Ser pai nunca foi ou será uma tarefa fácil. Educar em meio a tantas influências negativas e perigos é quase uma batalha. Saber se faz certo quando nega ou consente algo a um filho é praticamente um dilema diário. Mas ainda assim, há que consiga, por amor, intuição e exemplo, ser um bom pai, formar um bom filho e presentear o mundo com uma pessoa repleta de valores e princípios de fraternidade e respeito ao próximo. Nesta entrevista você perceberá que João Marinho, mesmo iniciando a paternidade ainda muito jovem, tendo muitos afazeres profissionais e curtindo a vida, soube fazer de Teto, um de seus dois filhos (o outro é uma menina), um bom menino, que tem no pai o grande exemplo de sua vida e a referência para o dia em que também, se tornar pai.
Quantos anos você tinha quando Teto nasceu? 25 anos. Como foi o impacto de ser pai naquele momento? Ser Pai muito novo mudou completamente minha vida. Me trouxe uma responsabilidade nunca antes experimentada. Passei a me concentrar muito mais no meu trabalho, pois inevitavelmente essa responsabilidade passou a ser um fator preponderante na minha vida. Qual a parte mais difícil? A parte mais difícil foi abrir mão da convivência dos meus amigos solteiros, pois a maioria não casou e não teve filhos na idade que tive. Também senti um peso muito grande de supostamente me tornar um chefe de família ainda muito novo.
O que você tem aprendido com seu filho? As lições são muitas, uma troca inesgotável de aprendizados e ensinamentos que certamente enriquecem os dois.
É difícil manter o controle do que dar acesso a Teto sem parecer que a vida é muito fácil? Como definir o valor das coisas? Do que pode ser dado e do que ele deve conquistar. Tento através de muito diálogo fazer com que ele entenda que o material não é o mais importante, por mais que sejamos cercados de uma vida muito confortável. Desde cedo, escolhemos, eu e Silvana, o Colégio Conviver, pois ali percebemos que o ensinamento condizia com valores muito mais importantes do que os valores materiais. A influência não e só dos pais, mas sim de um conjunto que formará o caráter dos filhos, tais como escola, família, amigo, etc.
Vocês têm uma relação de amizade, até pela pouca diferença de idade e pelos gostos, mas quando precisa assumir o papel de pai, como fica? Complicado. A distância é muito pequena, às vezes me sinto como um irmão mais velho, porem sei que não o sou. Por outro lado, tenho em casa um filho amigo, que hoje convive muito perto e que os meus amigos, também são seus amigos e vice-versa.
Acontece de um pedir conselho pro outro? Acredito que a palavra certa não seja conselho, estamos sempre conversando e opinando um na vida do outro. Coisa de amigos.
Qual a maior qualidade e o que você ainda gostaria de mudar nele? Não gostaria de mudar nada nele e acho que a sua maior qualidade é a sinceridade. Muitas vezes chega a ser surpreendente a forma como ele fala de certas coisas que muitos filhos não falariam para seus pais.
Qual a maior lição que você quer deixar para seu filho? A maior lição é que a vida deve ser vivida com muita felicidade, contanto que essa felicidade não prejudique outras pessoas.
Seu pai é charmoso e faz sucesso entre a mulherada. Da sua parte rola um certo ciúme de ter um pai cobiçado ou rola um orgulho? Orgulho, com certeza! Ter um pai como o meu é para poucos, e se faz sucesso entre as mulheres é porque ele é uma pessoa diferenciada. Nunca rolou ciúmes não, nós levamos esse tema na brincadeira.Teto, o que você mais curte no seu pai? Nossa relação. Diferentemente da maioria dos casos, eu e meu pai temos, além da normal relação entre pais e filhos, uma relação de fraternidade. Nós nos tratamos como irmãos, com todo respeito, claro.
Quando você olha para o seu pai pensa em ser como ele quando você também for pai? Com certeza. Pretendo ter com meu filho uma relação muito parecida com a que eu tenho com meu pai. É algo realmente incrível de se ter, e espero que meu filho se orgulhe de mim assim como me orgulho do meu pai.
Acontece de um pedir conselho pro outro? Sempre. Prezo muito a opinião dele e sempre considero seus conselhos antes de tomar decisões.
João sempre foi muito baladeiro. Tem os gostos parecidos? Acho que os pais sempre influenciam os filhos, e ter um pai baladeiro com certeza me levou para o mesmo caminho. Curtimos praticamente tudo juntos!
Qual seu estilo de vestir? Alguma influência de seu pai no seu gosto? Com certeza! Nosso guarda-roupa é praticamente o mesmo, gostamos do mesmo estilo, mesmas lojas.
O que dizer para seu pai no Dia dos Pais? Pai, meus Parabéns continue sendo essa pessoa especial que eu admiro tanto! Tenho muito orgulho de ser seu filho.