CINEMA: Os Homens do Oscar 2013 – Os concorrentes, filmes e reais chances de ganhar

É chegada a temporada de uma das maiores e mais esperada premiação do cinema: o Oscar, a estatueta dourada entregue desde 1927 para os melhores de cada categoria. Para assistir, concorrer e receber a estatueta desenhada pelo Diretor de Arte da Metro, Cedric Gibbons e confeccionada pelo escultor George Stanley desfilarão pelo tapete vermelho vários atores, atrizes, diretores e toda essa gente badalada, criativa e competente do trade cinematográfico. O  vencedor será anunciado nesse domingo 24 de fevereiro, direto do Dolby Theater, em Los Angeles, onde vamos conferir as emoções da 85ª cerimônica do Oscar. Mas aqui, no tapete vermelho da MENSCH, passarão somente os Homens do Oscar. Os candidatos a Melhor Ator da temporada 2013. Vamos a eles!


Daniel Day-Lewis – “Lincoln”

Daniel Day-Lewis pode fazer história na Academia, sendo o primeiro ator a levar para casa a terceira estatueta do Oscar. Será? Sem Daniel Day-Lewis não haveria, filme. Steven Spielberg revelou que só faria “Lincoln” se o astro inglês decidisse protagonizar o longa sobre o presidente norte-americano, que aboliu a escravidão no país graças a uma desgastante (e nem tão heroica assim) “batalha” por votos no Congresso. Daniel chegou a recusar a oferta através de uma carta, por crer que não poderia interpretar um personagem tão icônico, mas se Spielberg tem que agradecer a alguém pela mudança de ideia do ator, esse alguém é Leonardo DiCaprio. Sim! O argumento que DiCaprio usou ou se ele fez uma “inception” em Day-Lewis, ninguém sabe, mas fato é que o astro voltou atrás e o resto é, literalmente, História. Conhecido pela forma intensa como se prepara para seus personagens, Daniel Day-Lewis, que no set de “Lincoln” era chamado apenas de “Sr. Presidente”, investiu na sua transformação em Abraham Lincoln desde a postura curvada e até o timbre de voz (trabalhado e enviado secretamente para Spielberg), humanizando a figura política. O ator chegou a declarar que nunca sentiu um amor tão profundo por alguém que não conheceu e ao aceitar o prêmio do sindicato dos atores (SAG) por sua atuação como Lincoln filosofou: “Foi um ator quem assassinou Abraham Lincoln, e consequentemente, é apropriado que um ator tente trazê-lo de volta à vida de tempos em tempos”. Daniel Day-Lewis tem dois prêmios Oscar de melhor ator, um por “Meu Pé Esquerdo” (1989) e outro por “Sangue Negro” (2007).

Denzel Washington – “O Vôo”

Em “O Vôo” (“Flight”), Denzel vive o piloto de avião bad boy, Whip Whitaker, que acaba se tornando o herói do momento ao fazer um quase impossível pouso de emergência, que salvou 96 vidas, das 102 a bordo. O problema é que o comandante Whitaker estava sob o efeito de álcool e cocaína durante o vôo e quando se procuram culpados pela queda do avião, ele fica em uma situação delicada. Também dono de duas estatuetas, uma de melhor ator por “Dia de Treinamento”, em 2002, e outra de melhor ator coadjuvante por “Tempo de Glória”, em 1990, Denzel Washington se tornou o segundo ator negro a conquistar o prêmio (o primeiro foi Sidney Poitier) na história do Oscar. O astro acumula um total de seis indicações, mas se por um lado ele é veterano, por outro, faz mais de uma década que ele não concorre em alguma categoria da premiação.

Hugh Jackman – “Os Miseráveis”

Quando Hugh Jackman pensou em desistir de interpretar o ex-prisioneiro em busca de redenção, Jean Valjean, na versão cinematográfica do clássico da Broadway “Os Miseráveis” (três semanas antes das filmagens começarem), por acreditar que estava aquém do papel, ele provavelmente não imaginou que esse trabalho o levaria à sua primeira indicação ao Oscar na categoria melhor ator. Felizmente, a esposa do astro o convenceu a não abandonar o barco e encarar o personagem que o rendeu ainda o Globo de Ouro de melhor ator em comédia ou musical.

Hugh Jackman pode ser um novato entre os concorrentes ao prêmio, mas ele está longe de ser um estreante no Oscar. O versátil galã australiano, que canta, dança, sapateia e é eternamente lembrado como o Wolverine da saga da Marvel “X-Men”, foi o apresentador da 81ª cerimônia do Oscar, em 2009, com direito a números musicais ao lado de Zac Efron, das colegas de elenco em “Os Miseráveis”, Anne Hathaway e Amanda Seyfried, e até mesmo da diva Beyoncé. Na época, Hugh não foi indicado por sua atuação em “Austrália” (e até brincou com isso durante a abertura da cerimônia), mas foi aplaudido de pé pela plateia.

Bradley Cooper – “O Lado Bom da Vida”

Por mais difícil que pareça ver um homem esnobado, marginalizado, e nada sedutor nos olhos azuis de Bradley Cooper, é assim que o bonitão aparece em cena, mostrando do que é capaz em “O Lado Bom da Vida”. Aos 38 anos, ele debuta no Oscar como o recém-surtado Pat (que por pouco não foi vivido pelo ator Mark Wahlberg), personagem completamente diferente do autoconfiante Phil da comédia “Se Beber, Não Case”, que o revelou para o mundo. E para completar a emoção da estreia na premiação da Academia, Bradley ainda concorre na mesma categoria que seu ator favorito, Daniel Day-Lewis.


Joaquin Phoenix – “O Mestre”

Ele pode não ser galã como seus concorrentes, mas o controverso ator Joaquin Phoenix, de 38 anos, também tem uma carreira bem sucedida, que conta com um Globo de Ouro de melhor ator em comédia ou musical, por “Johnny & June” e até um Grammy de melhor trilha sonora, também por “Johnny & June”, filme em que deu vida ao lendário astro country Johnny Cash. Conhecido por interpretar personagens atormentados nas telas, seu também problemático Freddie Quell de “O Mestre” o levou à terceira indicação ao Oscar. As duas primeiras foram: melhor ator coadjuvante por “Gladiador”, em 2001, e melhor ator por “Johnny & June”, em 2006. Em outubro de 2003, o astro chegou a anunciar sua aposentadoria das telas, afirmando que passaria a se dedicar apenas à sua música, mas sua polêmica carreira de rapper parece não ter, digamos, “decolado” e Joaquin voltou aos filmes.

COADJUVANTES

Foi somente em 1937 que criou-se uma premiação para os atores que apesar de não interpretarem o personagem principal, tinha um enorme peso na narrativa do filme. Assim nasceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. As regras foram mudando ao longo dos anos na tentativa de ser mais justa a distinção. O primeiro ator a ganhar um Oscar de coadjuvante foi Walter Brennan, por sua interpretação no filme Meu Filho é Meu Rival. Veja abaixo quais os concorrentes desse ano. Nós já temos nossa preferência. E você, qual sua aposta?

 

Fontes: Cineclick, Globo.com, UOL

Acompanhe a MENSCH também pelo Twitter e nossa FanPage: @RevMensch e baixe gratuitamente pelo iPad na App Store.