CAPA: ALOK CONQUISTA O MUNDO

A primeira vez em que Alok  foi nossa capa, em 2015, ele despontava como um dos melhores DJ´s do Brasil. Sua trajetória foi ascendente e quando chegou em 2017 a MENSCH novamente conversou com ele que terminou sendo capa da nossa edição impressa especial de 7 anos. Na época Alok já despontava com um dos melhores DJ´s do mundo segundo revistas especializadas. Agora em 2020 ele virou uma referência no mundo da música eletrônica e o resultado disso são as parcerias fechadas com artistas internacionais, tais como Dua Lipa e Rolling Stones. Esse final de semana, sábado (02/05) Alok fará uma live direto de sua casa que promete agitar muita gente. Pensando nesse momento único e especial de isolamento social reeditamos nossa matéria publicada em 2017. E nesse ano especial de 10 anos MENSCH aguardamos mais uma capa inédita com o DJ. Enquanto isso, vamos lá agitar ao som de Alok!
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Um cara tranquilo, grato pela sua trajetória e que sabe valorizar bem a raiz brasileira. Esta é a imagem que temos do DJ Alok, goiano de 26 anos que predomina nas playlists internacionais de quem curte uma boa música eletrônica atualmente. Eleito este ano pela Forbes Brasil uma das pessoas com menos de 30 anos mais influentes do país, ele não se gaba do sucesso em si. “Isso é consequência de um sonho. Mas, na verdade, minha maior vontade era ver a música eletrônica ir além do que estamos acostumados, limitada às baladas”, comenta, satisfeito. Um dos nomes mais respeitados da cena eletrônica brasileira, Alok acumula prêmios e indicações, como “Melhor DJ do Brasil” pela revista britânica DJ Magazine, em 2015, “Top 25 do Mundo” em 2016, na mesma publicação.

Outra curiosidade é que ele também é idealizador da gravadora UP Club Records e da Artist Factory, empresa responsável por gerenciar artisticamente nomes do segmento de música eletrônica. Sua base familiar já dava um preview de que, em algum momento, seria dado o start para a carreira de DJ. E o ingresso dele na área, conta, ocorreu de maneira extremamente espontânea. Não havia como ser diferente: seus pais, Ekanta Jake e Juarez Achkar – conhecidos no meio como Ekanta e Swarup -, estão na vanguarda do gêneropsy trance no Brasil e idealizaram o Universo Paralello, célebre festival de e-music que ocorre anualmente na Bahia.

Apesar de Goiás ser considerado berço da música sertaneja, o acolhimento do público com o brazilian bass, que é como batizou a house music, Alok revela que não teve qualquer dificuldade para ganhar espaço como artista na localidade. “A receptividade foi melhor impossível. Ainda mais pelo fato de eu ser goiano, né? Há um depósito extra de sentimentos que facilitou o processo”, orgulha-se. Embora costume fazer nacionais e internacionais com frequência, o também produtor musical não dispensa uma boa relaxada em Alto Paraíso (GO), lugar onde já morou na infância e com o qual revela manter uma forte ligação espiritual. Entre as celebridades brasileiras que curte dar aquela “espiada” nos stories está o humorista piauiense Whinderson Nunes. A seguir, conheça melhor quem é, o que faz e do que gosta o DJ Alok.

Hoje em dia, o cenário de música eletrônica mundial tem um público bastante exigente, concorda? De que país vem o tipo de som que você mais curte? Música boa não tem nacionalidade e varia muito de artista a artista. Eu curto o trabalho de diversos profissionais de países aleatórios, inclusive há produtores competentes em toda parte dentre eles vários do Brasil.

Para você, que características tem um bom DJ atualmente? Carisma, criatividade, técnica e paixão pelo que faz, deixando sucesso e dinheiro como consequência de toda a dedicação.

Como você se atualiza das tendências mundiais de e-music? Os aplicativos de música sempre me mantiveram bem atualizado em relação a isso. As playlists contribuem bastante me deixando a par em primeira mão.

Que outros gêneros de música, além de brazilian bass, predominam na sua playlist predileta? Ultimamente ando bem eclético com influências do rap ao rock, do techno ao trap… Não me privo de ouvir música boa, seja ela qual for.

As redes sociais têm um papel muito grande na divulgação de qualquer projeto ou pessoa hoje em dia. Como você lida com isso? Que story no Instagram você não perde por nada? Virou alicerce já… Sempre fui muito ativo em todas as plataformas como forma de me manter mais próximo do público. Por conta do tempo eu tenho me envolvido de maneira reduzida mas sempre ativo. Quanto às histórias, eu curto acompanhar Whinderson sempre, ele é fora da curva.

Isso traz uma certa “intimidade” com o público. Como você lida com o assédio dos fãs? É tranquilo. Às vezes a gente tem um pouco da privacidade limitada, mas nada que não dê pra administrar. Quanto ao contato, eu gosto e retribuo sempre. Admiro eles e o carinho deles por mim. Sou muito grato sempre e isso me motiva, me move.

Com que frequência você viaja para o exterior para se apresentar? E que apresentação mais marcou? Depende muito, mas normalmente saio do Brasil por volta de 10 ou 15 vezes ao ano. Sobre a apresentação que mais marcou eu destaco o Tomorrowland da Bélgica, Lollapalooza Argentina e a última turnê na China.

Essa rotina puxada te deixa tempo livre? O que curte para relaxar? A gente sempre arruma uma forma de esfriar a cabeça e relaxar em algumas das nossas viagens mas nada se compara a ir para Alto Paraíso (GO), lá é pra mim o melhor lugar pra se relaxar. Tenho uma conexão muito forte com a Chapada dos Veadeiros.

Percebemos que você é um cara vaidoso, cuida da imagem do corpo. Do que você não abre mão e até onde vai a vaidade? Eu passei a me cuidar mais depois dessa ascensão mas não é uma prioridade, prefiro dar atenção antes ao meu espírito etc. Em relação a vaidade, não largo a academia e boa alimentação por nada. Sempre acho uma forma de treinar entre um show e outro.

No meio de tantas opções, o que uma mulher precisa ter para chamar sua atenção? Autenticidade, carisma e humildade. Se interessar por assuntos que envolvam autoconhecimento e que se sintam parte da diferença para uma sociedade com futuro melhor.

Conte-nos suas três maiores inspirações. Meu pai, minha mãe e pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda sempre, na qual acabo criando um vínculo e aprendendo muito com eles. Tenho várias fontes de inspirações.

PINGUE-PONGUE
Quando menos é mais: em poucas palavras, pode-se conhecer uma pessoa, apenas pelas preferências. Neste breve pingue-pongue, o DJ Alok mostra um pouco de si. Confira:

Criolo ou Daft Punk? Criolo.
Hambúrguer vegano ou maminha suculenta? Vegano.
Sonhar junto com alguém ou sozinho? Com alguém.
Para acampar: praia ou serra? Serra.
Água de coco ou whisky 18 anos? Coco.
Piano ou violão? Piano.
Telefonema ou Whatsapp? Telefonema.
Villa Mix ou Tomorrowland? Villa Mix
Dia ou noite? Noite.
Voltar no tempo ou espiar o futuro? Espiar o futuro.

FOTOS GABRIEL WICKBOLD
PRODUÇÃO JU HIRSCHMANN  /  RHELDEN
BELEZA PAULO ÁVILA
ALOK veste: LOOK 1 – Camisa ELLUS (11-3061.2900), camiseta Youcom (11-3587.6696), acessórios Algo Mais (19-3701.2905); LOOK 2 – Camisa Água de Coco, óculos acervo pessoal; LOOK 3 – Jaqueta Tropical Wear (11-4781.4294), camiseta Youcom, acessórios Algo Mais