Conhecido há mais de quinze anos por descobrir e administrar a carreira e imagem de grandes estrelas da TV, Felipe Carauta, fundador e CEO da Carauta Estratégia de Imagem, aproveitou a quarenta para se aventurar em uma nova área. A literatura. O descobridor de talentos – já intitulado como “midas das celebridades” –se lançou na escrita com algo inédito e inovador para um estreante no ramo. Três livros totalmente distintos para públicos diferentes: um adulto, um juvenil e um infantil ao mesmo tempo. Hoje, com 33 anos – mas com alma de 50, como se auto intitula – em seu vasto currículo do agente e assessor, já lançou nomes consagrados como Caio Castro, Sophia Abrahão, Chay Suede, Pérola Faria, administrou por anos carreiras de Marina Ruy Barbosa, entre tantas outras estrelas jovens. Agora, Felipe se divide entre suas grandes paixões: seus artistas e seus livros, onde dá voz à experiências de vida em histórias para todos os públicos
Carauta, de onde surgiu a ideia ou mesmo inspiração para escrever livros? Costumo dizer sempre que a escrita sempre esteve presente na minha vida. Desde sempre, ainda pequeno, escrevia livros, nem que fosse pra encadernar e dar de presente para a família e amigos. Mas, como minha carreira começou precoce, acabei deixando as ideias em uma caixinha e chegou a hora de desenvolvê-las.
Escrevi os três livros de uma vez, logo após o anúncio da pandemia, no ano passado, quando pude reservar um tempo para isso. As inspirações aparecem de formas diferentes. Desde um papo entre amigos, alguma história que eu ouço… No caso desses três, me inspirei em artistas que eu agencio e que me inspiram muito. Fazem parte do meu dia a dia. Mas, claro, tem muito das minhas experiências de vida de alguma forma em cada obra. Não imaginei o retorno tão rápido em menos de um mês, e já partir para a segunda edição. Mas posso adiantar que sou apaixonado pelo retorno. Principalmente quando descubro que a minha escrita ajudou alguma pessoa em algum sentido e passou sua mensagem.
Soubemos que isso surgiu durante o isolamento social e foi tomando forma. Como foi esse processo da ideia até a produção dos livros de fato? Na verdade, nada foi premeditado. Eu pensava em lançar apenas “No Divã com Davi – No alto da Brooklin Bridge”, que veio de uma viagem bem-sucedida de um mês que fiz para Nova York com o Gabriel Fuentes a trabalho. Lembro que na volta comentei algo do tipo com ele no avião… “Acho que tenho um livro”. Nova York é um lugar que me inspira e sempre me inspirou. É um livro que fala de autoconhecimento, amor próprio, que eu escrevi para ajudar pessoas. Acho que meu lugar no mundo também é esse. Então tem muito do Carauta ali, mas em situações e com personagens fictícios. Logo em seguida, meus atores Lucca Picon, Allana Lopes e Hall Mendes me inspiraram no “Sol & Lua – Sob a Luz dos Holofotes” – mais uma vez, uma realidade que já vivi – e que vai se tornar uma trilogia.
Por fim, nunca pensei em escrever para crianças. “A Fadinha de uma asa só” veio em algumas horas que tirei de descanso na escrita de “No Divã com Davi”. Brinco que foi um sopro de Deus no meu ouvido e tenho tido retorno dos pequenos muito bons. No meio que a gente vive hoje, é importante falar das diferenças desde cedo, para que uma nova geração de adultos sem preconceitos.
Até agora são três livros para três públicos diferentes. Como definiria esses públicos? E por que três públicos diferentes? Na verdade, não existe uma definição propriamente dita. “No Divã com Davi” fala de assuntos mais maduros. Já “Sol & Lua”, por ser uma trilogia, foi pensado para um público mais teen, por exemplo. Mas, como leitor assíduo, procuro ter uma escrita leve que prenda as pessoas logo nas primeiras páginas. Os que os três livros têm em comum são mensagens que eu gostaria de passar para os leitores. Acho que isso é primordial na minha escrita além de uma bela trama.
O que costumava ler antes dessa experiência como escritor? Mudou algo depois disso? Além dos jornais e revistas que fazem parte do meu trabalho (risos), leio de tudo. Até bula de remédio. Não descarto um bom romance, livros que nos acrescentam e finanças e bem estar, mas confesso que tento priorizar os autores brasileiros.
Que influências literárias você foi tendo ao longo da sua trajetória? Nossa, tenho tantas. “Poliana” foi um livro que me marcou desde pequeno. Ainda criança, adaptei para o teatro para apresentar para pequenos com algum tipo de deficiência. Acho que meu propósito de passar alguma mensagem positiva possa ter vindo daí. Seria injusto citar autores aqui. Gosto também de uma boa biografia de pessoas que me inspiram.
Você sempre trabalhou com celebridades, festas e glamour. Como é agora essa vibe de algo mais lúdico e escrever inclusive para o público infantil? Como eu sempre digo, sou um cara de 34 anos com alma de 50. Já vivi muita coisa, já viajei o mundo a trabalho, e agora me vejo mais centrado, quieto, em casa. Não faço mais questão de festas e glamour. Apenas faz parte do meu ofício. O lúdico, como disse, vem desde de pequeno. Acho que essa parte do “Carauta” sempre existiu, mas não era algo que merecesse exposição, como meu trabalho com artistas, por exemplo.
Como resumiria cada um dos livros? Posso dizer que foram escritos com muito carinho e cuidado para atingir cada leitor de uma forma profunda. Peço apenas que as pessoas leiam de coração aberto e sem julgamentos, e tentem entender as mensagens que eu tento passar através de cada um deles.
Daqui pra frente, quais os próximos projetos que possa nos adiantar? Na verdade, isso eu não contei pra ninguém. Eu lançaria quatro livros. (risos) Mas em comum acordo com a editora Livr(a) entendemos que os prazos, dentro de uma enorme pandemia, não iriam bater. Eu tenho mais cinco projetos em andamento, além das continuações dos já lançados. Sou um eterno workaholic. Mas, no momento, além de manter o meu escritório como CEO, estou conversando com plataformas de streaming. Mas muito em breve temos projetos novos aí!
– Amazon:
https://www.amazon.com.br/s?k=felipe+carauta+livros&ref=nb_sb_noss
– No Divã com Davi:
https://loja.umlivro.com.br/no-diva-com-davi—no-alto-da-brooklyn-bridge/p
– Sol & Lua:
https://loja.umlivro.com.br/sol—lua—sob-a-luz-dos-holofotes/p
– A Fadinha de Uma Asa Só: