CAPA: GABRIEL SATER, O VIOLEIRO MAIS ATOR DO BRASIL

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Muito mais do que carregar o DNA do violeiro mais genial do país, Gabriel Sater, mostra que chegou para ficar e traçar seu próprio caminho. Desde o sucesso estrondoso do remake de Pantanal e ter sido vencedor de um dos maiores prêmios da música – (antigo prêmio Sharp), e ter duas indicações para o Grammy Latino, não parou mais de reverberar sua música de qualidade. Agora, se prepara para um projeto junto com o maestro João Carlos Martins. No meio dessa agenda, mais do que atribulada, ele recebeu a repórter Patrícia Alves para um ensaio e um papo onde contou com exclusividade as novidades de sua carreira. 

Por Patrícia Alves

Como foi encarar o remake de Pantanal? Foi um presente de Deus, te confesso que nunca rezei tanto (risos). Nunca quis tanto um personagem como o Xeréu Trindade. E, claro, foi uma grande missão. Sabia da responsabilidade e da expectativa em torno deste remake. O elenco foi maravilhoso e a experiência incrível, levo para a vida com um carinho enorme tudo que a novela e o personagem me proporcionou.

O que ainda não fez na TV e gostaria de fazer? Amo atuar e fazer novelas. Falando em remakes, que eu adoro, adoraria fazer Tieta, que vai voltar a passar na TV. Uma obra prima, uma das melhores novelas que não canso de assistir. Quem sabe um personagem como o Osnar…(ele sorri ao falar). Seria uma grande virada de chave.

Como foi a cena do duelo de viola com seu pai? Foi uma grande emoção e uma enorme responsabilidade. Foi a sequência que marcou minha despedida na novela. Foi um dos assuntos mais comentados do twitter. E meu pai não facilitou para mim não (risos). Ele apesar de admirar meu trabalho, saber que toco violão erudito, criou vários enfrentamentos musicais. A luz e a direção fizeram deste momento emblemático e histórico na TV. Me arrepio até hoje ao assistir.

Desde Pantanal você virou um sex symbol e quando a novela estava no ar nem conseguia sair às ruas por conta do assédio feminino. Como encarou este momento? Menina, foi uma enorme surpresa. Não tenho, nem nunca fui o mais bonito, sexy ou cobiçado. Sempre fui o tímido e comilão. Era gordinho na adolescência… Mas, o personagem realmente despertou este lado, e me senti vaidoso, mas sempre mantendo minhas raízes e pés no chão. Mas, claro que foi um momento de grande autoestima para mim.

Você é extremamente discreto em sua vida pessoal e preserva sua intimidade. Me fale mais sobre isso… Sou casado há 18 anos e moro no meio do mato (risos). Preservo demais minha intimidade. Sei que casamento precisa de privacidade e o dobro de atenção da parte masculina para dar certo. A minha esposa, Paula, sempre foi minha base, meu alicerce, minha luz. Foi um pedido dela desde o começo da minha carreira. Ela não é pública e não queria ficar exposta. Vivo com meus bichos, minha horta e meu grande amor. Sinto-me completo e muito feliz com ela e onde chegamos. Sou grato à vida diariamente.

Como foi fazer o ensaio para a MENSCH? Não sou modelo e fiquei extremamente honrado com o convite. Uma revista que tanta gente bacana faz e que completa 13 anos me querer na capa (risos),  foi um presente. A equipe foi muito generosa e, desde o início, nos demos muito bem, uma sinergia enorme. Estou louco para ver o resultado.

Falando em música erudita você está com um projeto junto ao maestro Joao Carlos Martins. Como será esta nova empreitada? Gravei em uma live com o maestro a música: “Amor de índio”. E foi uma das maiores repercussões da minha carreira. Desde então brinco que a música amor de índio está para mim como o hit “chalana” está para o meu pai. Estamos planejando um show e um DVD juntos para o ano que vem. Sou fã do maestro e de sua trajetória e será a realização de um sonho. Só tenho a agradecer, a vida tem sido muito generosa comigo.

Como é ser um violeiro em um país dominado por ritmos como funk, pop, samba? Acho que é sempre mais difícil… Respeito todos os ritmos e culturas. Mas, não é fácil fazer sucesso no Brasil sendo músico. Escolher tocar violão erudito, então, é um caminho ainda mais árduo. Imagina ser violeiro. Embora muitos me considerem um, acho que ainda tenho muito a estudar em relação à viola. Violeiro é meu pai, aliás, um dos maiores que conheço. Eu ainda estou aprendendo e me aprimorando na viola. Mas, chego lá…(risos)

Pouca gente sabe, mas você é apaixonado por animais, tem oito cães e sonha em abrir uma ONG. Nos conte um pouco mais sobre esta vertente que poucos conhecem. Amo animais! Sou filho do Pantanal. Cresci lá, depois que meu pai comprou um pedacinho de terra lá. Me sinto profundamente triste vendo as mudanças climáticas assustadoras, a seca e as queimadas. Sou filho de uma mãe bióloga, criei um recanto para animais aqui em São Paulo e todos os meus cachorros são adotados. Minha família é a Paula, minha esposa, e meus 8 pets. Não consigo imaginar meu lar sem nenhum deles. É amor demais! 

Em seus shows você mistura clássicos com releituras de grandes sucessos? Sim, são 20 músicas no show. É um passeio onde procuro equilibrar músicas autorais e releituras. Vai desde Casinha Branca, Cavalo Preto e Erva Doce…

Fotos Glauco Epov (@glaucoepovfotografia)

Beleza Drika Lopes (@drika_lopes)

Produção Flavinha Viana (@flavinhacvina)

Assistente de produção Fernanda Fernandes (@fefas_ramos)

Agradecimento Victoria Alta Costura (@victoriaaltacostura) e Charles Herman (@charlesshermann)