O vinho do Porto é uma bebida forjada pelo tempo, suntuosa, cuja essência remete ao enorme prazer que sentimos ao degustá-la tão despretensiosamente, seja como aperitivo ou após uma bela refeição. Ao contrário do que imagina o senso comum, ele tem origem na região do Douro, em Portugal, e não na cidade do Porto. Embora a Meca do vinho do Porto seja o distrito de Vila Nova de Gaia, na margem oposta ao Porto, a belíssima paisagem impressiona menos que a concentração de bodegas ali estão representadas e suas verdadeiras preciosidades: barricas de carvalho empilhadas nos porões há séculos.
Assim, fomos parar nas caves da Casa Ramos Pinto, na ativa desde 1880. Interessante descobrir que o seu fundador, Adriano Ramos Pinto, apostou no Brasil como mercado consumidor quando ninguém olhava para o país. Logo, a história de sucesso da bodega confunde-se com a história do vinho do Porto no Brasil, sendo nós os maiores apreciadores do seu produto desde o início do século XX. De lá para cá, a bodega oferece seu mix de vinhos a 85 países e fatura por ano mais de 1 milhão de euros por ano – uma potência, com produtos competitivos e de bom custo benefício em relação à qualidade.
Entre os seus diferenciais, a bodega se vangloria por possuir utilizar em seus vinhos uvas dos próprios vinhedos de diferentes quintas e investir sempre em inovação. Tudo isso se traduz em seus excelentes produtos, cada um com sua especificidade, como veremos adiante na prova de cinco diferentes rótulos standards apresentados. A convite da bodega encaramos a prova in loco, com ordem de notas realizada dos vinhos mais frutados para os mais amadeirados.