Por Sandra Sampaio / Fotos Gui Duarte
Quando Vitor Ribeiro assumiu a direção das empresas de mídia exterior, a Capital e a Mov Midia, uma de suas metas era superar metas, unificar equipes e se espalhar pelo Brasil. Coisa que em questão de meses ele conseguiu atingir. Com ótimo astral e companheirismo, Vitor derrubou as barreiras entre chefe e funcionários mostrando que um verdadeiro líder se constrói com confiança e investimento no principal: pessoas. Simpático e alto astral, Vitor conversou com a MENSCH sobre mercado publicitário, estilo de vida e sonhos.
Vitor, fala um pouco de seu lado profissional. Seu ramo, suas empresas. O Vitor profissional é um Vitor que tenta ser um líder o mais justo possível, que tenta trabalhar com os funcionários, e também clientes, com empatia. Eu não quero fazer nada com o cliente que eu não quero que aconteça comigo. E eu acho que quando você está comprando um outdoor, está comprando uma experiência, uma propaganda para ver sua marca na rua. Então, eu quero passar essa experiência da melhor forma possível. Vale ressaltar que o índice de reincidência de compra é grande na Capital e na Mov Midia, o que ressalta a satisfação de nossos clientes. No quesito equipe, temos muitos funcionários que estão conosco desde que a empresa foi fundada.
Em quais cidades podemos achar a Capital ou melhor, quais cidades em que podemos achar as empresas de mídia? Na Capital, ela está em toda a cidade, região metropolitana, em Quixadá, em Itapipoca e Quixeramobim. A Mov Midia está em Fortaleza e região metropolitana. Além disso, a Mov Mídia tem parceria com empresas de todo o Nordeste. E na Capital, temos parceria com a WE Super OOH. Então, conseguimos divulgar sua empresa em qualquer lugar do Brasil.
Provavelmente, você tem um planejamento estratégico. Qual a importância de um planejamento? É importantíssimo. É a parte mais importante. Ele vem em primeiro lugar de tudo que eu faço. Não aceito nenhum desafio e não entro em nenhuma batalha, sem ter um planejamento estratégico grande. Quando eu fui convidado para entrar como diretor comercial da Mov Mídia, os dois vendedores eram muito maiores que eu no mercado e mais velhos também, sendo que meu maior desafio e missão foi motivá-los. Graças a Deus eu consegui, seguimos pelo sexto mês consecutivo com as metas batidas e estamos caminhando para o sétimo. E isso nunca tinha acontecido na história dessa empresa.
Já na Capital, a organização é extrema. Como na Capital não fico só com a parte comercial, a organização vai desde a rota que farão para a colagem, para mudança de placa, até o faturamento que o pessoal vai fazer de nota, que vai ser faturado no mês, o que vai ser pago no mês, o que vai ser pago no dia. Então, a estratégia é importantíssima. Faço até uma metáfora que o Batman sem nenhum poder venceu o Super Homem, só com preparo e estratégia. Então, trace um planejamento estratégico que assim você vai longe.
Quem for trabalhar com o Vitor Ribeiro vai encontrar o que? Vai encontrar um chefe bastante disciplinado, com metas. Mas, vai encontrar um chefe bastante descontraído no dia a dia. Vai encontrar também um chefe bem paranoico se as metas não estiverem sendo cumpridas, se eu não vir o comercial ou a produção ou o administrativo ou financeiro fazendo o trabalho direito, fazendo muito erro. Eu sou muito perfeccionista, mas ao mesmo tempo sou muito amigo. Muita gente entra na minha sala para desabafar. Então, sou um chefe bem aberto mesmo. Todo mundo sabe que pode entrar lá à hora que for e se eu estiver à disposição, vou conversar. Às vezes, eu faço o trabalho de um psicólogo. Quem trabalha comigo, vai ver várias versões do Vitor. Mas sempre focado na meta, disciplinado com metas e descontraído quando é hora de ser. Tento sempre encontrar um equilíbrio nesse meio termo porque senão, ou fica sério demais ou bagunça.
Quem são seus ídolos e o que eles te ensinaram, ou inspiraram, para você? Meu ídolo pessoal é meu avô, que passou por diversos jornais como diretor comercial. Participou da fundação do Diário do Nordeste até que se aposentou pouco antes de parar de ser veiculado de forma impressa. Eu o admiro demais e, se eu pudesse, teria trabalhado na época que ele trabalhava, pois eu faria um estrago gigante. Ele conhecia todo mundo, não consigo encontrar uma pessoa que trabalhou com ele ou que teve participação no trabalho dele, que fale mal dele.
Outra pessoa é o João Apolinário, dono da Polishop, por tudo que ele fez, pela história dele. Eu me identifico muito porque a família dele já tinha empresa e fez a própria empresa dele. Se Deus quiser, quando estiver na idade dele, eu vou entregar um legado do tamanho do dele ou até maior, sendo bem otimista, para meus filhos.
Seu dia a dia deve ser bem corrido, como você faz para lidar o trabalho com a família e o lazer? É um pouco complicado, mas graças a Deus eu tenho uma babá de confiança. Ela pega os meninos no colégio, na sexta, e leva eles para casa dos meus avós. Eles tem Alzheimer. Então, as crianças são, tipo a salvação deles. Se eles não forem lá por duas semanas, eles já reclamam. Então, toda sexta-feira, as crianças estão lá e eu saio do trabalho e vou para lá. No sábado, geralmente tem eventos onde a gente precisa se fazer presente, por conta da empresa, mas antes disso eu passo um tempo com as crianças. É banho de piscina, a gente joga futebol, vai tomar sorvete na McDonald’s, faço tudo que eles têm direito e mais um pouco. De noite, vamos a alguma loja comprar doces, preparamos uma festa do pijama, peço uma pizza e aí me preparo para ir aos eventos, depois que eles dormem. E aí, no domingo de manhã não tem nem ressaca, tenho de estar lá com eles de novo até a hora de entregar para a mãe deles. É puxado, conciliar trabalho e família, mas tem dado para conciliar.
Falando em lazer, quais lugares você indica no Ceará? Sou um cara um pouco caseiro, mas gosto muito de uma festa, mas são festas bem específicas. Quando é uma festa bem organizada por uma produtora, que não tenha nenhum problema. Também gosto muito de um restaurante mais sofisticado, de comer uma comida boa, como no Matisse, Caravaggio e Medit. Mas eu gosto também muito do McDonald’s, de Sushi, sou um cara bem eclético, como sou na música, é da mesma forma na Gastronomia.
Tirando Fortaleza, com qual cidade você se identifica e que poderia morar? O Rio de Janeiro, sem dúvidas. Para mim, uma cidade linda. O pessoal fala que é perigoso, eu já fui mais de 50 vezes lá e nunca sofri nada. Já sofri aqui em Fortaleza, mas lá nunca sofri nada. Tudo depende do local que a pessoa frequenta lá no Rio, como é em qualquer cidade a que você for, no Brasil. É um pessoal bastante acolhedor, sempre fui muito bem tratado lá e ainda tem o Flamengo. Se eu morasse no Rio de Janeiro, eu estaria em todo jogo assistindo o Flamengo. Ia ser uma felicidade tremenda.
Em relação à moda, você acompanha? Gosta de quais marcas? Sendo bem sincero, não acompanho muito as inovações da moda, mas gosto de algumas marcas como Brooksfield, Alain Delon e Renner. São três níveis diferentes. Se eu for na Renner, eu consigo comprar alguma coisa. Se eu for na Brooksfield, eu consigo comprar coisas que eu gosto. Mas, ultimamente, eu estou comprando mais roupa esportiva. Então, tenho ido mais na Adidas.
Gosta de ler? Qual o livro que está lendo agora? E o que ele vem te ensinando? O livro que eu estou lendo agora é um livro que eu já li, mas eu estou relendo porque faz um tempo que eu li, que é Sonhe Grande, a história do Jorge Paulo Lemann, que comprou redes como Ambev e Burger King. Mostra a história dele e de seus sócios dele. Mostra a transformação que foi com todos que trabalharam com eles quando ele comprou a Brahma e depois fez a Ambev que era uma bagunça, mas ele transformou em um negócio gigantesco. Então, ele é um cara incrível, o nome do livro é Sonhe Grande e é exatamente o que eu faço – sempre sonho grande.
Qual restaurante hoje você considera 5 estrelas? Fala pra MENSCH seu top 3 de restaurante em Fortaleza. Para mim o melhor restaurante de Fortaleza, de longe, e pelo qual sou apaixonado, é o Matisse. Eles têm um prato que é um Sirigado com crosta de pão. Só de falar, eu estou com água na boca. Meu top 3 – Matisse, Caravaggio e Parrileiro.
O que é sucesso para você? Para mim, sucesso é ser feliz. Se você fizer essa pergunta por aí, acredito que 99% das pessoas vão falar que sucesso é ter uma grande empresa, ter um emprego que pague bem, ter dinheiro, ter um carro dos sonhos, ter um apartamento lindo… Eu lido com muitos empresários e vejo que eles têm dinheiro, mas tomam antidepressivos ou remédio para dormir. Para mim, isso não é uma pessoa bem sucedida. Sucesso é focar no ser e não no ter. Por isso, digo que sucesso é ser feliz.
Tem algum tipo de vaidade? Qual seria? Minha barba! Eu tenho o mesmo barbeiro há seis anos. Eu brinco dizendo que homem não pode trocar de duas coisas, de time e de barbeiro. Para mim, o homem que troca de time e de barbeiro não inspira confiança.
Posso dizer também que outra vaidade é ver meus filhos felizes. Faz pouco tempo meu filho foi campeão pela seleção do 7 de Setembro, minha filha participou das olimpíadas do colégio e ela foi campeã em tudo, me deixando super feliz. Então, minha vaidade é minha barba e a felicidade dos meus filhos.
E sobre sonhos? O que você deseja no profissional e no pessoal? No profissional, o que eu desejo é Capital e a Mov Mídia cada vez maiores, que são as empresas que eu estou tocando. Desejo que elas ganhem mais força na Internet. E no pessoal, que eu possa entregar esse legado para meus filhos e poder falar sobre a vida boa que tive, que eu fui feliz e bem sucedido.Como você se ver daqui a 10 anos? Daqui a 10 anos eu quero a Capital em outros estados, eu quero a Mov Mídia em outros estados e outras linhas e mais linhas de ônibus. Já são mais de 860 linhas e somos a maior player do segmento dela. Quero que a Capital seja um dos maiores, não maior, acho que não precisa de tanto door aqui em Fortaleza, mas quero a Capital em outros estados e sei que isso vai me dar um trabalho absurdo, mas eu nunca tive medo de trabalho e não vai ser agora que vou ter. Então, com preparo e estratégia, com certeza chegaremos lá. Pois eu sigo muito a sério minhas metas.