ENTREVISTA: Douglas Sampaio encarou novos desafios em “Terra Prometida” com muito talento e disponibilidade

O jovem ator Douglas Sampaio acabou de passar por mais um grande desafio em sua carreira ao interpretar o personagem Rune em “Terra Prometida” e segue para novos rumos. Seja na música, outra grande paixão na sua vida, ou como ator. Mesmo com pouca idade Douglas já passou por muitas experiências, como ser pai aos 17 anos, o que faz com que ele tenha jogo de cintura para esses desafios da vida de ator e na vida real. Conheça um pouco mais desse ator que encara todas numa boa.

Vocês está encerrando o ano com uma bela participação na novela “Terra Prometida”. Como foi participar desse projeto? Foi maravilhoso! Por ser muito ligado a Deus, me sinto privilegiado de fazer parte desse trabalho. Também fico muito feliz pela aceitação do público com minha personagem. Foi muito gostoso e desafiador fazê-lo pois existiram diversos conflitos rondando ele. O Rune é um personagem tão nobre que dava gosto de fazer cada cena, porem desafiador também, pelo fato de necessitar de nuanças de emoções imediatas. Foi um personagem bem complexo pois é complicado para um jovem guerreiro dedicado pelo seu povo, totalmente entregue pela sua fé e querendo pôr em pratica suas habilidades em guerra, ficar desabilitado num tempo tão remoto, não foi tarefa fácil. Se hoje em dia o mundo ainda não se adequou perfeitamente a quem tem limitações mesmo com tanta tecnologia, imagine viver essa situação 1.200 A.C.

Quando despertou que queria ser ator? Como foi no início? Minha família sempre me apoiou a fazer o que eu me sentia bem, diversas vezes pensei em desistir, pois recebemos muitos “não” até chegar ao “sim”. Quando eu ainda tinha por volta de uns 6 anos, eu ia para os testes pra me divertir, não tinha muita noção do que eu estava fazendo, mas eu era tão bagunceiro que eu acho que minha mãe perdeu a paciência de me levar (risos). Quando estava com 11 anos estudei em um colégio público que havia um Núcleo de Artes, resolvi entrar no teatro, fiz lá minha primeira apresentação e me apaixonei! A sensação do palco pra mim era mágica. Desde então nunca mais pensei em fazer outra coisa. De lá pra cá, meus finais de semana se preenchiam em cursos de teatro, televisão e workshops.

Ano passado você venceu o reality “A Fazenda”, como foi isso? O que foi mais difícil segurar e como percebeu a vida aqui fora depois do confinamento? Foi totalmente inesperado, entrei lá por que a proposta financeira era bacana, e também pra divulgar um trabalho musical que estava em andamento, mas ali dentro confinado você acaba se envolvendo com as situações mesmo sem querer, o mundo se resumia naquele espaço. Fui totalmente despretensioso ao prêmio final, mas fui feliz e deu tudo certo. Aqui fora ainda demorei pra cair na realidade, uma semana depois ainda acordava procurando o microfone (risos). Posso dizer que demorei por volta de três meses pra entender tudo que aconteceu. Foi uma experiência muito diferente de tudo. Mas confesso que em alguns momentos me bate uma saudade. O confinamento contribuiu muito também para me conhecer melhor, conheci minha personalidade no limite em todos os aspectos, isso me ajudou muito a lidar com situações aqui fora.

O que essa experiência da Fazenda acrescentou na sua carreira? Ou foi pura visibilidade? O resultado final me proporcionou uma tranquilidade para ir em busca de outras oportunidades, além, claro, da visibilidade. Hoje tenho uma legião de fãs muito fieis e calorosos, eles fazem parte do meu dia a dia a todo momento! Sou muito grato por tudo que fazem por mim e tento retribuir sempre com muito carinho e atenção.

Você é muito ligado a música. Você vai do rock do Legião Urbana, black music ao sertanejo, ao lado de Rodrigo Pavanello. Sempre foi eclético assim? Que espaço a música tem em sua vida? Eu sou um total dependente de música, é o que me acalma, me traz paz! Sou eclético porque acho que cabe qualquer tipo de música em diversos momentos. A música me move, amo compor e estar em prática, a música me faz desabafar seja em momentos felizes ou tristes. Como sou muito intenso, aproveito sempre qualquer estado emocional para estar criando. A música me preenche.

 

Essa fama e exposição atrai muitos olhares. Como lida com o assédio? Como separa as coisas? De forma muito tranquila. É natural, se você se expõe você tem que estar apto pra qualquer situação. Eu nunca sofri algo desrespeitoso pessoalmente, mas sempre tento levar as coisas numa boa.

Depois de alguns relacionamentos, alguns mais tranquilos e outros mais conturbados, o que tem aprendido disso tudo? Onde é mais difícil na vida a dois? Tudo serviu de aprendizado. Viver a dois não é tarefa fácil, são dois mundos diferentes ocupando um mesmo espaço. Ser flexível em certas decisões às vezes acho que é o mais complicado. Tudo depende de conversa, de compreensão. Se não há dialogo, não há relacionamento.

Que qualidades e defeitos você acha que tem e precisa evoluir nesse sentido? Tenho mil defeitos como qualquer outra pessoa. Sou muito coração, às vezes acabo me precipitando nesse sentido. Meu lado razão fica meio embaçado, eu vivo muito a outra pessoa, estou sempre querendo agrada-la e às vezes acabo me frustrando por não medir até que ponto agradar o outro é legal pra mim. Acho que também é por conta da minha idade, mas também não dá pra eu me cobrar uma cabeça de 30 ou 40 anos num corpo de 23. Tenho muito ainda pra viver.

O que as mulheres ainda não sabem sobre os homens? E o que mais admira nelas? Não sei num todo, mas tem uma coisa que as mulheres reclamam muito de uma forma geral de que nós homens não reparamos quando estão com penteado novo, unhas pintadas e etc. Ao contrário, sou muito detalhista e tenho muitos amigos que são assim também. O que mais admiro é um bom papo e o sorriso, nenhum homem resiste a uma mulher descontraída e bem humorada.

Você foi pai muito jovem, como foi isso para você? Como você é como pai? Entende melhor o seu pai hoje em dia? Foi um susto, tinha apenas 17 anos. Mas não me arrependo, meu filho é meu refúgio, meu amor, minha alegria. Dei sorte de ter esse anjinho na minha vida. Hoje entendo sim todas as preocupações que meus pais sempre tiveram e eu achava bobeira, mas a grande verdade é que quem ama cuida.

 

Você é um cara vaidoso? Até que ponto? Como cuida da aparência e saúde? Não sou tão vaidoso não, me cuido porque faz parte do meu trabalho. Estar com um corpo bacana, com uma boa aparência, isso conta muito. Mas não sou tão rigoroso, já fui mais na adolescência. Eu malho, mas de vez em quando dou uns intervalos quando bate preguiça(risos). Minha alimentação não é nada restrita, mas não abuso de frituras e gorduras.

O que vem por aí em 2017? Algo encaminhado? Estou com meu projeto musical solo em andamento. Acabei agora as gravações de “A Terra Prometida”, então estou totalmente focado na música. Para o início do ano, pretendo lançar clipe e EP. Estamos deixando tudo pronto pra já voltar a fazer shows. Pretendo conciliar sempre com a televisão, minhas duas grandes paixões.

Fotos Sergio Baia @sergiobaia
Beauty Vivi Gonzo @makegonzovivi
Styling Amanda Lacerda @amandalc e Camille Magalhães @camille.magalhaes