Quando você pensa que já viu de tudo em matéria de luxo automotivo, com carros de edição limitada custando milhões de dólares ou modelos que são verdadeiros itens de colecionador. Se depara com algo como esse novo (e único) Rolls-Royce Sweptail. Que na verdade foi uma encomenda que custou £ 10 milhões, nada menos que o equivalente a R$ 41 milhões, afinal é um Rolls-Royce feito por encomenda.
Para se ter uma ideia um Rolls-Royce Phantom Coupé, que saiu de linha ano passado, custava cerca de £ 350 mil (algo em torno de R$ 1,4 milhão). A grande diferença é que no caso do Swaptail ele é um carro único no mundo. A encomenda foi feita por um verdadeiro conhecedor dos Rolls, que em 2013 procurou a fabricante para chegar ao seu ideal de carro, de como seria um cupê de dois lugares que fosse inspirado nos Rolls-Royce das décadas de 20 e 30. Uma mistura de influências e estilos, especialmente dos modelos aerodinâmicos, como o Rolls-Royce Phantom “Round Door” construído pela carrozzeria Jonckheere e do Rolls-Royce Phantom II Two Door Light Saloon, feito pela Gurney Nutting. O que resultou em um carro completamente feito sob medida, que foi apresentado no Concorso d’Eleganza Villa d’Este, que aconteceu entre os dias 26 e 28 de maio.
Visualmente ele tem a silhueta do Phantom Coupé e, na verdade, o formato das janelas traseiras e dos painéis laterais da carroceria fazem referência às formas originais do carro, como em uma indicação sutil de sua plataforma original. De resto, o Swaptail é radicalmente diferente de tudo que já se viu antes. Começando pela dianteira, que traz a maior grade já colocada em um Rolls-Royce moderno, usinada a partir de uma única peça de alumínio e toda polida à mão. Os faróis são duplos, duas unidades retangulares escondidas em reentrâncias na dianteira, e dois faróis circulares sob elas, em uma face de cor mais escura que o restante da carroceria.
Nas laterais, a inspiração do dono do Sweptail, um entusiasta de iates, avançam em direção ao assoalho, remetendo ao casco de um barco. O perfil de fastback leva à traseira, com linhas que avançam em direção ao eixo longitudinal do carro, que conserva as lanternas do Phantom, ligadas por uma superfície em forma de “U”, também mais escura que o restante da carroceria. A “placa” traseira do carro fica no lugar tradicional, também reduzida a dois números de metal. Já as rodas, curiosamente, não foram feitas sob medida e são iguais às do Phantom Coupe.
Com design ousado, destaque para o vigia traseiro do carro nada mais é que a parte final do enorme teto de vidro que, de acordo com a Rolls-Royce, é o maior e mais complexo já instalado em um carro. O vidro revela um deque traseiro cuidadosamente esculpido em madeira e metal, assim como todo o restante do interior.
Por dentro do carro o visual é minimalista e clean, mas sem abrir mão do luxo e sofisticação. Com detalhes em madeiras, painel em couro, bancos e portas, Mocassin e Dark Spice. Atrás dos bancos há uma enorme área revestida de madeira, com detalhes em vidro e metal escovado, para acomodar bagagem. Uma passarela percorre todo o perímetro do carro, partindo do centro do deque traseiro e indo até as extremidades do para-brisa. A madeira folheada de ébano macassar toma conta da área. O painel de instrumentos traz mostradores analógicos com ponteiros e números de titânio.
Pequenos luxos trazem no console central um cooler feito sob medida para o champanhe favorito do cliente, acompanhado de duas taças de cristal. O mecanismo do cooler faz com que, ao abrir a tampa a garrafa de champanhe se incline no ângulo perfeito para ser retirada. Outro detalhe importante, o motor vem com um V12 de 6,75 litros e 460 cv capaz de fazer 100 km/h em menos de seis segundos. Como podemos ver se trata de um carro histórico, único não apenas por ser o único fabricado, mas por ser um carro que traz diferenciais que o fazem um ícone automobilístico.
Fonte: www.flatout.com.br