CAPA: MAURÍCIO DESTRI AGITANDO TODAS EM “RENSGA HITS!”

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A capacidade de se reinventar constantemente, mergulhando em universos tão distintos faz de Maurício Destri um artista versátil e sem medo de ousar. Pra quem já foi um príncipe, um vilão dos bons, e agora ser um divertido cantor sertanejo (na série Rensga Hits!) não nos surpreende. Ele sempre tira de letra! Seu personagem Enzzo Gabriel promete trazer ainda mais tensão, comédia e drama à trama. E Maurício se diverte no meio de tudo isso. É pura realização para esse jovem ator de 33 anos, nascido em Santa Catarina e que tem chamado cada vez mais atenção a cada novo trabalho.

E vamos lá receber o Enzzo Gabriel de volta na nova temporada de Rensga Hits. O que podemos esperar do Enzzo nessa nova temporada? Na nova temporada de Rensga Hits, o Enzzo Gabriel promete trazer ainda mais tensão, comédia e drama à trama. Após o desfecho da temporada anterior, podemos esperar que ele continue a explorar o lado mais competitivo e ambicioso do mundo da música sertaneja. Ele vai enfrentar novos desafios profissionais e pessoais, talvez, envolvendo novos relacionamentos ou parcerias musicais que irão testar seus limites. Além disso, o desenvolvimento emocional do personagem pode ser aprofundado, revelando camadas mais complexas de sua personalidade e suas ambições.

Você já era familiarizado com esse universo sertanejo antes da série? Eu nasci em Santa Catarina e minha mãe gostava muito de ir a shows de músicas sertaneja e sempre a acompanhava nos bailões, como se dizia. Eu gostava de dançar também, me acabava no vanerão. 

Como foi compor esse personagem? Que referências tomou? Foi revisitar a minha infância. Eu brincava com meus colegas de construir instrumentos de madeira e papelão e latas de tinta, para assim me imaginar cantando para milhares de pessoas. 

E sobre cantar, foi sua primeira experiência na dramaturgia? Como foi esse desafio? E já tive esse desafio em Os Dias eram Assim onde dou vida a um artista transgressor da época – Leon, inspirado em Dzi croquetes e Ney Matogrosso. Ali foi o início da descoberta que poderia, sim, cantar. 

Olhando sua trajetória desde sua estreia na TV, você já teve uma grande diversidade de personagens. De príncipe a astro do sertanejo. O que mais lhe desafia nisso tudo? A capacidade de se reinventar constantemente, mergulhando em universos tão distintos. Cada personagem exige um estudo profundo e muita dedicação. Seja na preparação vocal e corporal para viver um cantor sertanejo ou no rigor técnico e emocional de interpretar papéis mais tradicionais. Além disso, o desafio de manter autenticidade em cada papel, sem cair em estereótipos, e pela necessidade de se adaptar a diferentes gêneros e tons narrativos – comédia, drama. A diversidade é o que me estimula, fascina e me dá tesão. 

Ser muito diferente do personagem ajuda mais do que atrapalha? Como lida com isso? Os personagens sempre vão ter um pouco de mim, eu empresto sempre um pouco de mim das minhas experiências, desejos, sonhos e expectativas. É misturar-se eternamente numa busca incessante de se autoconhecer através da minha arte. Sou feliz de ser artista. 

Paralelo ao trabalho na série, você também está na série Luz como o professor Gael Sanches. Como foi participar desse trabalho e como foi encarar o Gael? Que desafios ele lhe trouxe? Realizar o sonho de contar uma história para crianças. Meu filho vai ver quando estiver com mais idade. Luz é recomeço de uma trajetória de 11 anos, trabalhando na TV Globo e ter a possibilidade de fluir dentre os meios de entretenimento. Um reencontro com diretor Thiago Teitelroit que, quando comecei a pensar em fazer televisão, fui acolhido por ele e assim respeitado dentre o que tinha de melhor para oferecer naquele momento. Foi um grande prazer estar nessa série. 

Na novela A Lei do Amor, de 2016, você viveu seu primeiro vilão. Como foi pra você deixar essa cara de bom moço de lado para interpretar alguém não legal? O que é mais desafiador para você como ator? Ali tive a oportunidade de trazer um personagem mais complexo. O Ciro na fase jovem vivia um romance intenso e conturbado com a personagem Vitória (Sophia Abrahão) sendo parte de um triângulo amoroso com Magnólia (Vera Holtz), que representava sua sogra e também amante. A história era maravilhosa. Consegui trazer ali um Ciro com camadas, deixando de lado personagens mais sensíveis e sutis os quais já tinha representado. Foi uma aposta da Denise Saraceni e da Natália Grimberg – consegui demonstrar a ambição, o charme e, ao mesmo tempo, a vulnerabilidade do personagem. Tinha sutilezas, emoções conflituosas principalmente em relação às suas escolhas amorosas e seu envolvimento com o mundo sombrio de intrigas familiares e interesses financeiros. Tinha tensão e mistério entre o passado e o presente do personagem. 

E no meio da gravação dessas duas séries atuais, você ainda se dividia com a criação do pequeno Valentim. Como é encarar esse papel de pai? Valentim está me tornando um homem consciente de si, me mostrando a potência do que é se auto-conhecer, acreditar, ter fé, paciência e perseverar nos sonhos e nos desejos que temos nessa vida. Valentim é meu maior amor. 

Que aprendizados você teve que procura, ou pretende, passar para seu filho? Eu não sabia que tinha tanta capacidade de amar alguém assim. Quero que ele saiba que na vida não precisa agradar aos outros para ser feliz. 

E sim, está dentro de nós a felicidade. Quanto mais consciência de si, mais saudável seremos. 

Quando sobra tempo livre o que curte fazer por você? Onde recarrega as baterias? Tenho um sítio em Paraty que construí na pandemia. Coloquei em prática todos os ensinamentos que meu avô pedreiro me ensinou e deixou. Volto pra lá sempre que preciso de um axé e um banho de cachoeira.

Quais os planos a curto e médio prazo? Produzir cinema, cinema, cinema, e teatro, teatro, teatro.

Fotos Priscila Nicheli

Styling Samantha Szczerb 

Beleza Igor Leite

Agradecimentos Amil Confeccoes, Algobão, Bormam, Raffer, OTT, Ellus e Plaxmetal