Dani Winits iniciou a carreira de atriz ainda adolescente e mesmo cedo começou a fazer sucesso. Com personagens engraçado, sexy ou dramático, Dani foi construindo uma carreira sólida e conquistando cada vez mais fãs e admiradores. Foi capa da PLAYBOY por duas vezes, casou teve filhos e hoje é destaque com uma personagem que se envolve em um triângulo amoroso com um casal homossexual. Mesmo com tanta bagagem Dani Winits se mostra simples e voltada para valores que vão muito, mas muito além de fama, dinheiro, sucesso e vaidade. Vivendo uma linda história de amor, Dani fala das suas prioridades atuais e de como lida com a imprensa invasiva.
Sex Appel lançou muita gente talentosa, prova que estão atuando até hoje. No seu caso você já passou por inúmeros trabalhos, da comédia ao drama, sempre com muito destaque. Você imaginava toda essa trajetória? Sempre soube que queria ser atriz, que queria fazer teatro, dançar, fazer cinema… O resultado é fruto de muita dedicação desde adolescente no teatro Tablado no Rio, e a TV veio um pouco depois. Gosto de olhar pra minha história e ver o quanto ela tem de fato a minha personalidade, as minhas escolhas, a minha versão do que é ser feliz enquanto artista que é caminhar por todos os universos do entretenimento seja no teatro, na TV ou no cinema.
De 93 pra cá o que mudou para quem quer se lançar na arte da atuação? Como você percebe esse período? Ah… Muuuuita coisa mudou sim. O mercado ficou mais volúvel e se preocupa mais com lançamentos do que com conteúdo. Hoje uma pessoa sem qualquer preparo pode se lançar no mercado e fazer sucesso. O que não tem como mudar é a percepção desse mesmo mercado com relação ao talento. Muitos talentos são desperdiçados por aí em detrimento da necessidade da beleza e da juventude ser o foco da maioria das escolhas. Não sou contra o novo e o que é belo, apenas sou a favor da qualidade dentro de um ofício que por muitas vezes é tratado com preconceito.
O sucesso afetou sua vida pessoal de alguma forma? Como lidar com isso? O sucesso afetou muito mais pessoas que viviam à minha volta do que qualquer outra coisa. Para mim foi uma consequência de um trabalho que vinha desenvolvendo desde muito nova, mas para algumas pessoas com quem eu convivia foi fatal. Fiz uma verdadeira limpa no meu círculo me tornando mais seletiva e reservada em relação às amizades e ao ser humano em geral. Queria agradar a todos que não tinham o que eu havia conquistado bem nova e isso não funciona. Não sabia dizer não. Aprendi na marra e hoje valorizo poucos, mas bons amigos e pessoas que valorizam a Danielle mulher e não a artista. Cada vez mais fecho o cerco mesmo. Doo-me 100% mas quando vejo que não vale à pena retiro meu time de campo sem olhar pra trás, pois tenho uma família incrível, filhos saudáveis e companheiros. Encontrei o amor da minha vida e sou abençoada com uma vida linda onde só tem espaço hoje em dia pra quem é de verdade.
A fama traz, na maioria das vezes, a exposição do privado para o público, como lida com isso? A imprensa já extrapolou o limite do respeito com você? Já foi bem difícil no começo da carreira entender o que significava ser alvo de tantos olhares maldosos por parte de uma pseudo imprensa. Comecei a carreira ainda no final da minha adolescência e não soube separar as pérolas dos porcos. Era bem ingênua, transparente, e como já mencionei anteriormente o dizer NÃO pra mim era doloroso. Certamente esse comportamento me deixou mais vulnerável ao interesse alheio pela minha vida pessoal e apenas o tempo e a maturidade me trouxeram a dimensão do que isso significa. Fui alvo de algumas calúnias, de algumas perseguições sem sentido, mas todos os processos que entrei contra esses “sem alma” eu ganhei. Hoje continuo sendo uma pessoa transparente nas minhas escolhas e atitudes, tenho grandes colegas jornalistas e sou bem acessível à eles todos, mas a liberdade do outro termina onde ponho a marca do meu limite. E ponho essa marca respeitando a minha própria liberdade pessoal. Não permito mais o desrespeito, pois respeito em primeiro lugar a minha história.
Com a fama vieram os convites das revistas masculinas… Você foi capa da PLAYBOY duas vezes. Posar para a PLAYBOY é também uma questão de vaidade? Faria novamente? Fui muito feliz as duas vezes que posei pra PLAYBOY e não tenho qualquer arrependimento quanto a ter posado. Trabalhei com equipes super talentosas que fizeram dois grandes ensaios que ficarão para história da revista como grandes trabalhos. Não posso dizer se faria novamente, pois não cheguei a pensar sobre isso depois do segundo ensaio. Certamente ouviria não apenas a minha intuição como também a opinião da minha família hoje que é bem grande!
Você se acha sexy? Quando? Estou muito mais para uma “tomboy” do que para sexy no meu ponto de vista. Não faço questão nenhuma de ser sexy, faço questão de ser uma mulher real, com qualidades sim, mas também com defeitos e com a minha personalidade real. Sou moleca, sou mãe de dois meninos, adoro não precisar pentear o cabelo durante o dia… Gosto de armar um coque no cabelo sem um pingo de maquiagem e sair por aí fazendo coisas comuns a todas as mulheres como ir ao supermercado, à ginástica, buscar filho na escola… Livre de qualquer estereótipo. E para minha felicidade o meu “namorido” prefere quando estou o mais natural possível! Sexy pra ele são as minhas sardinhas no rosto, sou sortuda ou não? (risos)
O que você acha que uma mulher precisa ter para ser considerada sexy? Precisa ter segurança no que ela é como ser humano e autoestima elevada sem se importar com padrões estabelecidos momentaneamente por uma sociedade que vive em constante mudança de padrões estéticos. Ser sexy é estabelecer o seu próprio padrão e reverenciar o seu próprio estilo. Ser sexy é ser diferenciada nas escolhas e buscar a sua singularidade.
Qual parte do seu corpo olha e pensa que a natureza caprichou e foi bem generosa com você? Gosto das minhas orelhas sabia? São do tamanho adequado pra minha cabeça e as acho bem bonitinhas (risos)
A grande maioria das mulheres ao se tornarem mães, abrem mão do lado “mulher”. O fato de ser atriz ajudou você a se manter mulher, aliás, um mulherão mesmo com a maternidade ou isso tem mais a ver com sua personalidade? Não acho que ser atriz tenha influenciado em nada no fato de me manter “mulher” após a maternidade. Acho que fazemos escolhas na vida o tempo inteiro e essas escolhas pautam o nosso caminho. Escolhi tanto a maternidade quanto escolhi também bem antes ter uma carreira profissional, assim como sempre tive uma vida fora dela. São coisas bem distintas pra mim que se entrelaçam e se completam. A completude pra mim como pessoa vem com todo esse pacote junto. Mas também se um dia eu me sentir feliz apenas sendo uma mãe de família e pensar em trilhar outro caminho profissional não vou deixar de me sentir menos mulher por isso. Minha busca é pela felicidade onde quer que ela esteja.
É do tipo de mulher que toma atitude em relação a uma conquista ou não abre mão de ser conquistada? Fui conquistada pelo Amaury sem saber que ele era o homem da minha vida, mas também tomei uma certa atitude para que ele pudesse ter a chance de me conquistar, ou seja, está mais do que provado pra mim que ser uma mulher intuitiva e de atitude só me trouxe benefícios e fez de mim uma mulher ainda mais segura e feliz.
O que é preciso para um homem chamar a sua atenção? Não tem como… “My search is over”.
O que te deixa mais feliz e realizada, o trabalho ou a vida pessoal (ou as duas coisas)? Em primeiro lugar a minha vida pessoal hoje é prioridade pra que eu esteja plena no trabalho. Se meus filhos, meu amor e minha família estiverem bem, eu vou estar bem e completa pra poder me doar pro meu trabalho que é de uma doação e de uma carga emocional imensa e intensa.
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