CAPA: MARCOS PASQUIM ALÉM DO RÓTULO DE GALÃ

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O rótulo de galã sempre levou o ator Marcos Pasquim a conquistar papéis de destaque onde em muitos casos, usar camisa não fazia parte do seu figurino. Hoje, aos 54 anos esse rótulo ainda envaidece, mas Pasquim sempre quis ir muito além disso. A maturidade aliada a uma boa forma ainda invejável, traz um ator cheio de novas possibilidades independente do tempo. Com a mesma garra de sempre ele tem se jogado em novos projetos como as duas séries: Luz, na Netflix e Desejos S.A, na STAR+ que estão no ar atualmente. Para falar um pouco sobre tudo isso, Pasquim conversou com a MENSCH e o resultado você confere logo abaixo.

Está no ar em Quinto dos Infernos e Kubanacan, inesquecíveis sucessos de sua carreira. Como é se assistir depois de tantos anos? Reviver Quinto dos Infernos e Kubanakan é uma delícia! Foram trabalhos deliciosos de fazer, relembrar aquelas parcerias, relembrar tantas pessoas que a gente já trabalhou junto e as histórias que foram contadas. É muito bom! É voltar no tempo e curtir uma nostalgia boa.

Ao longo dos seus 30 anos de carreira, o rótulo de galã sempre esteve presente. Isso te envaidece ou incomoda? Com 30 anos de carreira, me chamaram de galã?! Claro que me envaidece, acho muito bacana. Com 54 anos de vida as pessoas ainda me considerarem desta maneira, fico lisonjeado. O galã faz parte da história romântica e eu fico feliz de ter ocupado este lugar na dramaturgia. Aceito o rótulo com muito carinho e fico feliz. E podem me chamar sempre quem quiserem (risos).

Você está com 54 anos. Como lida com o passar do tempo? Muito bem! Com saúde, porque me cuido, me alimento bem, durmo bem. Além do mais, meu corpo é o meu material de trabalho e eu quero trabalhar por muitos e muitos e muitos anos ainda. Os personagens estão disponíveis para todas as gerações. O que é bacana da nossa profissão de ator, é que a gente pode trabalhar em qualquer idade, porque tem personagens para todas as idades. Sou bem de boa. Envelhecer faz parte. 

Quais as principais diferenças entre o Pasquim jovem e o de hoje? A maturidade é algo maravilhoso. O passar do tempo é aprendizado. Digo isso em todos os sentidos. Na profissão, por exemplo, o aprendizado é diário. Quanto mais o tempo passa, mais você vai se aperfeiçoando, as inseguranças diminuem e você sabe exatamente quem você é. Por isso, eu amo fazer o que eu faço. A diferença é essa, a maturidade, a expertise. Todas as etapas da vida têm sua beleza e benefícios. A maturidade é uma dádiva. 

Se pudesse voltar no tempo mudaria algo? O quê? Pergunta difícil essa…  Não sei! Porque eu sou a pessoa que sou hoje, por tudo que vivi. E eu gosto da pessoa que me tornei. Então, não sei se mudaria algo… Porque caso eu mudasse, não seria a pessoa que eu sou hoje. Nossa, profundo isso, hein?! (risos). Acho que eu não mudaria nada, não. 

Seus trabalhos tendem a ir para o humor. Sempre teve este espírito mais engraçado? Sim, eu tenho essa tendência de levar as coisas para o humor, para o lado engraçado. Mas adoro fazer um drama também. Gosto do gênero mais denso. Mas, de fato, o humor é onde me sinto mais à vontade, existe uma identificação imediata. Na minha vida pessoal também tenho esta tendência, de levar tudo de maneira mais bem-humorada. É uma característica da minha personalidade. 

O que te tira do sério? Mentira, incompetência e trânsito. São três coisas que me tiram bastante do sério.

Seu último trabalho na TV foi em O Tempo Não Para, em 2019. Algum plano de voltar às novelas? Sente saudade? Claro! Se me chamarem para trabalhar, estou aí, vamos conversar. Eu gosto de fazer novela, gosto de fazer cinema, gosto de fazer teatro, gosto de fazer tudo o que está envolvido com o trabalho de ator. Sinto saudades de fazer novelas, mas é gostoso variar também.

E por falar em trabalho, está no ar em duas séries: Luz, na Netflix e Desejos S.A, na STAR+. O streaming foi uma escolha de carreira ou aconteceu? Vejo como um caminho natural e inevitável. Vivemos uma nova era do audiovisual. Estou com duas séries, fora os filmes de cinema, que também foram para o streaming. Acho que é inevitável você sair da televisão e migrar para o streaming, o que é maravilhoso! E o streaming é bom, porque abre um leque de outras plataformas, outros locais de trabalho. Isso é excelente. É algo natural nos dias de hoje ir para TV, para streaming, para cinema, teatro, enfim… É só mais um campo de trabalho para, nós, atores. 

Está para estrear o filme Morando com o Crush. O que pode nos contar desta comédia romântica? Pois é, Morando com o Crush, vai estrear agora e é uma delícia. Uma comédia romântica deliciosa, infanto-juvenil. Ela conta a história de um casal que decide morar junto em outra cidade e os filhos têm um crush, um com o outro. E aí a coisa fica bem engraçada, vai ser bastante divertido. Isso é tudo que eu posso contar (risos). Mas assistam, que vocês vão se divertir.

Mais alguma novidade na carreira que possa nos contar? Estou indo agora no final de maio para Itália filmar outra comédia romântica: Loucos Amores Líquidos, chama o filme. Mais para frente do ano também tem mais uns projetos, filmes e séries. Bom, vamos ver o que acontece. Por enquanto, essas são as novidades para esse ano.

Você é pai de uma menina de 20 anos. Como é sua versão pai? É uma versão igual a todos, sou aquele pai babão, o que eu puder fazer por ela, eu faço. O nascimento dela mudou a minha vida. Eu aprendo muito com ela, é um desafio delicioso ser pai, criar uma família. E o aprendizado vai desde a era digital, que não manjo nada e ela me ajuda demais, até as coisas mais simples da vida. Pense em um desafio! (risos). É maravilhoso ser pai de Allicia.

Fotos Marcio Farias

Styling Samantha Szczerb 

Assessoria Stampa Comunicação

Agradecimentos Amil Confecções, Democrata e Portinho RJ