Às margens do horário das 18h, Caio Castro estreou na novela global “Novo Mundo” no papel de Dom Pedro I. Disciplinado e apaixonado pela profissão sabe aproveitar as oportunidades que a vida traz. Recentemente publicou um livro onde fala da jornada de carro do Brasil aos EUA que fez com mais dois amigos onde exerceu também seu fascínio pela fotografia. Conheça um pouco mais sobre esse promissor ator em entrevista e ensaio exclusivos para a MENSCH.
De Malhação (seu primeiro trabalho na Globo, de 2007 a 2009) até hoje muita coisa aconteceu. Você ficou popular relativamente rápido. A que você acha que se deve isso? Acredito que tudo isso se deve ao meu trabalho e a quanto eu me dedico a ele…Durante todo esse período eu não parei em momento algum. Minha profissão é algo que não depende de dia nem de hora, trabalho nos finais de semana, gravo até de madrugada, me dedico integralmente ao meu trabalho. Fico feliz por ter esse esforço reconhecido e me sinto muito abençoado por todas as oportunidades que tive.
Qual foi o momento em que você percebeu que tinha talento para ser ator? Quando isso foi importante em você? É uma profissão que sempre me encantou, por isso quando soube que teria a oportunidade de mostrar o meu trabalho para as pessoas que poderiam mudar a minha vida, sabia que não poderia desperdiçar nenhum segundo. E deu certo. Sei o quanto isso é raro, uma oportunidade única, e agradeço por isso todos os dias.
Que desafios o novo personagem em “Novo Mundo” tem trazido para você? Me preocupei muito em fazer algo novo e autoral para interpretar Dom Pedro e para isso dois pontos foram muito importantes na minha preparação. O primeiro é o fato de não termos nenhum registro audiovisual sobre Dom Pedro, por isso, precisei me aprofundar bastante nos registros históricos, li muitos livros, tudo que falasse sobre ele e sobre aquela época. O segundo ponto é o sotaque. Quando começamos a gravar, a Letícia Colin estava com um sotaque fantástico. Logo percebi que precisava treinar ainda mais isso também. Pedi dez dias de liberação para a Globo, fui para Portugal fazer laboratório e observar os costumes portugueses de perto. Isso fez toda a diferença.
Não ter contrato fixo na Globo tem assusta um pouco ou te dá mais liberdade? Foi uma opção minha, há 4 anos. Confesso ter ficado um pouco inseguro, cheguei a pensar se estava fazendo a escolha certa, mas sentia a necessidade de uma liberdade artística maior.
Quão importante foi o fator sorte ao longo da sua carreira até hoje? Como falei acima, sempre soube que tive uma oportunidade ímpar por poder mostrar meu trabalho e iniciar minha carreira em uma das maiores emissoras do mundo, e por ter tido papeis de grande peso, tanto na TV quanto no cinema. Levo minha carreira a sério porque amo minha profissão.
Cinema, TV, livro…Tem algum território que você ainda não descobriu e gostaria? Sou muito inquieto. Gosto de me testar, me desafiar e quero experimentar o máximo de coisas possíveis. Sem dúvida alguma o teatro é uma delas, não pretendo passar por essa vida sem pisar em um palco.
O que mais admira em uma mulher e o que ela precisa ter / ser para atrair seu interesse? Qual seu ideal? Acho que o mais importante é rolar química. Não tenho um estereótipo de mulher ideal.
Qual o ônus e o bônus da fama? Como lida com ela? Não busco a fama, busco respeito profissional. Quando me proponho a fazer alguma coisa, dou o meu melhor, procuro atingir meu objetivo da melhor maneira possível. E, no caso do meu trabalho, vejo a fama como um reconhecimento disso, e isso já anula qualquer situação desagradável.
Você sempre foi um cara cheio de estilo. Seja por suas tatuagens, seja no modo de vestir… Muito obrigado! Mas, a verdade é que sou muito tranquilo em relação a isso…Não tenho um estilo definido, gosto de roupas confortáveis em que eu me sinta bem.
Você se considera rebelde? Não. Acho que já fui mais rebelde, na adolescência (risos).
Ano passado você deu um tempo de TV e fez uma viagem incrível dos EUA para o Brasil de carro. Que resumo você faz dessa experiência? Foi uma experiência sensacional, diferente de qualquer outra viagem que já tinha feito… Conhecemos lugares surpreendentes. Fomos eu e mais dois amigos a bordo de um Mitsubishi Outlander projetado especialmente para a viagem. Foram 70 dias, 20 mil km rodados e mais de 13 países visitados. Todos os detalhes estão no meu canal do Youtube!
Essa viagem te fez questionar alguns pontos de vista? O que trouxe para a “bagagem da vida”? Depois dessa viagem, voltei muito mais renovado, desprendido, tranquilo… Voltei realmente querendo mostrar para as pessoas o quão importante é tirar um tempo para nós mesmos, longe dessa rotina frenética de trabalho e da loucura que a vida é.
Falando em viagens, o que o leitor pode esperar do livro “É por aqui que vai pra lá”? O que foi mais prazeroso transmitir ao leitor? O “É Por Aqui Que Vai Pra Lá” mostra alguns registros das viagens que fiz durante um ano sabático em 2012. Além de ter sido uma viagem fantástica, sou apaixonado por fotografia então decidi aproveitar as duas coisas para registrar tudo isso em um livro que pudesse inspirar as pessoas a viajarem, a terem uma vida mais leve. Ver as pessoas dizendo com lágrimas nos olhos que estavam com as viagens fechadas depois de terem visto o livro é o que me dá mais prazer, sem dúvidas.
O que você tem medo de perder? E o que ainda falta que não te completa? (como ator e como pessoa) Meu maior medo é perder alguém da minha família, sou muito ligado a eles. Já tive muitas conquistas como ator, sou muito grato por todas elas e por tudo o que tenho na minha vida, mas sempre desejamos mais, né? Ainda tenho alguns desejos e projetos em mente.
A paternidade é algo que você deseja muito? Que tipo de pai você imagina que será? Sim, tenho muita vontade de ser pai. E, se eu puder ser para os meus filhos 10% do que meu pai foi para mim, tenho certeza que serei o melhor pai do mundo.
Como você se ver daqui a 10 anos? Um novo Caio? Um Caio melhorado? Daqui a 10 anos, espero ser um homem melhor, melhor para mim, para a minha família, no meu trabalho. Sempre desejamos evoluir e alcançar todas as metas e objetivos.