Desde quando recebeu a faixa de Miss Brasil em 2019 a mineira Júlia Horta viu sua vida mudar de uma forma que ela jamais imaginou. Assim como ela também não imaginou como seria sua vida pós-concurso. Que por sinal vai muito bem. Formada em Jornalismo e sou apaixonada por comunicação Julia virou palestrante, se apresentou no TedTalk, e tem investido cada vez mais no seu trabalho como consultora de imagem. “Eu ajudo pessoas que querem transformar sua mensagem em lucro”, comentou ela ao longo dessa entrevista para a MENSCH. Deixando os estereótipos de lado, Julia prova que concurso de beleza é só mais uma oportunidade de sucesso, que no caso dela, vai muito mais além.
Júlia, como ficou a vida pós-Miss Brasil? O que ficou de positivo e negativo (se é que houve)? Após o Miss Brasil muitas oportunidades surgiram. Eu palestrei em um TedTalk, representei o país no maior concurso de beleza do mundo, fiz inúmeras palestras pelo Brasil, apresentei um programa de TV e o meu trabalho como influenciadora digital cresceu muito. Eu tinha um propósito claro quando participei do concurso e me preparei muito para aquele momento. O Miss surgiu então como uma plataforma que amplificou o trabalho que já estava fazendo como comunicadora e influenciadora. Só tenho motivos para ser grata.
Passada a fase, em algum momento se sentiu julgada pela beleza e o título para conquistar novos espaços e respeito? Acredito que o estereótipo de Miss como apenas uma mulher bonita – esteticamente falando – ainda está na cabeça de muita gente. Como me tornei a primeira Miss a palestrar em eventos de todo o país, confesso que no começo eu sentia esse julgamento. As pessoas não acreditavam que eu tinha algo realmente bom pra compartilhar. Me viam no palco e questionavam. Mas, nada com uma construção bem feita de posicionamento e muito trabalho consegui mudar e hoje creio que isso aconteça muito raramente.
Olhando friamente com olhos atuais, como você enxerga o futuro dos concursos de beleza? Eu me orgulho de ver o quanto os concursos tem buscado evoluir junto com a sociedade. Não existem regras como as de antigamente. Hoje não tem medidas a serem atingidas, mulheres casadas e mães não são impedidas de participar e o que buscam na vencedora é uma mulher bonita em essência. Alguém que possa ser uma porta-voz da sua comunidade, representar causas, projetos e inspirar debates. Uma líder!
Trazer conteúdo. Talvez essa seja a grande questão de quem quer trabalhar com imagem e ter seu reconhecimento. Concorda? Como você trabalha isso? Concordo. Como falei na pergunta sobre os julgamentos, a autoridade é construída com posicionamento e trabalho. Conteúdo que gera valor para outras pessoas faz com que elas não se esqueçam de você. O meu objetivo como influenciadora é gerar impacto positivo na vida das pessoas, servir.
Hoje você trabalha com consultoria de imagem, administração de conteúdo, carreira e comunicação. É isso? Como começou tudo isso? Eu sou formada em Jornalismo e sou apaixonada por comunicação desde que me entendo por gente. Consigo enxergar o poder de transformação que ela tem. Entretanto gosto de lembrar que comunicação é muito mais do que a fala. Engloba nossos gestos, postura, tom de voz, as escolhas de look, de imagem, a forma como olhamos e ouvimos outras pessoas. Saber como levar a nossa mensagem pro mundo de forma magnética, influente e autoconfiante muda o jogo. Ainda mais em um contexto digital. Isso aconteceu comigo e hoje ensino meu método para que outras pessoas possam transformar suas vidas também.
E como funciona o efeito magnético que você costuma aplicar? O Efeito Magnético é o nome do meu curso de comunicação. Nele trabalho 8 pilares: Propósito, PSAR (que é a teoria sobre o poder dos pensamentos), Preparo, Postura, Posicionamento, Produção de Conteúdo, Propagação e Prática. Dentro de cada um desses pilares eu trabalho todas as ferramentas que considero necessárias para conquistar a tal comunicação magnética, que capta a atenção das pessoas, te posiciona como autoridade, tem o poder de influenciar, aumenta o número de seguidores e vende mais.
Num universo repleto de influencers como é hoje em dia, como se destacar? Como seguir o caminho certo? Sendo autêntica, intencional e estratégica. Não dá pra querer ser como outras pessoas, a nossa singularidade é nosso poder. Além disso, não dá pra brincar de influenciar. Ser influenciadora é trabalho sério, que existe responsabilidade, dedicação e visão estratégica.
Como tem sido seu trabalho de mentorias. Quem são seus clientes-alvo? Tem sido muuuito especial! É meu propósito ajudar outras pessoas a levar sua mensagem pro mundo de forma que possam conquistar seus sonhos. Eu ajudo pessoas que querem transformar sua mensagem em lucro, que desejam desenvolver uma comunicação magnética, autoconfiante e influente para se posicionarem como autoridade, aumentar seus seguidores e faturar mais.
E como é o nível de exigência de você com você mesma? Tanto no trabalho quanto com o visual/físico? Sou ariana, me cobro muito! No físico nem tanto, consegui achar um bom equilíbrio. Mas, sou uma chefa brava no trabalho viu? Ser empreendedora não é mole. A gente fala de liberdade de tempo, geográfica e de dinheiro, mas muitas vezes nós mesmas nos aprisionamos. Estou sempre na busca por equilíbrio. Me dedicar, mas me permitindo descansar quando precisar.
Hoje em dia do que você não abre mais mão? De tempo de qualidade com a minha família, de me exercitar, de ter meu momento conectada com Deus, de viajar e de ter liberdade de organizar minha agenda.
Onde recarrega as baterias? Onde procura relaxar? Em casa. Eu amo meu cantinho. Também amo estar perto do mar e com as pessoas que eu amo. Elas me nutrem!
Quais os planos daqui pra frente? Quero seguir viajando pelo Brasil palestrando, ter cada vez mais alunas e mentorandas, seguir aprendendo cada vez mais para conseguir compartilhar sempre o melhor de mim. AHHHH, e vem casamento por aí. Spoiler: março do ano que vem. Começarei a construir o que de verdade é meu maior sonho: minha família.
Fotos Márcio Farias
Beleza Daianne Martins