Nós já estávamos acostumados a ver Mariana Santos sempre ligada ao humor, em especial ao Zorra Total, mas, de uns tempos para cá, temos sido surpreendidos com outras facetas da atriz que estreou em sua primeira novela com a irreverente Maria Pia, em “Pega Pega”. Aproveitamos essa virada da personagem, que retornou à trama de forma exuberante, para conversar com Mariana sobre essa nova fase e seus novos projetos, como a nova temporada de “Amor & Sexo”. Como sempre muito bom ter Mari por perto.
Como tem sido o desafio, depois de tanto tempo trabalhando só com humor, de estar fazendo uma novela e uma personagem mais séria (cheia de conflitos) como a Maria Pia? Está sendo maravilhoso! A Maria Pia é uma personagem complexa, que tem humor, drama e vários elementos gostosos de se trabalhar. Fazer minha primeira novela com uma personagem tão cheia de nuances, é incrível. Ela me permite trabalhar no limite do humor e do drama. Foi algo que eu sempre quis fazer e estou muito feliz.
A volta da Maria Pia trouxe um gás novo para a trama e acreditamos que pra você também. Como tem encarado essa nova fase da personagem? Algo realmente mudou nela? Por mais que a Maria Pia seja uma “vilã”, ela tem uma certa baixa estima e sofre por amor. Acho que isso faz com que o público torça um pouco por ela também. Apesar de toda essa transformação, ela não mudou muito interiormente. Ela só mudou por fora mesmo. Acho que a verdadeira transformação da personagem ainda não aconteceu.
Ela voltou toda exuberante. Como a vaidade te toca? Eu não sou uma pessoa muito vaidosa. Tenho uma vaidade normal, como a de qualquer mulher da minha idade, e que não ultrapassa o limite do bom senso. O essencial é estarmos bem com nós mesmos.
É mais difícil fazer rir do que chorar? O que o humor e o drama trazem de mais desafiador? Não sei dizer exatamente o que é mais difícil. Acho que tudo é uma questão de time, de se estar inteiro na cena que é proposta, seja ela de humor ou de drama. Na realidade, gosto de transitar entre os dois gêneros.
Sua participação no programa “Amor & Sexo” te fez ser mais você mesma? Como é para você participar de uma bancada com tanta irreverência? A bancada do “Amor & Sexo” só me trouxe alegria. Era um programa que eu já assistia e que gostava antes de fazer parte do elenco fixo. Só acrescentou na minha vida como um todo e como artista. É um programa que levanta bandeiras sociais muito importantes e temas que precisam ser discutidos. A gente só consegue colocar verdade na comunicação com o público de casa e com a plateia sendo a gente mesmo. É uma honra enorme fazer parte desse grande sucesso que é o “Amor e Sexo”!
Em breve teremos mais uma temporada do programa e já vimos você passar por situações hilárias. Algo ainda te constrange? O que te tira da zona de conforto? Vai ser incrível e estou muito feliz com mais essa temporada. Não, não me sinto constrangida com nada. Até gosto quando sou tirada da minha zona de conforto. Isso mexe com a gente! Estou acostumada, como artista, a estar aberta a isso. Sair dessa zona de conforto faz a gente crescer, evoluir, sentir frio na barriga e encarar desafios. Acho maravilhoso!
No programa você se mostra uma mulher romântica. É isso mesmo? O que te conquista? É verdade, eu sempre fui muito romântica e me tornei ainda mais quando descobri o amor e me vi apaixonada de verdade. Aliás, adoro falar de amor! O que me conquista é a autenticidade. Preciso admirar a pessoa! O caráter e o bom-humor também são fundamentais.
Como é Mariana no dia-a-dia? O bom humor prevalece? Sou uma pessoa absolutamente normal e com a minha rotina. O bom humor prevalece, mas é claro que, como qualquer ser humano normal, tenho meus momentos de introspecção. Sou uma mulher comum e que trabalha muito.
Como você começou na TV e quais desafios enfrentou (dentro da TV e com você mesma)? Comecei na TV quando tinha 29 anos e através do teatro. O Maurício Sherman me viu em uma peça e me convidou para fazer testes para o Zorra Total. Foi assim que tudo começou. Eu sempre quis ser atriz e fiz teatro, desde pequena, apesar de ninguém na minha família ser artista. Fazia teatro na escola, procurava os cursos sozinha e comecei a trabalhar como professora. Nesse meio tempo também cursei pedagogia, mas sempre trabalhando. Quanto aos desafios, não enfrentei muitos porque nunca enxerguei as dificuldades dessa forma. Quando se é muito vocacionado, qualquer “desafio” é bem-vindo porque você não os vê como uma barreira, mas como um impulso pra seguir adiante. Sempre segui em frente sem muita pressa. E isso é bom!
Na sua opinião, o que os homens ainda não sabem (ou não entenderam) sobre as mulheres? Complexo, mas, na realidade, acho que tanto os homens quanto as mulheres precisam descobrir muito ainda sobre o outro.
Depois de “Pega Pega” o que vem por aí? Agora estou completamente envolvida com a novela, mas, quando terminar, quero fazer muito cinema e realizar um projeto meu de teatro.