CARREIRA: O FURACÃO YARA VELLASCO

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Elétrica e alto astral, Yara Vellasco largou sua cidade do interior no Rio de Janeiro e foi realizar o que sempre sonhou, trabalhar com música em Salvador. E foi lá que tudo começou como vocalista da banda Eletricazzz onde permaneceu por um tempo até que em uma viagem com amigos para o Rio de Janeiro novamente ela encontrou seu destino e de lá não saiu mais. Do sertanejo a arroxa, Yara é pura empolgação. E isso é só o início da sua história que promete muito mais. Acompanhe um pouco nessa entrevista exclusiva para a MENSCH.

Yara, como foi que a música entrou na sua vida? Alguma influência ou inspiração? Eu descobri meu dom com 5 anos de idade. Mas só fui trabalhar com música aos 17 anos. Um amigo meu, me ouviu cantar e perguntou se eu queria fazer uma participação em uma banda que ele era integrante, aí eu aceitei e fiz. Depois disso eu segui cantando em algumas bandas, em Jequié-BA e depois eu fui pra Salvador. 

Você é do Rio de Janeiro, mas fez sua estreia em Bahia. Como foi isso? Eu sempre quis morar na Bahia, mesmo sem ter nenhuma ligação, eu sempre quis. Daí apareceu uma oportunidade de ir conhecer e tudo começou lá. Fiquei morando lá e segui na música. 

Como foi sua trajetória na Banda EletricazZZ? Morando em Jequié ainda, eu fazia parte de um grupo chamado Alta Rotação. Nosso grupo começou a ficar conhecido e nossas músicas tocando bastante pela região, daí recebemos convites para irmos gravar em programas de TV em Salvador. De lá, resolvi morar e logo fui chamada para a banda Eletricazzz, onde permaneci. Na Elétricazzz, ganhamos muitos prêmios, troféus, fizemos muitos shows. Fizemos muitas micaretas, fomos capa de revista, fizemos historia. Eu posso dizer que a melhor versão da Eletricazzz foi no nosso período, com a nossa formação (eu, Fernanda Millen e Any Rosa).

Indo para o início… você trabalhou um tempo como repórter no SBT. Como foi esse período? Eu recebi uma proposta para ser repórter na academia. Era uma quarta-feira e meu personal me falou que o dono da TV que treinava com ele, estava precisando de repórter e fui indicada. Daí eu tive que fazer minha primeira entrevista naquele mesmo dia, no ensaio do Psirico (Márcio Victor). 

Lá entrevistei muitos artistas, como Xande Harmonia, Léo Santana, Thiaguinho, Pablo, entre outros. Apresentei o Carnaval de Salvador pelo SBT Folia, na bancada tinham os apresentadores; Celso Portiolli, Eliana… Foi um período de muito aprendizado. Quando, por uma discussão em não aceitar alguns pedidos estranhos do apresentador do programa, eu pedi para não fazer mais parte do programa. Pois seria uma exigência e eu não estava disposta a encarar. 

Mesmo trabalhando como repórter você já planejava partir para a música? Como foi conquistando esse espaço? Eu já cantava e trabalhava com a música na época da TV, era um paralelo, e minha prioridade era a música. 

E como foi partir para a carreira solo? Quando deu essa virada na carreira? Depois que venceu o contrato com a Eletricazzz, eu não quis renovar pois queria ter a minha carreira. Então eu vim passar um final de semana no Rio com uma amiga, ela me levou para uma casa de show na Barra e lá, pediu para o produtor do evento que eu cantasse uma música porque era aniversário dela. Ele me chamou e subi pra cantar, quando desci do palco ele já estava me contratando para cantar lá. E assim surgiu a oportunidade de vim morar no Rio e automaticamente, em carreira solo. 

Hoje conhecida como o “Furacão Sertanejo”. De onde veio esse reconhecimento? O apelido veio aqui do Rio mesmo. Como cheguei aqui cantando sertanejo, forró, arroxa, com uma energia diferente, sempre animada, e me rotularam assim. 

Onde busca inspiração para suas músicas? Atua como compositora e intérprete?  Minha inspiração vem dos acontecimentos do nosso cotidiano. Observo muito o comportamento das pessoas, olho para outro e me vejo naquela situação, isso me faz querer criar as histórias através das músicas. Pra cantar, levar carinho e alegria, eu faço o mesmo. Acredito que me inspiro muito nisso. 

Destaque em grandes festivais e arrastando multidões para seus shows, olhando para sua trajetória até aqui se sente realizada? Eu me sinto muito feliz sim. Acho que sempre queremos mais, mas não somos gratos (às vezes) por estarmos já nesse lugar, que também sonhamos e lutamos pra chegar. Isso é sucesso pra mim, viver da minha arte, da música é uma realização. Vou lutar pra alcançar um lugar mais longe, porém, sempre grata. 

Qual sua maior vaidade (como artista e mulher)? Sobre a vaidade, eu como mulher, gosto de me cuidar, nada de anormal. Em relação a profissional, ao gosto de ser reconhecida, de receber elogios e o carinho das pessoas, mas sempre com o pé no chão. Vaidade em excesso se torna arrogância.  

Quais os planos nessa reta final de ano? Estamos nos preparando para gravação do meu 1 audiovisual que será em João Pessoa/PB – em janeiro, eu quero mostrar realmente como é o nosso show e apresentar para todos o nosso trabalho. As músicas estão sendo selecionadas de acordo com o projeto, serão músicas pra cima em clima de verão. Teremos também, músicas marcantes que falam de amor, mas a intenção é levar diversão. O cenário é lindo e tenho certeza que vai ser um sucesso!