Baiana linda, arretada e talentosa. Emanuelle Araújo tem a medida certa entre o tempero do acarajé, o sabor da moqueca e as belezas do Pelourinho. É filha da terra com orgulho, mas é gente do mundo. Sua música é brasileira seu jeito é faceiro e seu talento é grande, variado e vem de dentro. Bonita, sexy e de um carisma impressionante, a atriz e cantora que começou a vida artística ainda criança é uma mulher que sabe o quer e encanta. Conheça um pouco mais da nossa estrela desta edição.
O que é que a baiana tem? Encantos que Deus dá, mas tem defeitos também que Deus dá (risos).
1999. Banda Eva. Saída de Ivete Sangalo. Como encarou o desafio da substituição? Ali foi dada a largada para sua carreira? Já trabalhava desde os 10 anos de idade com teatro, música e dança. Com 15 anos já cantava profissionalmente pelos palcos de Salvador e participava de campanhas publicitárias que me tornaram conhecida por lá. A banda Eva me projetou nacionalmente e apesar do desafio foi um tempo bem bacana que me ensinou muito, mas que se completou com 3 anos. Não quis mais que isso. Precisava de outros ares artísticos. Sou filha do carnaval, mas preciso ser do mundo.
De lá pra cá a “música baiana” mudou muito? Você concorda que hoje em dia ela perdeu a força e se concentra mais na Bahia mesmo? A música baiana é extraordinária e o que Luís Caldas, Gerônimo e tantos outros grandes artistas precursores desse movimento fizeram com ela é atemporal e sem limites geográficos. E hoje os cantores e artistas que respeitam a qualidade deste início continuam com a mesma força e não são poucos. A música da Bahia é forte demais.
Do Axé para o pop rock, qual o teu som, a tua pegada musical, onde você se sente “em casa”? Brasileiro. Este é o meu som. Claro que com muitas influências estrangeiras, mas os batuques e violas brasileiros e regionais são a minha casa.
Você lembra como e quando a música te tocou pela 1a vez? E onde busca inspiração para compor? Comecei a cantar muito cedo, em casa com o meu pai. Então, desde que me conheço por gente a música toca fundo o meu coração.
Cantar, atuar, dançar, a arte em suas diversas formas é o seu lugar no mundo? Ser artista é uma expressão essencial na minha vida. Quase como respirar. Hoje equilibro muito bem esta expressão com o meu lado mulher, mãe, filha. Sou tudo isto junto e misturado.
Você iniciou a carreira de atriz ainda menina, aos 10 anos no teatro, foi uma escolha sua ou dos seus pais as aulas no palco? A iniciativa do teatro foi totalmente minha diante de um teste para já ingressar numa Cia. de teatro na qual estive por 12 anos. Meus pais sempre me apoiaram nas minhas decisões.
O que te move no palco? Te faz se entregar mais diante da plateia? Acreditar e sentir verdade no que estou defendendo artisticamente.
Em algum momento a projeção que a TV trouxe te incomodou em algo? Qual o ônus e o bônus disso? Vejo essa questão da projeção com muita simplicidade. Para mim é simplesmente o meu trabalho e não superestimo o fato de me tornar conhecida. Tenho muito respeito pelo carinho das pessoas, mas não me coloco de forma distante em nada. Desta forma não há incômodos e a relação com o público, para mim, se torna mais verdadeira.
Que característica sua que gostaria que as pessoas percebessem mais e não percebem? Não tenho esses grilos. Sinto que as pessoas me sacam como eu sou e é bom sentir isso.
Qual característica você inveja nos homens e qual característica feminina os homens deveriam ter? Adoro a praticidade dos homens e acho que o mix disso com um pouco mais de sensibilidade seria perfeito, mas, não existe perfeição né?! (risos)
Quando um homem consegue te seduzir? Quando é sincero e divertido. Alguém já teve a ousadia de esnobar você? Se sim, como encarou isso? Ué gente. Se fosse pra ganhar sempre, a vida seria muito chata. Lidar com as frustrações com sinceridade e elegância é o sabor do jogo.
Quais as cantadas que não funcionam com você? Detesto cantadas de qualquer tipo. Papos encantados é outra história.
O que só o homem amado pode conhecer sobre você? Isto só o meu amado continuará sabendo… (risos)
Do que não abre mão de jeito nenhum em nome da beleza? Cuido muito da minha alimentação e saúde. E cada vez mais percebo que este papo de cuidar da beleza de dentro pra fora é a mais pura verdade!
Quando você se acha sexy? E que “armas” usa quando quer ser sexy? Iiiih… Não tenho muito estes truques. Minha maior sedução é me sentir inteira, e verdadeira.
Ser mãe aos 17 te assustou em que? Em tudo! (risos) Não é fácil ser mãe jovem. Mas a natureza é muito sabia. O amor maternal é incondicional e resolve qualquer desafio. Ser mãe jovem foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Sou o que sou hoje muito por isso.
Você e sua filha parecem ser bem unidas. Como é a relação de vocês? Muito gostosa. Ela é o máximo e a nossa troca é intensa. Aprendemos muito uma com a outra.
Na hora de relaxar e se divertir o que curte fazer? Adoro minha casa, meus amores, meus discos e livros!
O que podemos esperar de Emanuelle para esse ano? Quais suas metas? Muitas metas. O novo disco do Moinho “Eolo” esta sendo lançado agora em março e estou bem feliz com este trabalho. Lanço este mês, dia 21 nacionalmente, o longa metragem “SOS Mulheres ao Mar” uma comedia romântica bem divertida. Estou preparando meu disco solo com muitas canções feitas pra tocar o coração. E estou me preparando para voltar a TV no segundo semestre.
Quais das suas músicas chegam mais perto da definição de quem você é e do que acredita? Todas as músicas que eu canto levam um pouquinho de mim. Mas quem me escuta cantar “Saudade da Bahia” de Caymmi que gravei no primeiro disco do Moinho, ouve um pouco da minha alma.
Fotos Carol Beiriz – Assist. de Fotografia Rod Soares – Produção executiva Márcia Dornelles (www.mdproducoes.com) – Assessoria de Imprensa Bia Serra – Beauty Everson Rocha – Styling Paulo Zelenka – Produção de moda Amanda Oliveira
Emanuelle Veste: Look1 – Calca Olli, Blaser Pistis, Top Kikorpo, sandália Afghan – Look2 – vestido preto Zinco, sandália Afghan – Look3 – vestido longo Dymiler. Agradecimento: Yara Figueiredo (joias), Vanazul Guest House.