COMPORTAMENTO: RESILIÊNCIA É A CHAVE PARA A SAÚDE MENTAL

O momento pelo qual passamos não é fácil e, dentre muitas coisas que são necessárias para enfrentar esse período, a resiliência talvez seja uma das mais importantes. Resiliência é um termo da física do qual a psicologia se apoderou. Essa característica é atribuída a determinados processos que as pessoas vivem e que explicam a superação das crises e adversidades individuais, assim como de grupos e, até mesmo, de organizações.

De acordo com a Terapia da Inteligência Multifocal, que analisa o caminho percorrido para a construção de pensamentos, criado por Augusto Cury, o grau de resiliência de uma pessoa depende do quanto ela é adaptável e demonstra prontidão em se superar, mesmo diante dos eventos contrários que possam surgir.

“Quando uma pessoa não é resiliente, não consegue suportar suas próprias adversidades e, com isso, pode ter problemas sérios como depressão, síndrome do pânico, ansiedade, entre outros sintomas psicossomáticos. A vida é feita de altos e baixos, os que conseguem entender esse movimento e não se abalam, têm maiores chances de se sentir seguro em meio à crise”, explica Camila Cury, psicóloga, presidente e fundadora da Escola da Inteligência.

COMO SER MAIS RESILIENTE

Assim como muitas habilidades emocionais, a resiliência não é uma aptidão inata do ser humano, mas pode e deve ser adquirida. Essa competência precisa ser trabalhada quando ainda se é criança. Permitir que os pequenos se frustrem, ensinar que algo dar errado ou fugir do que esperávamos faz parte da vida. Estimulá-los a buscar novas saídas e tentar novamente vai garantir que eles tenham uma atitude positiva diante dos problemas. Com isso, certamente serão mais seguros e mais bem sucedidos nos seus relacionamentos e em qualquer outra área de suas vidas.

Ser resiliente é ter a capacidade de se reinventar mesmo quando ouvimos um não, quando não temos o que gostaríamos e, também, nos momentos em que parece que não há saída para as situações difíceis. Todos passam por perdas, sejam as mais significativas, como perder um ente querido, ou perdas mais comuns do dia a dia, como não alcançar um objetivo, perder um compromisso, por exemplo, mas é preciso manter um pensamento de que elas andam junto com as mudanças. Toda perda, por menor que seja, gera transformações, então a pergunta que cada um precisa se fazer é: estou tenho facilidade de me adaptar a mudanças ou na menor possibilidade de acontecer algo fora do que se esperava sofro de maneira excessiva?

“Nosso desafio na vida é aprender que nossas perdas e frustrações são oportunidades de aprendizado e crescimento. É necessário que sejamos capazes de não desistir, ao contrário, aprender a gerenciar esses pensamentos e sentimentos é o que nos garantirá sermos mais assertivos para seguir a vida e tentarmos novamente”, finaliza Camila.