e bastante visitada. Vidros espelhados dominam a fachada dos edifícios que geralmente trazem lojas ou pequenos “Malls” nos andares térreos. A cada reflexo… uma boa surpresa!

 

Encantos turísticos a parte, o meu alvo estava nas lojas de decoração e design, muito bem representadas ao longo da imponente McKinney Avenue com a presença de grandes nomes e marcas como Johathan Adler, Crate&Barrel, 4510 e Apple. A seguir compartilho algumas fotos que fiz no interior dessas lojas que ditam tendências. Dallas não e uma cidade estruturada para se andar a pé, mas num lapso de distração confesso ter caminhado cerca de 3 km por essa avenida com tantas possibilidades!

Minha estada foi de apenas 5 dias, o suficiente para conhecer os principais pontos de interesse. Sem dúvida temos aqui uma alternativa tranquila, recheada de cultura, bem mais barata que outras localidades americanas e que oferece a mesma infraestrutura em termos de hospedagem, comércio e gastronomia. Essa viagem jamais poderia ser encerrada sem a subida no topo da “Reunion Tower”, de onde registrei um dos “skylines” mais impressionantes que já vi, emoldurado pelo pôr do sol. Moradores agradáveis, solícitos e muito bem humorados te aguardam nesse destino, sem dúvida, surpreendente! Até a próxima parada!