CAPA: IGOR JANSEN E O SUCESSO VINDO COM “NO RANCHO FUNDO”

Diante da quantidade de fãs e o sucesso que o jovem ator Igor Jansen, 20 anos, faz nas redes sociais percebe-se que ele não surgiu com o sucesso do seu atual personagem, Aldenor Leonel, em No Rancho Fundo (Globo) tem feito. Igor surgiu pela primeira vez na TV em 2018 com As Aventuras de Poliana (SBT), onde passou alguns anos diante do estrondoso sucesso que foi seu personagem João Bento. “Eu cresci junto com ele, vivi quase que em tempo real todas as questões relacionadas com a passagem da infância para a adolescência e depois para o jovem adulto”, comentou Igor que hoje vive uma nova, e promissora, fase em sua carreira.

Igor, indo para o início, como foi sair de Fortaleza e ir para o São Paulo atrás de seu sonho de ser ator? De Fortaleza nós fomos para São Paulo (no SBT), onde fiquei de 2017 até 2023. Chegar no Rio de Janeiro só agora, em janeiro de 24. É uma linda e longa história, que até já rendeu um livro -O Diário Secreto de Igor Jansen (risos). Resumidamente, digo que foi tudo acontecendo naturalmente, sem muitos planos e metas. O plano era, originalmente, ser jogador de futebol na Europa. Isso sim, foi criteriosamente pensado por meus pais, mas Deus mudou o rumo de minha história. Lá em Fortaleza eu era atleta da escolinha do Clube do Ceará, meu time de coração. Até que surgiu a oportunidade de entrar para uma agência de modelos e de fazer testes para um longa metragem, para o cinema. Acabei fazendo o filme (O Shaolin do Sertão) e fui visto pelo pessoal do SBT que estava iniciando a produção da novela As Aventuras de Poliana. Sai de Fortaleza para São Paulo da noite para o dia, no meio do ano letivo, e foi muito corrido para encontrar nova escola e apartamento. Foram ao todo cinco anos contratado pelo SBT, duas novelas de 700 capítulos ao todo. 

Quais as maiores barreiras enfrentadas e qual maior orgulho até aqui? Uma das principais nessa mudança foi o clima. Pois, quando chegamos em São Paulo, estava fazendo 6°C, em pleno inverno, julho de 2017. Depois, outro grande desafio era estudar e trabalhar – de segunda a sábado, nessa batida. Eu estudava pela manhã. Depois, almoçava já no SBT para gravar a tarde toda. O grande orgulho, claro, é você olhar pra trás e ver aonde chegamos até agora. Estou na terceira novela em TV aberta, na Globo. Mais cinco filmes, um musical – Broadway, dublagem e redes sociais.

Sua grande estreia que terminou marcando sua carreira, foi o personagem João de As Aventuras de Poliana Moça e Poliana Moça. Porque esse personagem marcou tanto e conquistou o público de forma arrebatadora? A que se deve isso? As novelas infantis do SBT tem um público muito fiel, apaixonado pelas histórias inocentes que a família toda assiste. Também tem a questão do sonho de se tornar um dia um de nós, atores e atrizes infantis. A novela AADP (As aventuras de Poliana) ainda foi transmitida pelo YouTube através do canal da emissora, propiciando a quem dormia cedo, assistir no outro dia. Depois, também uma história de um nordestino tentando a vida em São Paulo, que muita gente se identifica. E, por último, tinha as músicas que a gente cantava. Hoje a novela já está sendo reprisada em canal aberto e está disponível em um canal de streaming, formando novos fãs.

Que lembranças guarda do João? Afinal ele passou um bom tempo com você, em duas novelas e um filme. Eu cresci junto com ele, vivi quase que em tempo real todas as questões relacionadas com a passagem da infância para a adolescência e depois para o jovem adulto. Tenho muitas saudades dele, sério! Ficamos cinco anos juntos.

E soubemos que o público quase perde o ator para um jogador de futebol. Em algum momento pensou em seguir essa carreira ou era muito novo para ter a real noção do que queria para seu futuro profissional? Como falei, lá no começo sim, quase voltamos para nosso plano inicial de ser jogador de futebol. Quando mudamos para São Paulo, tentamos alugar um apartamento próximo das escolinhas de futebol dos clubes de lá. Tentei  me inscrever em treinos nos finais de semana, mas não rolou. Era incompatível – gravar e treinar. Depois disso, os trabalhos foram surgindo em sequência, e ainda tivemos a pandemia. 

E como a música entrou em sua vida? Sempre amei cantar, no chuveiro, músicas nacionais e internacionais. Então decidiram me por para aprender violão. Quando cheguei no SBT, descobrimos que na novela, o João tinha o sonho de estudar música. A partir daí, passei a me dedicar mais intensamente às aulas de canto e de violão, para compor a personagem. Regravei várias músicas para a novela. Depois, gravei músicas próprias que também entraram na novela. Na sequência, fiz um Teatro Musical Broadway que me arrebatou de vez para o meio musical. Quando cheguei, agora, em 2024, aqui no Rio de Janeiro, conheci uma galera bem competente que me ajudou a gravar esse novo EP, que lançamos agora dia 19 de julho em todas as plataformas digitais de música, com quatro novas músicas autorais, contando um pouco dessa nova fase, desse novo Igor com 20 anos.

Além disso, você já fez alguns trabalhos como dublador. Quais os desafios que a dublagem lhe traz? Foi incrível! Amei muito fazer e gostaria de voltar a fazer novamente – é só me chamar. Na dublagem, você precisa por a intenção, a energia do movimento apenas com a voz! É muito bacana. Claro que tive a ajuda de um diretor de dublagem, mas ele me disse que mandei muito bem (risos).

Atualmente, como Aldenor Leonel, um cara simples do interior que você interpreta na novela No Rancho Fundo, você pode ampliar seu público através de uma novela global. Como tem percebido isso nas ruas e redes sociais? Aqui, no Rio de Janeiro, a galera convive com artistas muito de boa – eventualmente, é que eles chegam junto. Nas redes sociais, estamos crescendo muito rápido e o que percebemos é que se trata de uma galera totalmente nova, que por não assistirem o SBT, nem me conheciam. Estou muito feliz em poder chegar até novos públicos, furando novas bolhas na Internet. 

Como surgiu o convite e como está sendo interpretar o Aldenor? Tem se divertido muito? Muito, o elenco é estelar! Só tem gente boníssima, cheia de talento e energia positiva. Gravamos muitas cenas juntos, são muitos irmãos, tios e agregados. Somos, na maioria, nordestinos. E, essa origem faz a o calor humano crescer muito, no set. Tem muita música boa, sem falar de nosso autor e de nosso diretor geral, que mandam muito bem. 

E como é ter atores do porte de Andrea Beltrão e Alexandre Nero como pais na trama? Tem pego muitas dicas e conselhos? Claro! Como perder isso? Observo tudo – desde a caracterização, a concentração para entrar no set, tudo! Tem sido momentos de muita felicidade. 

Voltar às origens, ao interpretar um nordestino, tem um gostinho especial para você? Sim, claro! Fiz nordestino, paulista, carioca e posso dizer que cada um deles me trouxe muita felicidade. Cada novo trabalho dá aquele frio na barriga. 

Você é um cara muito vaidoso? Do que não abre mão? Sim sou vaidoso, gosto de me cuidar e me preocupo sempre de como vou me apresentar. Mas confesso que é uma vaidade controlada, sem exageros. Naturalmente, os cabelos tem minha maior atenção. Então,  não abro mão dos cuidados básicos com a saúde dos cabelos e do ritual para acomodar meus cachinhos.

Na hora de relaxar o que curte fazer? Esportes como futebol, surf, crossfit, futevôlei, beachtênis e skate

Como se vê daqui a dez anos, profissionalmente? A visão é ter me estabelecido na profissão de ator, ter um bom acervo de músicas que me permita fazer turnês pelo Brasil todo. E, também, empreender em algum ramo da área social para ajudar ao próximo.

Foto @vinnynunes_

Produção @casaarona

Assessoria de Imprensa @gofficeaccess

Make @mascarenhas.makeup

Cabelo @juliokorb.hairstylist

Locação Rio Othon Palace @rioothonpalace

Figurino @foxtonbrasil @boss