Raoni Carneiro começou a carreira artística cedo, aos 13 anos e por isso tem uma lista de trabalhos imensa para um ator de apenas 30 anos. Nascido em São Bernardo do Campo, Raoni deu seus primeiros passos no Thespis, grupo de teatro amador do interior de São Paulo. De lá pra cá são peças, novelas, filmes e não só na atuação, mas também na direção e produção. Raoni acredita que o ator deve ser versátil e botar a mão na massa para as coisas acontecerem ao invés de só ficar na espera de papéis. Atualmente na Globo, Raoni já fez trabalhos no SBT que considerou fundamentais para ganho de experiências. Mas falando em papéis, talvez o melhor até agora seja o de pai. Casado com a também atriz Fernanda Rodrigues, ele tem uma filha chamada Luiza com quem aprende todos os dias e se encanta. Com vocês, Raoni Carneiro.Você iniciou sua carreira artística muito cedo, aos 13 anos, como se deu essa escolha? Pra ser sincero eu não sei, foi numa brincadeira. Meu professor de música do colégio fazia parte de uma famosa companhia de teatro da minha cidade e um dia brinquei, “se precisar de um ator profissional pode me chamar”, ele disse que precisa de um ator e que iriam fazer teste. Fui, fiz o teste e passei. Depois fui atrás do estudo em SP.
Após participação no seriado Sandy e Júnior você foi fazendo uma novela atrás da outra. Foi desgastante ou foi essencial para se firmar na TV? Foi essencial para me firmar. O desgaste é emocional. Mas se você reparar, a grande maioria dos meus personagens são diferentes e as caracterizações também.Você chegou a fazer novelas no SBT e depois voltou pra Globo. Passar por outras emissoras o enriqueceu profissionalmente? Sim, da maneira que aconteceu comigo foi uma escola.
Você dirige e produz, além de atuar. Por quê? Como se deu isso? Porque desde cedo entendi que a profissão não é fácil e nunca ficaria esperando me chamarem para trabalhar. E um artista tem que estar na produção intelectual constante. Vivemos numa era de celebridades e esses acabam virando personagens deles mesmo.
O que costuma fazer para compor um personagem e dirigir atores? Alguma regra? Nenhuma regra. É uma junção das descobertas com suas referências. E disso sai um novo trabalho artístico. Em relação a dirigir e atuar o processo é completamente diferente. Dirigir você se preocupa com a obra e em relação ao ator, você é uma peça importante de uma história.Casado e com uma filha. Vocês já descobriram algum segredo para não deixar o casamento cair na rotina? Tentar se apaixonar sempre.
A fidelidade é algo mais difícil de manter quando se é ator? Ou justamente por poder viver outras pessoas e outros relacionamentos (através dos personagens) isso termina matando essa necessidade de conhecer outras pessoas? Como você vê isso? Sou um profissional como outro qualquer. O respeito numa relação deve existir independentemente da sua profissão. O fato de ser ator nos expõe a essas situações permissivamente, mas isso não significa que temos a chance de matar uma necessidade.
Ser casado com uma atriz os tornam mais cúmplices, parceiros na profissão? Vocês evitam “trazer trabalho pra casa?” Tentamos, mas é inevitável. Mas a cumplicidade nossa não esta profissão, está na nossa afinidade, e na escolha de construir uma família juntos.
Que valores e princípios busca passar para sua filha? E o que tem aprendido com ela? Aprender, aprendemos todos os dias com ela. Mas o que mais queremos é poder formar um ser humano legal e preparada pra vida.
Você e Fernanda costumam sair muito. Quais seus programas de lazer favoritos? Não muito. Quando saímos vamos a restaurantes e bares com os amigos.
Como anda o Raoni da banda Trupe? Realizado ou realizando com a banda? Realizado.O que faz sua cabeça quando se fala em música? Música é a língua universal, é o toque de emoção que falta na vida real. É mágico.
Você é um cantor que atua ou um ator que canta? Como você se vê? Um artista que busca desafios. Atuar, cantar, dirigir, produzir, isso tudo um artista deve fazer.
Em relação à vida, o que você cansou de perder tempo e o que passou a valorizar com o tempo? Depois do nascimento da Luisa, o tempo ficou mais nobre. Passei a dar valor para as coisas que realmente importam. Realmente tem coisas que não vale a pena perder tempo!
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