CAPA: AMAURY LORENZO CELEBRA O SUCESSO EM “TERRA E PAIXÃO”

O sucesso do personagem Ramiro na novela Terra e Paixão (Globo) fez o ator Amaury Lorenzo (@amaurylorenzo) subir vários degraus na sua carreira de ator, que por incrível que pareça, já tem 30 anos. Depois de muita ralação e diversos trabalhos pelos teatros do interior de Minas Gerais, sua terra natal, Amaury tem provado o gostinho de ter um papel (de destaque) no horário nobre. Batalhador e muito talentoso, esse mineirinho tem conquistado o público e a crítica com um personagem que vive na linha tênue entre o bem e o mal. De um lado ou de outro Amaury dá show! Assim como deu nesta entrevista exclusiva para a MENSCH.

Amaury, para quem não lhe conhece ainda… de onde você veio e como foi seu início de carreira? Sou Amaury Lorenzo. Sou mineiro. Nasci em Congonhas. Sou filho de caminhoneiro, filho de dona de casa, de doméstica. Comecei estudando dança e teatro lá no interior, aos nove anos de idade. Vim para o Rio de Janeiro com 15 anos para trabalhar com dança e teatro. Entrei na Universidade Unirio. Me formei em artes cênicas. Não parei desde então, de trabalhar com o teatro e cinema. Comecei a estudar teatro e dança aos 9 anos e eu tenho 38. Ou seja, 30 anos dedicado ao teatro e à arte no geral. O início da minha carreira foi por aí. Me lembro que um grupo de teatro chamado Dez pras Oito entrou na minha escola e começaram a fazer uma apresentação que tinha o diabo e Deus e anjos. O diretor se chamava José Félix Junqueira, o Zezeca, meu amigo até hoje, um agitador cultural na minha cidade. Quando eu vi o que eles faziam, fiquei apaixonado e pedi para meu pai me matricular em um curso de teatro. Minha primeira peça foi Aurora da Minha Vida, do Naum Alves de Sousa que fiz aos 10, 11 anos. De lá para cá, são mais de 30 anos de carreira como professor e diretor de teatro e cinema, ator, coreógrafo, preparador de elenco, roteirista e produtor. Esse é meu início de carreira.

E como está sendo para você fazer o peão Ramiro? Esperava esse sucesso todo de público e de crítica? Interpretar o Ramiro, tem sido um presente e tem sido uma felicidade sem fim. Tem sido um aprendizado e a possibilidade de mostrar ao grande público o meu trabalho. Fazendo teatro temos, por muitas vezes, um público de cinquenta, cem pessoas. A televisão traz essa dimensão gigante. De repente, você é visto por milhões de pessoas. Quando conheci o Tony Ramos eu disse “Tony, por favor pode me dar um conselho pra mim que tô iniciando em TV, mesmo 30 anos de teatro, mas tô iniciando no veículo TV”. E ele me disse assim “Esteja preparado e responsável por saber que você precisa fazer um bom trabalho, com muito carinho, dedicação e amor. Que você vai estar entrando nos lares de mais de 50 milhões de pessoas do Brasil e fora daqui. Isto traz muita responsabilidade”.

Então, tem sido de muita alegria e muita felicidade fazer este personagem com muitas camadas. Ele não é só um peão, mas também um ser humano de muito afeto, que precisa executar vilanias para esse patrão, para conseguir colocar comida na mesa e sobreviver. Ele faz isso como trabalho e, claro, são crimes que ele comete e tem a dimensão disso. Ele é um homem do Brasil profundo e também ele tem uma questão de sentimento ainda que ele não entende, por ter sido criado em um ambiente muito embrutecido. O Ramiro também tem muito humor. É um homem engraçado.

Essas três principais camadas vou com força nelas para que o público assista a um ser humano e se identifique. Aí é que vem a melhor parte – o público se identifica e torce por ele e acredita em uma redenção no futuro. Acredita que ele vai passar por um processo de entendimento que essa vilania não é tão legal e ele vai se tornar um ser humano melhor. Tem sido uma alegria sem fim encontrar as pessoas na rua. Elas vêm me abraçar, me beijar. Me contam suas histórias. Nós estávamos gravando nesses dias em Campos, longe do Rio, em uma cena externa, com plantação de milho e eu fiquei depois no set bastante tempo para abraçar mais de 50 pessoas que queriam uma foto, queriam abraço e eu fico sempre muito disponível e muito feliz. Para mim é uma consagração para alguém como eu, com tanto tempo de carreira, ter o presente de ter comigo o público me abraçando. Tem sido maravilhoso fazer o Ramiro, que é um presente que eu recebi do Walcyr Carrasco, do Fábio Zambroni e do Emer Lavinni. Confesso que não esperava esse sucesso do Ramiro. Não tô fazendo a linha humilde, mas eu realmente não esperava este sucesso. Sempre trabalho para fazer o meu melhor como ator. Sou muito perfeccionista. Viro noites estudando. Fiz uma pesquisa gigante para esse personagem. A equipe da nossa novela é maravilhosa. Mas não tinha a dimensão do sucesso extraordinário que tem sido o Ramiro. Fazer sucesso é fazer sucesso para uma crítica especializada, que é o público que, mais do que ninguém, entende e sabe se o que a gente está entregando é bom ou ruim.

Como surgiu o convite e como foi a preparação? O convite surgiu no dia 28 de outubro de 2022. Exatamente às 12h28. Sou professor de artes cênicas e estava dando aula em uma escola de artes cênicas para crianças. Tive um intervalo para depois dar aula para uma outra turma de adolescentes. Resolvi ir almoçar em um lugar que eu gosto muito, lá na praia de Cambuinhas, em Niterói, porque eu morava em Niterói. Fui em um barzinho na beira da praia, pedi uma comidinha e uma água e o Fábio Zambroni me ligou e fez o convite. Ele foi falando e eu meio sem acreditar. Eu fui ficando muito emocionado. Quando ele falou que era do Walcyr e mais sobre o Ramiro, sobre meus colegas de trabalho, eu desabei a chorar.

Vou contar um segredo: quando fui de manhã dar aula para essas crianças, passei em frente a igreja de Nossa Senhora de Fátima, de quem sou devoto , lá em Niterói, olhei para igreja e disse “Minha Nossa Senhora de Fátima, acho que já está na hora de eu fazer uma novela grande, do começo ao fim. Tô preparado para um personagem grande. Realiza esse pedido”. Me lembro que eu estava dirigindo e o meu carro parou no sinal que fica em frente à igreja. Fiz esse pedido, rezei um Pai Nosso e uma Ave Maria e fui dar aula para as crianças. Logo em seguida, Zambroni me liga e faz esse convite maravilhoso.

Com esse convite já em outubro, nós começamos a receber o primeiro bloco com as primeiras cenas, e eu chorei mais uma vez. Já no primeiro capítulo ele contracena e assassina o Samuel, que é o personagem do Italo Martins, marido da protagonista Aline, de Bárbara Reis. Entendi a responsabilidade de estar estreando em uma novela do horário das 21, texto do Walcyr Carrasco, com uma direção poderosa. Aí pensei “Nossa Senhora de Fátima, obrigado”. Veio, e veio forte, o que eu pedi. Fizemos essa preparação a partir de 10 de outubro, já lendo o texto. Em dezembro, nós fizemos, no dia do meu aniversário, olha como é simbólico, fizemos em 15 de dezembro uma primeira leitura, conhecendo o Walcyer Carrasco. Foi quando o elenco inteiro o conheceu e fizemos esta primeira leitura. Fizemos uma semana de workshop com a Leila, que é nossa preparadora vocal, com Márcia Rubim, Beta e Tati Muniz, nossas preparadoras de elenco. Fizemos uma preparação com toda a direção. Fomos para Mato Grosso do Sul e ficamos lá o mês de fevereiro todo. Ficamos de 30 a 35 dias, fazendo um intensivão de gravação no meio da plantação do soja, naquela terra vermelha incrível, na cidade de Dourados. Todos os dias saíamos do hotel  às 4 horas da manhã, era 2 horas de viagem até a plantação. No fim do dia, à noite, pegávamos mais duas horas de estrada. Foi um mês nas gravações das primeiras cenas. Foi uma preparação muito gostosa. Esse primeiro mês foi, para mim, uma universidade de televisão. Agradeço a toda a equipe por isso.

Seu personagem fica ali entre um vilão atrapalhado e um quase mocinho romântico. Como você enxerga o Ramiro? Quando nós começamos a fazer as primeiras leituras, em dezembro – eu me lembro bem, a direção definiu o Ramiro. Foram  dizendo para cada ator e atriz uma palavra sobre o respectivo personagem. A palavra que a direção disse para mim sobre o Ramiro foi “é um macho alfa”, “Ramiro é um macho alfa”. Foi a informação que eu tive em primeiro lugar da direção, mas eu não me contentei só com aquilo. Quando começou a chegar mais textos e cenas do Ramiro, eu fui entendendo, porque eu trago não o personagem de fora para dentro, mas de dentro para fora. O que tem de dentro de mim desse homem chamado Ramiro? A direção disse que ele é um macho alfa, mas isso é pouco para mim, eu preciso estudar. A direção já me deu esse encaminhamento “macho alfa”. Ok, agora eu preciso tirar de dentro de mim coisas que esse homem é. Daí, eu fui entendendo-o a partir do texto que o Walcyr vai escrevendo, porque ele vai dando pitadas de humor, daí eu falei “opa, Ramiro tem humor”. Ele escreve esse personagem sendo um sobrevivente, porque ele precisa colocar comida na mesa, ele faz qualquer trabalho, mesmo que seja um trabalho sujo, criminoso. Então, eu penso “Opa, aqui tem um brasileiro que precisa sobreviver”.

Walcyr escreve também essa relação dele com o Kelvin, que pode ser uma relação sexual? Não sei. Afetiva com certeza. O Ramiro sempre diz que não tem ninguém por ele, “eu não tenho amigo nesse mundo”, mas quando ele conhece o Kelvin ele diz “Kelvin, eu acho que você é o único amigo que eu tenho nesse mundo”. Então, é uma relação de afeto, sobretudo. Pode ser uma relação sexual mais para frente, o público está torcendo e eu também estou. Acho que o Ramiro tem que ser feliz, seja do jeito que for. Que ele seja feliz, e o Kelvin também que é um solitário, assim como o Ramiro. Então, eu acho que os dois juntos se completam. Assim, eu fui juntando essas pistas que o Walcyr foi me dando e aquele macho alfa, da indicação que a direção meu deu, se tornou muito gigante, com muitas camadas. O Ramiro, hoje, é um homem brasileiro, para mim, com muitas camadas – é um ser humano muito potente, que tem um coração imenso. A gente começa a ver essas camadas aparecendo no Ramiro. A primeira cena da novela é o Ramiro matando alguém, aí você pensa “Caramba, é um vilão sangue frio, sanguinário”. Depois, você vai vendo o percurso do personagem até hoje e vê um Ramiro com tom de voz diferente, ele com os olhos marejados, respirando melhor, mais molhado, orgânico, ele vai passando por um processo de transformação, na medida que ele vai convivendo com os outros personagens da novela, principalmente o Kelvin. Então, o Ramiro não pode ser definido apenas como “macho alfa” mais, depois de todo esse processo que eu fui construindo junto com os meus colegas de trabalho, com a direção e com o mestre Walcyr Carrasco. Hoje, o Ramiro é um ser humano, um homem brasileiro, sobrevivente e de um coração maravilhoso que a gente começa a perceber.

Você tem momentos sérios ao lado de Tony Ramos e divertidos ao lado de Diego Martins (o Kelvin). Como é transitar entre esses dois mundos e ao lado de atores tão distintos? Muito trabalho. A primeira resposta para essa pergunta é – muito trabalho. Me preparei. Me preparo porque o ator, a gente não finda o trabalho. A gente tá sempre trabalhando, sempre estudando. Já fiz mais de 70 espetáculos, já dirigi, já formei mais de mil jovens atores e atrizes, muitos alunos já passaram por minha direção, por minha escola. Já fui dirigido por muitos diretores, por muitas diretoras, não só no teatro, como na dança. No cinema, carrego uma bagagem de trabalho muito grande que possibilita o fato de transitar no humor, transitar no drama, transitar por entre os caminhos de um personagem rico como o Ramiro. Trabalhar ao lado do Tony Ramos é simplesmente um dos maiores presentes que essa novela me deu. Ele realmente é o mestre dos mestres. Não é só um ator incrível. É uma pessoa apaixonante, um ser humano maravilhoso.

Um dia, a gente estava no Mato Grosso do Sul. Saímos às quatro da manhã, duas horas de viagem no carro até chegar na gravação e gravarmos aproximadamente 10 cenas no dia e voltarmos de noite. Me lembro que, um dia, à noite na estrada, nossa motorista dirigindo, o Tony na frente e eu atrás e a gente conversando e aí, quando eu olhei pelo retrovisor, eu vi os olhos do Tony vermelhos de cansaço.  Eu disse assim pra ele “Tony, assim que chegarmos, vai descansar”. Ele abriu os olhos e disse “Filho, vamos passar nossas cenas de amanhã porque a gente vai acordar às 4 horas da manhã e a gente precisa fazer o nosso trabalho bem feito”. Me emocionei naquele momento. Aí, eu entendi o porque que ele é tão amado neste país. Ele tem uma característica também muito poderosa, que é uma experiência gigante de atuação. Ele não dirige a gente. Ele ensina à gente no fazer, de uma maneira muito gostosa e leve. Sou fã de trabalhar com ele. É um presente que até hoje a ficha está caindo. Eu  tô gravando com ele e penso “Tô gravando com Tony Ramos”!

O Diego é extremamente criativo e me ajuda no sentido da contemporaneidade. Tem uma coisa assim, por exemplo – ele traz algumas piadas, alguns momentos engraçados para o Ramiro e o Kelvin estarem antenados com o que acontece agora, alguns memes. Ele é um ator muito conectado na Internet. Ele traz essa novidade para o meu trabalho. É  um ator estupendo,  um cantor incrível e bailarino. Um ser humano maravilhoso, que sempre tá falando com a família dele. Sou muito abençoado de estar ao lado do Diego.

Essa é sua estreia na TV aberta? Era algo muito esperado? Eu já fiz muitas participações pequenas em TV, mas um personagem grande do início ao fim, de uma novela das 21h, é a primeira vez. Então, eu considero que é a minha estreia para o grande público. Era algo muito esperado. Trabalhei a vida toda para esse momento. E nunca me desesperei. Estudei e sigo estudando muito para estar aqui neste momento.

Mal estreou, já atiçou a geral e se tornou o peão galã do horário nobre. Como tem encarado os assédios por conta do personagem? Acho que é um combo. Ator, quando você tem muita exposição e as pessoas gostam do seu trabalho, gostam do personagem – elas começam a se identificarem com você e elas começam a ter curiosidade sobre a sua vida. Aí, elas vão lá no Instagram e veem que eu gosto de natureza, boto foto de sunga na cachoeira, na praia. Gosto de cuidar do corpo, de atividade física, de jogar bola, de academia, de nadar. As coisas acabam sendo naturais e eu não tenho problema nenhum com isso. Agora, a questão do galã. Não sei se sou galã. Acho que sou um homem, um ator que tem feito um trabalho bom como o Ramiro na novela das 21h e que, de alguma maneira, o público se identifica e vem trazendo aí uma sede, que eu acho gostoso e normal às pessoas me pararem na rua e quererem um abraço, quererem dar um beijo – mandarem uma mensagem pelo Instagram. As pessoas pedem para eu gravar um vídeo e mandar um beijo para alguém da família. Acho isso super natural, super gostoso. São todos muito respeitosos e respeitosas.

Sou muito pé no chão, né? Um homem de 38 anos, do interior de Minas Gerais, que já passou muito perrengue. Tenho muita sabedoria de que, tudo passa e o que vai ficar é o meu trabalho como ator. É isso que vai ficar na memória das pessoas. E é isso que eu já sei que tá ficando, porque o público me dá essa devolutiva. Eu me agarro no bom trabalho porque sei que é isso que eu quero.

Como anda a rotina de gravação e quando consegue tempo para manter o treino em dia? Como é sua rotina? O Ramiro é um personagem que foi crescendo. O Walcyr é tão mestre que ele vai escrevendo a partir do que gente vai dando, também. Tenho uma rotina de gravação de segunda a sábado, manhã, tarde e noite. Nesses dias tive minha primeira folga no sábado desde que voltamos do Mato Grosso do Sul, lá em fevereiro. É uma rotina grande porque o personagem circula em muitos núcleos e eu fico muito feliz com isso, que é sinal que o trabalho tá acontecendo. Amo trabalhar, fazer o meu trabalho, interpretar junto das pessoas com essa equipe maravilhosa, Não ligo de ter uma rotina pesada porque é isso que eu sempre quis, a vida toda. Nas brechas de trabalho, é quando eu vou encontrando tempo para treinar. Gosto de dança, sempre tenho uma preocupação com o corpo, gosto de esportes e faço academia todos os dias, quando não dá, faço pelo menos três vezes na semana. Gosto de correr na praia. Sou sagitariano, signo de fogo. Então, eu gosto de fazer muitas coisas ao mesmo tempo.

Quando não está gravando o que curte? Onde é mais fácil lhe encontrar? É difícil encontrar uma folguinha, mas quando tem, sempre tô ligado à natureza. Pego  meu carro e vou encontrar uma cachoeira. Vou para lá, recarregar as energias. Gosto de ficar ouvindo o som da natureza. Vou para praia, fico sentado na areia olhando para o mar. Mergulho. Também gosto muito de ir ver teatros de amigos durante as folgas.

É um cara muito vaidoso? Sou um homem muito simples, que gosta de estar conectado à natureza e de sempre estar muito conectado à verdade. Em Minas, a gente olha no olho, a gente fala pouco – observa mais. Por isso, eu não tenho grandes vaidades. Vaidade para mim é sinônimo de ser uma pessoa amorosa, uma pessoa que respeita a outra, a vaidade do amor, do respeito e da sinceridade.

Do que não abre mão? No sentido de me cuidar, me sinto bem quando estou cheiroso.  Gosto muito de perfume, pois eu gosto de abraçar as pessoas e ouvir “Nossa você tá cheiroso”. Também gosto muito de estar bem com meu corpo, mas eu quero é ter saúde. Eu acho que uma vaidade boa é sempre de ir ao médico para você ter saúde, poder trabalhar e viver bem essa vida linda. Sou um homem apaixonado pela vida, por nossa existência, nossa oportunidade de estar aqui nesse planeta uns com os outros. Eu acredito muito na questão da ancestralidade, de estarmos aqui reunidos com um propósito neste planeta. Assim, a vaidade para mim é a gente estar feliz, estar se amando. Mas, um perfume não pode faltar, né? (Brinca) Mas a simplicidade em outras coisas, para mim, é mais importante.

O que uma pessoa tem que ter ou ser pra chamar sua atenção? Simplicidade, é uma das coisas que mais me chamam atenção nesse mundo. Um sorriso simples, é a coisa mais bonita do mundo.

Que pecado é difícil de resistir? Olha, são dois = o da Gula, porque eu como sem parar e eu gosto muito de comer. Eu tenho metabolismo acelerado, então eu como, como, como, como.  Mas se você me perguntar “Como é que você mantém o shape?” Eu digo “Eu como e vou treinar, eu não gosto de me privar de me alimentar. Mineiro é Mineiro, né? A gente tem que ter ali uma mesa bem servida. É até um sonho, que todo mundo tivesse a possibilidade de se alimentar nesse planeta – é um direito de todos, mas eu exagero um pouco, confesso. O segundo, é  o trabalho. Nem sei se é pecado trabalhar demais, mas eu trabalho muito e gosto muito. Quanto mais trabalho, mais feliz eu estou.

Sabemos que tem muito tempo de novela ainda, mas vislumbra algum projeto para quando terminar Terra e Paixão? Estou me dedicando completamente ao Ramiro, completamente à Terra e Paixão. Estou muito feliz. Após a novela, eu não tenho nenhum projeto audiovisual à vista – estou aguardando convites. Me convidem, produtores! (Brinca). Mas, tenho também o meu espetáculo de teatro, que foi indicado ao prêmio de melhor ator do Cesgranrio de Teatro – um dos mais importantes do país, com o espetáculo A Luta, que é uma adaptação da terceira parte dos Sertões, de Euclides da Cunha. Fiz temporada ano passado e parei neste ano, por conta da novela e quero voltar para o meu espetáculo e levar ele para São Paulo, rodar com ele pelo Brasil. Ele tem direção da Rose Abdala, adaptação do Ivan Jaff, autor que foi finalista ao Prêmio Jabuti de literatura. Então, eu quero voltar para o espetáculo depois da novela, e rodar o Brasil com ele – São Paulo, nordeste, sul, norte do país, centro-oeste. Todas as regiões.

Para conquistar Amaury basta… Basta ter simplicidade e me chamar para tomar uma bebida (risos). Marca um drink, que eu já estou indo!

Direção de arte Marco Antônio Ferraz (@marcoantonioferrazoficial)

Foto Ian Costa (@i.a.n_studio)

Styling Junio Dias (@junio.diasestilista)

Beauty Graciane Vazquez (@gracianevazquez) 

Camarim Irronic (@IRonniC)

Fashionfilm Rodolfo Paganelli 

Assessoria Caico de Queiroz @caicodequeiroz

Agenciamento Nelson Lourenço @cqempresariamento

Amaury veste: Levi’s, Junio dias, Armani. Sobretudo e chapéu: acervo

Vídeo: