ESTRELA: ANTONIA FONTENELLE – FURACÃO LOIRO EM NOVA YORK

Não tem como ser diferente, sempre que Antonia Fontenelle dá uma entrevista, é diversão e sincerão na certa. Atualmente morando em Las Vegas, nos EUA, Antonia tem levado uma vida, digamos pacata, mas não menos agitada. Afinal, Las Vegas traz isso, calmaria e muito agito. Porém, para nossa capa, a bela ousou mais uma vez e foi para Nova York onde posou pelas ruas da Big Apple, inspirada em filmes como Taxi Driver e Pretty Woman. E o resultado não poderia ter ser melhor. Linda, celebrando seus 50 anos e claro, afiadíssima em dar uma boa resposta. Antonia é isso, ame-a ou deixe-a. Não tem meio termo. E sendo bem sincero, ela não está nem um pouco preocupada com unfollows. Essa é a Antonia que bem conhecemos.

Antonia antes de mais nada, como vai seu “american way of life” nessa temporada nos EUA? Como de fato os americanos vivem, sem funcionários do lar, sem motorista, sem massagista… (risos). No início achei que não seria possível, mas, com o tempo, as coisas foram se encaixando. Não é fácil, mas há tempo não sinto tanta paz.

Você está morando em Las Vegas, uma cidade que traz tantos agitos e ao mesmo tempo, tem um lado meio que cidade do interior? Como tem sido viver em Las Vegas? Las Vegas tem uma energia única, emblemática, é  uma das a cidades dos Estados Unidos com maior número de igrejas. A maioria da população é conservadora e, do outro lado cassinos, prostituição, shows, strippers… Isso aqui ferve. Eu moro em um bairro nobre, sou vizinha de Cher, Celine Dion, e Mark Wahlber. A Formula 1 se mudou pra cá, o SuperBowl, a liga americana de basquete, o UFC fica há 5 minutos da minha casa, os estúdios de Hollywood estão sendo construídos no meu bairro, ainda assim é possível levar uma vida muito pacata.

Já se aventurou nos famosos cassinos da cidade, que nunca param? O que mais lhe agrada nesse agito todo? Sim, já me aventurei – joguei 50 dólares e ganhei 80,00. Fiz um escândalo tão grande que juntou um monte de gente achando que eu tinha ganho milhões de dólares. Quando a máquina finalizou a contagem, era só 80 dólares, (risos). Vou muito pouco na strip, sou da Netflix e vinhozinho dentro de casa mesmo. O que me agrada é a liberdade, sem olhos julgadores, me agrada a educação do povo, me agrada essa mistura louca, de culturas.

Falando nisso, para esse novo ensaio de capa você foi posar nas ruas de Nova York. E a inspiração, foi Taxi Driver. De onde vêm essas referências? Eu amo NY tenho uma história com NY. A equipe estava lá. A ideia inicial era reproduzir o filme da Júlia Roberts (Pretty Woman) mas o filme se passou em LA, e eu não estava a fim de ir pra Califórnia. Daí me surgiu a ideia de  fazer uma releitura de Táxi Drive, um dos filmes mais famosos rodado em Manhattan, em que a Jodie Foster fez uma prostituta. Na história, ela era menor de idade. Na nossa releitura fizemos uma versão  vovó de Taxi Drive (risos).

Você também é uma apaixonada por NY? O que mais curte na cidade e que recomendaria? Sou mesmo. Amo NY. Estive lá outubro do ano passado e voltei mês passado para as fotos. Fiquei um pouco triste com o momento que a cidade atravessa – tá um pouco bagunçada, mas ela tem seu encanto. Ferve 24h por dia – é o coração do mundo, pulsante, respira arte, eu amo os cafés do West Village. Lá tem um restaurante tailandês do Quentin Tarantino que é uma delícia. Em  Tribeca tem o Nobu, restaurante japonês do Robert de Niro que é maravilhoso. Amo os happy hours do Soho House, recomendo.

Bastou você ir passar uma temporada fora para desafetos insinuarem que você estava fugindo de processos. Como encara esses comentários? Nada lhe tira do sério neste momento? Até parece que eu sou mulher de fugir da raia, ainda mais quando essa raia é uma foca.

Você sempre foi uma mulher polêmica e sem papas na língua. Acredita que por isso muita gente adora colocar BO na sua conta? As pessoas se incomodam com a minha independência, com o fato de eu não me render ao sistema, não negociar meus valores, com o fato de eu não me vitimizar. Elas querem me ver sangrando e, ao invés disso, elas me veem sorrindo, de bem com vida, realizada, com filhos e netas saudáveis, lindos, felizes… Não é sobre ter, é sobre ser.

O que lhe tira do sério? E o que coloca esse sorriso riso pra jogo? Injustiça, maldade, covardia, mentira, me tiram muito do sério. E o que coloca meu sorriso mais delicioso de volta, são meus pequenos, Salvatore, Charlotte e Luna.

Você está completando 50 anos agora nesta semana. O que a idade lhe trouxe? Como avalia? Me trouxe sabedoria, serenidade, paciência, solicitude, um entendimento claro das circunstâncias.

Para você parece que o tempo passa muito lentamente. Como se cuida? Como lida com o espelho? O tempo, de fato, é muito generoso comigo. Não fumo, não como fast food, procuro dormir bem, consciência tranquila… Tudo isso me ajuda a me manter com mente e corpo saudáveis.

Em tempos de tolerância abaixo de zero, com o que você não perde mais tempo? Pra quem ou o que você daria unfollow? Há muito tempo não perco tempo me explicando. Não ligo pra opinião de quem não me conhece. Não tenho medo de cancelamento – eu dou unfollow pra alguns jornalistas irresponsáveis que temos na imprensa brasileira, unfollow pra fofoca, tenho pavor, unfollow pra hipocrisia que reina no nosso país, e tem mais uma lista infindável de unfollows, mas vamos parar por aqui (risos).

“Ame-a ou deixa-a” seria um bom título para essa matéria? Sim, pode ser. Gostei, é sobre isso.

O mundo está bem chato. Qual a solução? A Internet adoeceu o planeta terra. Não vejo solução, infelizmente.

Quem é Antonia hoje em dia e como se vê num futuro próximo? Sou uma mulher simples, de hábitos simples, orgulhosa de si mesma. Num futuro próximo, me vejo rodeada de filhos e netos, com um namorado maravilhoso – anônimo, de preferência, e conquistando cada vez mais meu espaço como comunicadora.

Para conquistar Antonia basta… Ser honesto, ter senso de humor e não querer ser famoso.

Foto Fografany 

Beleza e styling Antonella Paiva

Make Bruna Alves 

Produção Bárbara Godeiro