Gui Barros é Uberlandense antes de tudo, publicitário, especialista em Gestão do Entretenimento e Roteirista em formação. Tem 36 anos, é Libriano, com ascendente em escorpião, lua em aquário e Vênus em escorpião, ou seja, intensidade é seu sobrenome, ele mesmo quem disse isso, (risos). Inteligentíssimo, divertido, festeiro, ágil, bem humorado, sagaz, afiado, dedicado, e fiel aos seus de verdade. Um mineiro super bem relacionado figura singular em terras cariocas, que está cada vez mais conquistando seu território.
Há 8 anos, foi convidado pela relações públicas Alicinha Cavalcanti para mergulhar no universo dos eventos e se apaixonou pela área. Na publicidade, ele já atendeu marcas como Telecine, Universal Channel, BuscaPé, Duloren e Coca-Cola. Atualmente, concilia os trabalhos de relações públicas, empresário, e escritor. E dentre as marcas atendidas como RP destacam-se Amazon, Santander, Sony, Brahma, Antártica, Pepsi, Gatorade, Som Livre (SLAP), Vivo Rio, Revista Quem, Revista Marie Claire, Rede Record, Telecine, Claro, Tim, Rolex, Oi, Pantene, Sky, Shell Open Air, Camarote Allegria, MINI BM Rio e BMW BM RIO.
Ele atua nos maiores eventos do país como Rock in Rio, Sapucaí, Baile da Vogue, Baile da Bruxa, Festival de Gramado, Copa do Mundo, Olimpíadas e Fórmula 1. Tem parceria com as principais produtoras de festas do Rio de Janeiro e grandes profissionais do mesmo segmento. Em 2020, que foi um ano muito desafiador para profissionais de festas, Gui se vê diante de uma parceria incrível que é o resultado de muito trabalho e dedicação. Sua parceria com a BMW BM RIO começou em agosto do ano passado após ser chamado por dois amigos para criar uma alternativa para a inauguração da nova concessionária em um momento onde encontros sociais estavam proibidos.
Após produzir junto com o time BMW BM RIO uma live com a cantora Paula Toller que teve 500 mil visualizações e no final do ano ficaram entre as 5 melhores cases pela montadora mundial e por ter formação em publicidade, acabou sugerindo novas ações que foram dando certo e fazendo sucesso e no final de 2020 Gui recebe o convite para ser o Relações Públicas da concessionária e EMBAIXADOR deles. Além de ter uma nova renda dentro de um universo que até então para ele era desconhecido, ainda ganhou o comodato de uma BMW X1 enquanto eu estiver prestando serviço para eles. Nada mal hein, com vocês um amigo querido, Gui Barros.
Qual a diferença hoje, entre o Gui Barros relações públicas e o Guilherme que veio de Uberlândia em busca de um sonho? O Gui Barros é um personagem divertido, festeiro, ácido, ágil e muito forte criado por mim para conseguir me adequar às exigências e necessidades de uma cidade 10 vezes maior que a minha e para conseguir sobreviver em um mercado extremamente exigente e competitivo. A minha formação acadêmica é em Publicidade e Propaganda, mas a minha formação profissional se chama Alicinha Cavalcanti. Foi a Alicinha que me ensinou como me comportar perante a um cliente, sobre a importância e o valor da rede de relacionamento e a grande necessidade de somente trabalhar se for por amor. Se não tiver amor no que você está fazendo, algo está errado. Já o Guilherme – que no caso sou eu mesmo – é uma figura que luta diariamente para alcançar seus objetivos, que tem orgulho de ser Uberlandense. Viciado em séries, filmes, novelas, música, livros e assuntos ligados à espiritualidade. Sou muito intenso em todas as esferas da minha vida, extremamente dedicado aos meus amigos, à minha família e à eterna (porque é um processo que realmente nunca acaba) busca pelo autoconhecimento.
Como você conheceu a Alicinha Cavalcanti, como surgiu o convite de trabalhar com ela? Como dizia um grande amigo da Alicinha, “nossos destinos foram traçados na maternidade”. Alicinha foi o maior presente que um jovem aspirante à relações públicas poderia sonhar em ter como mestre. A gente se conheceu trabalhando. Eu prestava serviço para uma assessoria de imprensa contratada da Sony e a Alicinha era a relações públicas da marca. Não sei em qual momento eu despertei algo positivo nela para que ela me chamasse para trabalhar, mas já nos primeiros contatos, muito provavelmente, foi por ela ter visto em mim uma enorme vontade de fazer dar certo, somado ao afeto que eu distribuo sempre a todos da equipe. Eu me lembro que, durante uma apresentação do David Guetta, ela chegou pra mim e disse: “você sabe que nasceu pra isso, né?” Na hora, eu fiquei sem entender o que era especificamente, e depois ela completou: “Saber receber as pessoas e entender que o seu trabalho é gerar alegria e felicidade para o outro é uma vocação. Você tem isso de sobra”. Saí do trabalho neste dia com a certeza de que estava no caminho certo. A partir desse dia, a gente não se desgrudou mais. Foi ela que me colocou para trabalhar no Baile da Vogue, Copa do Mundo, Camarote da Brahma, Formula 1 e Rock in Rio. Meu primeiro evento contratado por ela foi o Rock in Rio de 2013 para uma ação do Submarino.
Como foi migrar da rotina super agitada dos eventos para a pandemia? No meu caso, a rotina agitada se concentrou no meu endereço. Atualmente, eu também presto serviço para a Party Industry (Produtora de eventos) do André Barros e do Bruno Vilardi e, graças a Deus, eles são mais inquietos do que eu. Assim que decretaram o lockdown, uma das primeiras ligações que eu recebi foi do André dizendo para eu não me preocupar com os boletos e focar em novas soluções que se adequassem ao momento que estávamos vivendo. Eu não parei de trabalhar na Pandemia. No início, eu comecei a fazer cursos na Casa do Saber, depois fui aprender a criar sites e, logo em seguida, veio o “LoveCine Drive-In”, o primeiro drive-in do Rio deste novo tempo. Com o passar das semanas, o Léo Marçal e a Veca Mascarenhas me convidaram para fazer o lançamento da BM Rio (a nova concessionária da BMW e Mini na Zona Sul do Rio). A partir daí, nasceu a ideia do BMW RooftopChef que foi um grande sucesso. Apostamos em lugares ao ar livre e nasceu o Caneco 70 (quiosque do Posto 12 no Leblon) e o Nghia (restaurante asiático na varanda do EXC no Jockey). De olho em novas oportunidades, eu passei a buscar parceiros que eu me identificasse e tive um encontro com a Doutora Daniele Bittencourt, que tem uma clínica Integrativa em Ipanema que oferece tratamentos com ozônio de prevenção e focados na qualidade de vida. Eu posso não estar mais saindo para trabalhar à noite de quinta a domingo, mas toda segunda de manhã, eu acordo sabendo que a minha agenda está cheia de trabalho.
Acredito que, pelo meu histórico de sempre precisar me adequar e trazer soluções rápidas para qualquer desafio, eu consegui não enlouquecer e buscar uma solução rápida para os boletos que batem na porta todo mês.
Estamos diante de um cenário super delicado no nosso país, na sua opinião qual é importância de criar nesse momento projetos profissionais na área de eventos, o que isso agrega? Vivemos o pior momento da pandemia e vivemos o pior momento no cenário de entretenimento no nosso país. De um lado, precisamos manter o distanciamento social, o uso de máscara e sermos rigorosos quanto a proliferação desse vírus. Por outro lado, temos uma classe trabalhadora, honesta e que paga seus impostos definhando em praça pública. A única solução é vacinar toda população o mais rápido possível e aguardar medidas efetivas do poder público para uma retomada consciente e ágil. No Rio de Janeiro, existe um comitê científico que agora está conseguindo ter voz, após quase um ano, de quais medidas realmente precisam ser tomadas. Sobre criar projetos de eventos, o que eu e meus parceiros profissionais temos feito é seguir as orientações e protocolos, nem sempre claros, sobre como realizar eventos de forma segura e assim tentar movimentar um mercado totalmente descapitalizado.
Mas essa situação toda só me faz lembrar um trecho das canções de Caetano Veloso e nada mais.
“Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Será que nunca faremos senão confirmar
Na incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos”
Estamos vivendo em novos tempos, falando e discutindo pautas muito importantes para a sociedade, de fato estamos a caminho de uma “Nova Era”. Como você se posiciona sobre isso, Gui? Quais são suas lutas? Dia desses eu vi uma entrevista com o Tony Ramos que, após se vacinar, ele falava sobre o “novo normal”, que ele não gostava deste termo, que ele prefere “voltar ao normal”. Eu penso igual. Trazemos mazelas enraizadas na estrutura de nossa sociedade que não serão solucionadas com a pandemia. O número de mulheres sendo agredidas por seus parceiros aumentou, continuamos sendo o país que mais mata LGBTQI+ no mundo e a população negra está longe de todas as oportunidades que deveriam ter por direito. Eu ainda acredito que o mundo será um lugar melhor e que um dia as pessoas serão respeitadas como devem e como merecem ser. No meu caso, em particular, ser assumidamente gay é um ato de resistência. Graças, exclusivamente, aos meus privilégios, graças à família maravilhosa e acolhedora que tenho e, graças às orientações que recebi de Marise (minha mãe), eu nunca me envergonhei de ser quem eu sou e nunca baixei minha cabeça para nenhum comentário homofóbico. Infelizmente, já aconteceu e, felizmente, eu soube lidar e responder, mas sei que não é com todos. A minha luta é não deixar que isso aconteça ao meu redor e eu até tenho paciência para explicar para quem está aberto para ouvir. Aqueles que você sabe que não estão interessados em mudar a forma equivocada de ver o mundo, eu mando logo ir à merda mesmo.
Durante a pandemia você mudou sua rotina, os exercícios físicos passaram a fazer parte, nasceu um novo Gui? Como está sua relação com a saúde física e mental e espiritual? Eu já vinha mudando o meu estilo de vida há um tempo. Antes mesmo da pandemia. Eu já tinha me apaixonado pelo Crossfit e, pela insistência e perseverança de um grande amigo e médico, o Dr. Lucas Costa, eu tenho, aos poucos, conseguido caminhar em direção à uma vida mais saudável. Meu histórico é péssimo. Bebida, cigarro e sedentarismo faziam parte da minha rotina quase diária e hoje eu tenho, dia após dia, conquistado novos caminhos que estão me levando para um lugar mais saudável. Já em relação à mente e ao espírito, eu tenho hoje uma equipe (risos) que me auxilia e me ensina bastante. O processo de autoconhecimento é para a vida inteira. Aprendi a respirar, aprendi a respeitar o tempo e o espaço do outro e continuo vivendo e sabendo que eu não sou o centro do mundo, mas que o mundo precisa de mim para mudanças positivas. Tenho a sorte de ter encontrado em meu caminho pessoas que me colocam para refletir e me auxiliam quando a saúde mental está sofrendo.
Quem é você na NOVA ERA Gui? Eu sou um cara apaixonado pela vida, pelo meu trabalho, pelos meus pais, irmãos, sobrinhos, tios, amigos e pela natureza. Acredito que hoje, sou melhor do que ontem e, graças a uma nova oportunidade que dei a mim mesmo, com o que aprendi hoje, serei melhor amanhã. Tenho muito orgulho da carreira que construí, mas sigo com o sentimento que ela começou ontem, que eu ainda preciso aprender muita coisa e fazer muitas outras. Fiquei um ano sem contato físico com pessoas da minha família, isso me fez muita falta mas, ao mesmo tempo, tive a oportunidade de poder me aprofundar nas relações com amigos que sei que serão para minha vida inteira. Continuo buscando acertar, mas não me cobro mais tanto quando erro. Um amigo bem importante na minha vida sempre me agradece pelo bem mais valioso que eu dou pra ele, que é o meu tempo, e é assim eu vou levando a vida. Com fé, amor e gratidão pelo tempo e a oportunidade de poder evoluir e viver.
Ter fé é? Acreditar que somos capazes de transformar vidas emanando boas energias ao universo e que isso começa dentro de casa.
E o amor? É o meu principal combustível para viver. Em especial, a Alice, a Luísa, o Pedro Henrique e a Laura, meus sobrinhos infinitamente amados.
2021 é o ano…? De dosarmos o olhar para dentro e olhar para o próximo. De deixar a nossa vaidade de lado e mostrar nossas vulnerabilidades. Ter empatia com quem não está bem e deixar de achar que o mundo gira ao nosso redor. É hora de mostrar que a gente é real. Com defeitos e qualidades… que somos de verdade.