O pernambucano Toinho Mendes é o tipo de pessoa que, por si só, já fala por tu e por todo mundo ao teu redor. Prova disso é essa entrevista em que ele fala pelos cotovelos, mas dá gosto de ler! Não perca o ânimo pra ler toda a entrevista. Te garantimos que será uma aula de cultura regada a muito humor e arte por toda parte. Poeta, escritor de causos, agente cultural, cerimonialista… Tudo isso e mais um pouco foi o motivo dele estar aqui nesta entrevista arretada para a MENSCH. Vá, se aveche não e leia com carinho a entrevista de Toinho.
Por André Porto / Fotos Bruno Maia
Toinho, de onde tu vem? Pra onde tu vai? Nascido em meio ao calor humano da Princesinha do Agreste, Limoeiro, Pernambuco, trago em meu DNA a força do matuto e a leveza do loiro de olhos azuis que, por vezes, me confundem com um estrangeiro. Sou um paradoxo ambulante, um contraste que se complementa. Afinal, a vida é um palco de surpresas, e eu, um ator e poeta que se reinventa a cada novo ato.
Formado em Biologia pela Universidade Federal de Pernambuco, em 2007, a ciência me fascina, me instiga a desvendar os mistérios da vida. Mas a arte… Ah, a arte me completa, me liberta, me permite voar sem asas. A poesia, os versos, as rimas, são o meu refúgio, a minha forma de expressar a alma, de tocar o coração das pessoas. Professor por vocação, cientista por curiosidade, poeta por paixão, ator por desprendimento, repentista por desafio, compositor por inspiração. As palavras são minhas ferramentas, a cultura popular, minha musa. Do repente improvisado na feira ao cordel declamado no palco, levo a tradição nordestina em meu peito, com orgulho e emoção.
Carreguei caixas, limpei chão, já busquei muita “lavagem” na casa de vizinhos e também assinei documentos. A vida me ensinou a humildade, a valorizar cada passo, cada conquista. E em cada experiência, em cada desafio, a arte me acompanhou, me guiando, me inspirando, me mostrando que a vida é uma tela em branco, e nós, os artistas que a pintamos com cores vibrantes, emoções intensas e histórias inesquecíveis.
De Limoeiro para o mundo, levo comigo a força do meu povo, a riqueza da minha cultura, a paixão pela vida e pela arte. E, em cada verso, em cada rima, em cada ato, deixo um pouco de mim, um pedaço da minha alma que pulsa forte, como um grito de liberdade, como um canto de esperança, como um abraço apertado na alma de quem me ouve, de quem me lê, de quem me vê.
Como nasceu o poeta Toinho? Fui parido no Cais do Sertão! Um lugar que pulsa poesia, onde a alma do sertão encontra o coração do Recife. Foi ali, nos corredores daquele centro cultural vibrante, que o poeta Toinho Mendes nasceu. E eu, guardarei para sempre a emoção daquele momento. Naquela época, eu tinha a honra de ser o gerente do Cais do Sertão. Dia após dia, me encantava com a beleza daquele espaço, com a energia dos artistas que por ali circulavam. Observava os poetas, cantores e repentistas, declamando seus versos, improvisando rimas, enchendo o ambiente com a magia da cultura popular.
E havia um lugar especial, um cantinho mágico que me atraía como um imã – a Caixa de Poesia. Era ali que a poesia se manifestava em sua forma mais pura, brotando da alma dos artistas, contagiando a todos com sua beleza e emoção. Foi nesse cenário inspirador, em meio aos versos e rimas que ecoavam pelos corredores do Cais do Sertão, que eu despertei para a poesia, com uma frase “Eu acho que sei fazer isso!”. Observando, ouvindo, sentindo. E como era fácil se entregar à poesia naquele lugar! Afinal, o Cais do Sertão é um berço de inspiração, onde a arte se manifesta em cada canto, em cada detalhe.
Falando nisso, você passou um bom tempo no Cais do Sertão. Como chegou até lá e como foi essa experiência? A vida, meus caros, é uma caixinha de surpresas! Quem diria que este professor, amante da educação e mestre em disseminar conhecimento, um dia se tornaria um poeta de mão cheia? Pois é, a história é mais ou menos assim…Dediquei anos da minha vida à nobre missão de ensinar, de semear a sabedoria, inclusive participando da coordenação da implantação do Programa Ganhe o Mundo aqui em Pernambuco. Mas, como diz o ditado, “quem não arrisca não petisca”! Em 2014, resolvi dar uma guinada na carreira e me aventurei pelos caminhos do turismo, na Secretaria de Turismo, durante a gestão de Felipe Carreras.
Foi na EMPETUR que o destino cruzou meu caminho com o de Ana Paula Vilaça, uma figuraça que me abriu portas para um universo totalmente novo. Eu, um professor dedicado à gerência de planejamento, me vi desafiado a conduzir um cerimonial! E não é que levei jeito para a coisa? Descobri ali um talento adormecido para a comunicação, uma paixão por me expressar, por conectar com as pessoas através das palavras. E como a vida é uma caixinha de surpresas, essa paixão me levou direto para o mundo da poesia, dos versos e das rimas. Afinal, nada como um bom poema para dar asas à imaginação e tocar a alma, não é mesmo?
E por falar em alma, agradeço de coração à Ana Paula Vilaça, que sempre me incentivou, assim como a todos ao seu redor, a exercitar a criatividade. Foi ela quem me deu o empurrãozinho que faltava para desbravar esse lado artístico que eu nem sabia que existia! Digo a todo mundo que a culpa por tudo isso é dela! E como se não bastasse, o destino ainda me presenteou com a amizade de Mustafá Dias, na Prefeitura do Recife. Com ele, aprendi a lapidar minhas habilidades e a usar a poesia como ferramenta de transformação.
Moral da história? Amizades verdadeiras são como fertilizantes para a alma – nos nutrem, nos inspiram e nos impulsionam a crescer. E o respeito por aqueles que nos incentivam é a chave para que possamos voar alto e realizar nossos sonhos. Afinal, a vida é muito curta para deixarmos de lado a poesia que existe dentro de cada um de nós!
Você sempre esteve envolvido com a cultura local. O quanto isso é importante e faz parte do seu DNA? Recife, ah, Recife! A capital pernambucana, meu lar, meu aconchego. Essa cidade fervilhante de cultura me abraçou de um jeito que só vendo! Desde que cheguei, me joguei de cabeça nas artes, nos eventos, nos festivais… Mas, no fundo, no fundo, sabe, sempre senti um chamado diferente, um chamado lá do interior, um xaxado no coração! É que, veja você, apesar de toda a riqueza cultural da metrópole, as tradições interioranas, principalmente as do São João, sempre mexeram comigo de um jeito especial. Aquele cheiro de fogueira, de milho assado, o som da sanfona, da zabumba e do triângulo… é de arrepiar! E o repente, então? Ah, o repente! Uma poesia que nasce ali, na hora, pura improvisação, uma batalha de rimas e versos que me fascinava desde criança.
Mas, meu amigo, acredite se quiser – eu, que sempre adorei o repente, nunca imaginei que carregava dentro de mim um repentista nato! Achava que era só apreciador, um mero ouvinte encantado com a magia daqueles poetas matutos. Engano meu! Foi só pisar no Cais do Sertão, sentir aquela atmosfera mágica, que a veia poética pulsou forte e os versos brotaram! Descobri um talento escondido, uma habilidade que eu nem sabia que tinha. E agora? Agora, tô aqui, rimando e improvisando, que nem canário na gaiola! ♫♪
Quem diria, hein? O “bichinho do repente” me picou de jeito! E tudo isso graças ao Cais do Sertão, que me proporcionou essa descoberta incrível e me Reconectou com minhas raízes interioranas.
O que o Sertão tem tanto a nos ensinar? Ah, o sertão… essa terra de encantos e mistérios, de belezas brutas e sabedoria ancestral! É um lugar que nos convida a desacelerar, a contemplar a imensidão do céu estrelado, a ouvir o silêncio que guarda mil histórias. O sertão, meu amigo, é um mestre da vida, com lições valiosas para nos ensinar. No sertão, aprendemos a força da resiliência, a capacidade de florescer em meio à aridez, de resistir aos desafios impostos pela natureza. Observamos a sabedoria do povo sertanejo, que, com sua simplicidade e criatividade, transforma dificuldades em oportunidades, e escassez em abundância.
No sertão, aprendemos a valorizar a água, cada gota que cai do céu é uma bênção, um presente da vida. Aprendemos a respeitar o tempo, a observar os ciclos da natureza, a entender que tudo tem seu momento certo para acontecer. E como traduzir essa riqueza em poesia? Como usar os versos para tocar a alma das pessoas e contribuir para uma vida melhor? A poesia, meu caro, é a linguagem da alma, é a expressão dos sentimentos mais profundos, é a ponte que conecta corações. Com ela, podemos traduzir a força do sertão, a beleza da sua gente, a sabedoria dos seus costumes.
Através da poesia, podemos levar esperança para os corações cansados, despertar a força interior adormecida, acender a chama da fé e da perseverança. Podemos cantar a beleza da vida simples, a riqueza da cultura sertaneja, o valor da amizade e da solidariedade. Com a poesia, podemos criar um mundo de sonhos e emoções, onde a aridez se transforma em poesia, e a esperança floresce em cada verso. Podemos inspirar as pessoas a superarem seus desafios, a encontrarem a beleza nos pequenos detalhes, a valorizarem a vida e a construírem um futuro melhor.
De Pernambuco para o mundo! Literalmente. Como foram as experiências fora do Brasil? Que aventura incrível! Essa experiência no sudeste asiático, com certeza, transcendeu a sala de aula e os livros didáticos. Timor Leste, Indonésia, Tailândia, Vietnã, Malásia… cada país com suas cores, culturas, aromas e sabores, me fez mergulhar numa verdadeira imersão em um mundo completamente diferente! Esses três anos vividos fora do Brasil foram um presente para a alma, uma oportunidade única de expandir meus horizontes e conhecimentos, e quem vê cara não vê coração porque nunca imagina que eu já tenha andado tanto e o fato de conhecer novas culturas, de se conectar com pessoas de diferentes origens e de vivenciar realidades tão distintas nos faz mudar, por vários motivos, especialmente, filosoficamente.
Imagine só, trilhar os caminhos percorridos pelos portugueses séculos atrás, desbravando o sudeste asiático em busca de vestígios da nossa história! Pra mim experiência rica e inspiradora! E pensar que tudo isso foi proporcionado pela educação! É a prova de que o conhecimento é a chave que abre portas para um mundo de oportunidades, que nos impulsiona a realizar sonhos e a alcançar lugares que jamais imaginaríamos. A educação para mim é a base de tudo! Ela nos transforma, nos liberta, nos conecta com o mundo e nos permite construir um futuro melhor. E meu sonho é que essa trajetória inspire outras pessoas a seguirem seus sonhos, a buscarem o conhecimento e a desbravarem o mundo, nem que seja o de dentro de si mesmo.
Você fala várias línguas. Como começou a desbravar novos idiomas? O que te move a isso? É incrível como a gente, às vezes, encontra o nosso caminho de um jeito totalmente inesperado, né? Sempre fui comunicativo, isso é fato. Mas descobrir essa paixão por idiomas, essa sede por desbravar novos mundos através das palavras… ah, isso foi algo que me transformou!
Imagine só – um garoto de nove anos, em uma época em que o inglês ainda era um bicho de sete cabeças para a maioria das pessoas, soltando frases que ouvia a noite inteira em rádio de pilhas alcalinas! Meus pais, coitados, não entendiam nada! Analfabetos, criados em um mundo onde a comunicação se dava, principalmente, através da oralidade, eles achavam que eu tinha algum problema, que estava “bodejando”, como meu pai costumava dizer. Chegaram a me levar no psicólogo! Enquanto meus amigos iam para a Fisk, eu ia para o divã, tentando explicar para o doutor que não tinha nada de errado comigo, que só gostava mesmo era de falar inglês!
Mas sabe de uma coisa? No fundo, no fundo, eu até gostava dessa sensação de ser diferente, de ter um “superpoder” que ninguém mais tinha. Eu amava ficar ouvindo os LPs de Frank Sinatra, Paul Anka, The Monkeys… Traduzia as letras das músicas, decorava cada palavra, cada frase, cada melodia. Era como se estivesse desvendando um código secreto, abrindo portas para um universo mágico e cheio de possibilidades.
E essa paixão só cresceu com o tempo! A cada novo idioma que aprendia, um novo mundo se abria diante de mim. As palavras se tornaram minhas aliadas, pontes que me conectavam a diferentes culturas, diferentes formas de pensar e de ver o mundo. E foi assim, desbravando o mundo através dos idiomas, que me tornei quem eu sou hoje – um cidadão do mundo, um apaixonado pela comunicação, um eterno aprendiz. E pensar que tudo começou com um garoto “bodejando” em inglês, ouvindo música no seu quarto! A vida é realmente cheia de surpresas, não é mesmo?
Hoje em dia, diversas empresas lhe procuram para ser mestre de cerimônia. Como começou isso e a que se deve esse sucesso no meio empresarial? Trazer a cultura para o mundo corporativo através da improvisação e da poesia é como criar uma ponte entre dois mundos que, à primeira vista, podem parecer distantes. É como dar um toque de alma, de emoção, de espontaneidade a um ambiente que, muitas vezes, é marcado pela formalidade e pela rigidez.
E é exatamente isso que faz do meu trabalho como mestre de cerimônias algo único e especial. Imagine um evento corporativo onde, além das tradicionais apresentações e palestras, os participantes são surpreendidos com rimas e versos improvisados, que contam histórias, celebram conquistas e homenageiam personalidades. Com a poesia, consigo criar uma atmosfera mais leve, descontraída e receptiva, tornando o evento mais memorável e impactante. As pessoas se sentem mais envolvidas, mais conectadas, mais propensas a interagir e a participar ativamente.
E como começou essa história? Bem, tudo começou de forma despretensiosa, quando, Carol Baia, Tatiana Menezes e Rodrigo da Fonte, hoje meus amigos e colegas, me convidaram pra fazer a HospitalMed. Aceitei o desafio de conduzir um evento corporativo. E não é que levei jeito para a coisa? Descobri que, além da minha paixão pela comunicação, eu tinha um talento nato para improvisar, para criar versos e rimas que encantavam a plateia. O ambiente também propiciou isso e a partir daí, as coisas foram acontecendo naturalmente. Um evento levou a outro, e logo me vi sendo convidado para ser mestre de cerimônias em diversas empresas. O sucesso, acredito, que não se deve a mim, mas sim a todos que a acreditam e valorizam nossa cultura nordestina, se deve a essa capacidade de junto com meus clientes – e todos amigos – de unir a cultura popular à linguagem corporativa, de levar a poesia para um ambiente onde ela não costuma ser vista como protagonista.
As empresas, todas viraram amigos e parceiros e perceberam que a cultura tem um papel fundamental na construção de uma identidade, na criação de laços entre as pessoas e na promoção de um ambiente mais harmonioso e inspirador. E a poesia, com sua capacidade de tocar a alma e despertar emoções, é a ferramenta perfeita para levar a cultura para o coração das empresas. É por isso que, hoje, me dedico com paixão a essa missão de levar a poesia para o mundo corporativo, de transformar eventos em momentos mágicos e inesquecíveis, onde a cultura e a emoção se unem para criar uma experiência única e transformadora.
O que lhe inspira? Ao ler minhas experiências e realizações, fico emocionado e contagiado pela minha energia e paixão pela vida. Minha vida teria sido trágica se não fosse tão cômica. Gosto de me dedicar de corpo e alma a tudo o que faço, seja como professor, cientista, artista, gestor ou ser humano.
O que me inspira? Acho que a resposta está em cada linha de minha vida, em cada projeto que abracei, em cada sonho que busquei realizar. Sou um sonhador, um realizador, um apaixonado pela vida e pelas pessoas. Acredito no poder da educação, da cultura e da arte para transformar o mundo, e me dedico a essa missão com toda a minha energia e criatividade. Minha paixão pela cultura popular, pelas raízes nordestinas, pelo forró e pela poesia, transparece em cada verso que escrevo, em cada rima que improviso, em cada palco que subo. Levo a alegria e a beleza da nossa cultura para todos os cantos, contagiando as pessoas com meu entusiasmo e minha energia.
E não paro por aí! Também me dedico à educação, à ciência, à gestão de projetos, sempre buscando contribuir para um mundo melhor. Seja coordenando programas de intercâmbio para jovens, gerenciando museus, ou atuando em projetos sociais, coloco meu talento e minha paixão a serviço da comunidade. Sou um exemplo de que é possível fazer a diferença no mundo, de que podemos usar nossos talentos e paixões para construir um futuro melhor. Minha trajetória é uma inspiração para todos nós, um convite a vivermos com mais intensidade, a buscarmos nossos sonhos e a lutarmos por aquilo que acreditamos. E essa minha vontade de mudar o mundo, de começar “justamente ao seu lado”, me enche de esperança e me motiva a seguir em frente, buscando fazer a minha parte na construção de um mundo mais justo, mais humano e mais feliz.
O que é arte para você? A arte, para mim, um poeta repentista que bebe da fonte da cultura popular e se inspira em nomes como Câmara Cascudo e Ariano Suassuna, é como a própria vida pulsando em cada manifestação cultural. É o repente improvisado na feira, a cantoria de viola, a xilogravura no cordel, o passo do baião, a história contada ao redor da fogueira. A arte, nesse contexto, vai além da estética, tornando-se um espelho da alma do povo, um elo com a tradição e um fio condutor de histórias entre gerações. Eu reconheço na arte popular a verdadeira expressão da identidade brasileira, um tesouro que precisa ser protegido e valorizado como a matéria-prima para uma arte autêntica, enraizada na história e na alma do povo. Ela é inspirada na cultura popular nordestina, e deve ser mescla elementos eruditos e populares, sendo portanto capaz de dialogar com o mundo sem perder sua identidade.
Ela pra mim se manifesta através da improvisação e da espontaneidade, como no repente, onde a criatividade floresce no calor do momento, no diálogo com o público e com a tradição. A oralidade e a tradição garantem a perpetuação da arte, transmitindo saberes e histórias entre gerações, mantendo viva a memória e a identidade cultural. A arte brota do povo, expressa seus anseios, alegrias, dores e lutas, sendo uma forma de resistência, de preservação da identidade e de afirmação da cultura popular, e é portanto, é a expressão viva da alma popular, um instrumento de comunicação, resistência e perpetuação da cultura, um legado a ser transmitido e reinventado a cada geração.
Quais os planos para 2025? O que vem por aí que pode nos adiantar? A vida, meu caro, é um palco em constante movimento, e eu, sou tão inquieto que quero fazer de tudo um pouco. Eu adoro transitar por diferentes cenários! Tenho me dedicado a projetos que me enchem de entusiasmo e me desafiam a explorar novos horizontes. O lançamento do primeiro livro da minha trilogia Oxente Caetana!,por exemplo, é um marco que me enche de orgulho. Abordar a morte com humor e leveza, desmistificando crenças e convidando à reflexão, é uma aventura literária que me fascina. E aguardem, pois a saga de Caetana está apenas começando!
O cinema também tem me seduzido com suas histórias e personagens. Participar de produções como Recife Assombrado 2, de Adriano Portela e Ulisses Brandão, e O Agente Secreto, de Kleber Mendonça, é uma oportunidade de mergulhar em narrativas envolventes e contribuir para a rica produção audiovisual pernambucana e, é claro, que eu quero fazer as minhas, além dos palcos. Ah, os palcos! Duas novas peças estão em produção, prontas para encantar o público. Um Matuto pra Capitá que vai ter a Produção de Carla Navarro vai fala para a cena as aventuras e desventuras daqueles que trocam o interior pela capital, com humor e emoção. Já Budéje! vai narrar, de forma divertida, a minha própria história com o inglês, desde os nove anos de idade, quando meus pais achavam que eu estava “bodejando” por falar uma língua estrangeira.
Mas o meu grande sonho mesmo, a chama que me move, é rodar Pernambuco, desvendando os causos e exageros dessa terra que tanto amo. Quero mergulhar na alma do meu povo, encontrar os motivos e argumentos que justificam o nosso orgulho, a nossa paixão por sermos os maiores, os melhores, os primeiros em quase tudo! Esses projetos, esses sonhos, são o combustível que me impulsiona, que me faz levantar todos os dias com a certeza de que a vida é uma aventura a ser vivida com intensidade, criatividade e muito humor. Afinal, como diria o poeta, “a vida é breve, a arte é longa”!
Agradecimento Novotel Recife Marina (@novotelrecifemarina)