CAPA: BRUNO GISSONI SEMPRE EM EVOLUÇÃO E ADAPTAÇÃO

Sempre pronto para se adaptar às mudanças e novos tempos, Bruno Gissoni tem seguido sua trajetória através deste pensamento. Seus dois trabalhos mais recentes são uma bela prova disso. Duas séries que trazem tramas bem distintas e personagens desafiadores. Estamos falando de Rio Conection e Impuros, com altas doses de ação e drama. Na vida particular nosso homem da capa também tem tirado de letra. Pai de duas filhas, Bruno tem priorizado a família em sua vida. A MENSCH bateu um papo com ele para ficar por dentro do que rolou desde nossa última conversa em 2020.

Bruno nosso último papo foi em 2020, você tinha encerrado seu contrato fixo na Globo, tinha uma filha de 3 anos… Como andou sua vida de lá pra cá?! Algumas dúvidas ou incertezas da época se diluíram com o tempo? De lá pra cá, o mundo inteiro se transformou. Todos nós tivemos que nos adaptar às mudanças e, comigo, a transformação foi total, da área profissional à pessoal. Ser pai em um mundo que se transforma tão rapidamente requer agilidade e responsabilidade. Além da necessidade de se adaptar às novas condições e informações que o mundo nos traz. 

Hoje pai de duas meninas, como se vê como pai? Me vejo em uma busca constante de ser melhor e mais presente. A paternidade inverteu as minhas prioridades e a dimensão das coisas. O tempo passou a ser mais precioso para mim. Meus momentos mais felizes são elas que me proporcionam. 

Com o tempo, as relações se solidificam cada vez mais. Qual a chave (se é que existe) de manter a harmonia ao longo dos anos? A escuta, o diálogo e o amor. 

Você tem uma família muito unida e uma base muito forte. Como explicaria isso? Optamos todos os dias pela felicidade. Existem oscilações, mas no fim do dia enxergamos o amor em todas as dificuldades e tentamos transformar isso em lições que nos solidificam.

A capoeira ensina muito isso. O que foi mais forte nesse aprendizado que veio dessa “luta”? A história. A capoeira me ensinou sobre um Brasil ainda oculto, a forma como ela se apresenta é encantadora, é uma arte completa que preenche todos os sentidos. A capoeira é uma ferramenta transformadora tanto para o ator quanto para o cidadão.

Você costuma assistir seus irmãos? Tem acompanhando os trabalhos deles atualmente? Lógico! Sou fã de todos os meus irmãos e irmãs. Mas falando do Rod e do Fi, é lindo ver de perto a trajetória de vida deles. São pessoas lindas com trajetórias incríveis e é claro que eu estou sempre acompanhando. 

Um de seus trabalhos mais recentes foi a série Rio Connection, que foi uma produção bilíngue. Qual o maior desafio nesse trabalho? Foi uma aventura! Resgatar uma língua que remete a minha adolescência foi nostálgico. Além de trabalhar com uma equipe fantástica, contar uma história tão peculiar foi uma experiência linda. 

Você também participou da série Impuros. Já acompanhava a série de antes? E como foi entrar no meio dessa trama? Sim! Eu sou fã de Impuros. Então, entrar em uma série que você já acompanha foi algo novo. Impuros é um projeto fantástico, com indicações internacionais. Tem um ritmo próprio, acelerado, intenso, além de ser uma trama muito inteligente que te amarra na história. Esse ano sai a quinta temporada, que está incrível! 

Acredita que o streaming, de fato, aqueceu o mercado de forma definitiva? Acredito que sim! Acredito em um mercado cada vez mais plural.

Essa liberdade de transitar entre diversos canais e poder escolher o que de fato quer fazer, é mais gratificante em trabalhar por obra? O meu interesse é mais no projeto do que no seu formato. Seja no teatro, cinema, TV ou streaming. Mas estamos sempre entre a liberdade e a necessidade de trabalhar. Ultimamente, eu tenho sido muito feliz exercendo o meu ofício e isso é um privilégio. Com mais investimento em cultura, a tendência é que esses caminhos se abram, abrindo mais espaços e incluindo mais narrativas.

Fotos @priscilanicheli_ph

Produção executiva e styling @samantha_szczerb

Beleza @elcidesfreitas

Agradecimentos Amil Confecções, Raffer, OTT