A relação de mães e filhos é algo que não se explica, apenas se admira. Ao observarmos a relação entre o jovem ator Nicolas Prattes, destaque na atual fase de Malhação, e sua mãe (também atriz), Giselle Prattes é algo que parece extraído de um filme ou novela tamanha a cumplicidade dos dois. Entre os ciúmes de Nicolas com a mãe gatona e o orgulho da mãe Giselle em ver o sucesso do filhão, é gratificante poder estampar isso em nossa edição especial do Dia das Mães. Durante o ensaio os dois parecem mais irmãos, tanto que na rua muita gente confunde a relação dos dois tamanho o entrosamento e carinho. Nada mais justo que essa grata homenagem a essa data especial e a essa relação admirável.
NICOLAS PRATTES
Nicolas, como foi posar ao lado da mãe? Foi um prazer poder fazer mais uma capa da MENSCH e agora ao lado da minha mentora, minha mãe, até por ser uma data especial, o dia dela!
Como vocês separam a relação mãe & filho de atriz e ator? Tem como? É tudo é muito natural, não existe uma divisão específica. Eu tenho meus horários e ela os dela. Quando nos encontramos em casa, colocamos o papo em dia, vemos os capítulos da novela juntos, conversamos sobre nossos projetos.
No passado você sentia ciúmes por tem uma mãe gata e que atraia os olhares dos amigos. Como é hoje em dia? Continua ciumento? Eu, até por ser mais imaturo, era mais ciumento, porém hoje amenizou esse ciúmes.
E ela, como lida com suas namoradas e o assédio do público em cima de você? Ela ama minhas fãs, não encrenca com elas. Entende que faz parte da minha carreira e que devo muito aos fãs da Malhação por eu estar onde estou.
Ter uma mãe atriz mais ajuda ou atrapalha? Qual o lado bom e ruim dessa relação? Ela me fala o que ela já sabe da profissão, a experiência dela conta muito, não vejo lado ruim.
O que mais admira em sua mãe profissionalmente e como pessoa? A garra que ela tem por ter me criado com tanto sacrifício para não me faltar nada e o caráter.
Já imaginou um dia contracenando com ela na TV? Acha que a relação em casa seria diferente? Sim. Não, não teria por que mudar
Como “classificaria” sua mãe, mais liberal, controladora, tradicional ou “cabeça feita”? Liberal na medida certa e única.
GISELE PRATTES
Gisele, pelo que sabemos a sua relação com seu filho é de muita cumplicidade. Como chegaram até isso? Como foi sendo construída essa relação? Fui mãe muito jovem, então desde sempre o Nicolas esteve muito perto de mim. Eu me casei, sai da casa da minha mãe com 17 anos, então, ele foi criado por mim. Acho que a diferença de idade realmente nos aproxima, mas, hoje em dia temos gostos e interesses muito semelhantes. Na profissão e fora dela.
Por ser atriz, você acha que influenciou de alguma forma, mesmo que indiretamente? Tenho certeza que sim. O Nicolas nasceu e cresceu me vendo fazer teatro, cantando, na batalha, mostrei ora ele que precisa estudar muito e se dedicar 100% em um trabalho.
Hoje Nicolas está com a idade que você engravidou dele (19 anos). Como foi ser mãe tão jovem e quais as maiores dificuldades? Sim, costumo dizer que tenho mais tempo viva ao lado dele, do que sem ele. Minha vida, mudou muito para melhor depois da chegada dele. Foi tudo muito difícil no começo. A chegada dele foi realmente um presente e tem sido até hoje.
Quem é mais ciumento com quem? Como vocês lidam com isso? Ele com certeza!!! Mas é saudável o ciúme do primogênito.
Por ser mãe e atriz isso se mistura na sua cabeça quando observa o sucesso de Nicolas? Se sente realizada mais como mãe (que fez o “serviço” direito) ou como atriz que sente orgulho do filho ter seguido a carreira de ator também? Nunca misturei, eu como mãe e profissional. Mas eu mostro sempre pra ele que deve levar o trabalho muito a sério. (risos) Me sinto honrada e muito orgulhosa dele e sei que ele tem muito ainda para aprender e evoluir. Ele é muito estudioso e determinado, e para o início, acho que está fazendo muito bem o personagem dele. Estou mega orgulhosa como atriz e mãe!
Falando nisso, como você começou sua carreira? Ainda pretende atuar? Ou o momento é só de Nicolas? Faço teatro desde os sete anos de idade, naquela época a gente comprovava trabalho para receber o DRT com recortes de jornal. Meu primeiro recorte foi aos sete anos! Por vários anos fiz parte de uma companhia de teatro de Niterói. Fiz tablado e depois Faculdade de Teatro. Me formei em licenciatura e dei aulas de teatro para crianças durante um tempo. Fiquei oito anos afastada do mercado, para dar mais atenção a família e voltei para o teatro tem cinco anos. Durante este tempo fiz cinco peças. Dentre elas, “Para Sempre Abba”, “Os Saltimbancos Trapalhões” e “Kiss me Kate”. Fiz duas participações nas novelas “Babilônia” e a “Regra do Jogo”. Acabo de filmar “O Vendedor de Sonhos, o filme”, com direção do Jayme Monjardim. Continuo na batalha, estudando, me reciclando e buscando meu espaço como atriz sempre.
Ele como “homem da família” se mete muito em sua vida amorosa? E como ator já chegou a te dar conselhos? Não. (risos) Ele e meu marido tem uma relação ótima. Como ator ainda não aconteceu, mas adoraria ter um feedback dele também.
Que frase ou conselho deixaria para seu filho e o que diria às mães que estão lendo essa entrevista? Filho, nunca acredite na fama! Faça o seu trabalho com muita paixão! Nossa profissão também é sagrada e precisa ser respeitada. Para as mães, conversem com seus filhos, incentivem eles a realizarem os sonhos deles! Ouçam o que eles tem a dizer, e estejam sempre por perto com muita compreensão de que cada ser humano é de um jeito e com muita amorosidade construam uma relação saudável com seus filhos.
NICOLAS & GISELE
O que cada um carrega do outro e o que mudaria só um pouco?
Nicolas: Não mudaria nada.
Giselle: Eu aprendi e aprendo muito com o Nicolas todos os dias, se pudesse mudar algo seria estar mais perto dele ainda! Trabalhar com ele novamente seria um sonho.
Qual o programa ideal para o Dia das Mães?
Nicolas: Viajar com ela pra São Paulo, ver peças de teatro e voltar no mesmo dia e jantar em um bom restaurante.
Giselle: Ficar juntinho dele fazendo qualquer coisa!
Fotos Sergio Baia
Style Camilla e Amanda
Beleza Cleide Araújo
Direção Criativa Barbara Breves
Edição de imagem Celso Fontinele