Emilio Orciollo Netto é um cara tranquilo, caseiro, mas muito ativo socialmente, tanto que faz parte de movimentos voltados para os direitos humanos. Sucesso no filme “E Aí comeu?” que agora vai se tornar série, ele foi também o bon vivant Murilo em “Amor à Vida” e tirou boas risadas do público. Sua estreia na TV foi em “O Rei do Gado” de 1996 e agora em 2014 aos 40 anos vive um bom momento na TV e no cinema. Em um papo bacana com a MENSCH ele falou da carreira e um pouco de si.
A carreira de ator começou cedo e pelas incertezas e instabilidades é natural que algumas famílias fiquem apreensivas e não apoiem muito a ideia. Foi assim como você? Acho que hoje em dia não é mais assim, hoje todo mundo quer ser artista. Quando comecei minha família tinha um pouco de medo, pois tudo é muito incerto, mas quando meu pai e minha mãe me viram num palco pela primeira vez viraram meus fãs.
Quando recebe uma proposta para atuar, o que leva em consideração para aceitar ou não um papel? Primeiro o texto, a obra que vai ser contada, depois o personagem junto com a direção e profissionais envolvidos.
Você foi apresentador do Globo Ciência. Conta pra gente um pouco dessa experiência. Apresentar tem um pouco de atuação também? Foi um momento incrível na minha vida. Viajei o Brasil todo durante 1 ano inteiro, tirando a ciência do laboratório e levando pras grandes cidades. Com certeza tem um pouco de atuação também. Deixou saudade.
Você é colaborador do Movimento dos Direitos Humanos. Qual tua motivação? Acho o MhuD (Movimento Humanos Direitos) um movimento muito sério que vem desenvolvendo ao longo dos anos um papel muito importante na história do nosso país. Sempre que posso estou presente.
Falando em Direitos Humanos, existe uma máxima do senso comum de que “o pessoal dos direitos humanos” só aparece pra bandido, por que as pessoas têm esse tipo de pensamento? Não sei se as pessoas têm esse pensamento. Eu não tenho. Acho que a sociedade de uma maneira geral tenta entender uma série de coisas e às vezes a informação correta não chega, deixando as pessoas mais confusas e sem saber a real situação.
“E aí Comeu?” é um sucesso, e caiu mesmo nos gosto das pessoas. Quando a gente faz algo, faz pra dar certo, mas você imaginava que teria essa dimensão toda? Foi uma delícia fazer o filme e com certeza não esperávamos o sucesso todo. Foram 2 milhões e 700 mil bilhetes. MUITA GENTE. Esse ano vamos filmar 13 episódios para TV fechada. O filme “E AI COMEU?” vai virar uma série. Estou muito feliz.
E por falar em “E aí, comeu?”, por que os homens andam tão confusos em relação a chamada “nova mulher”? Acha que os papeis se inverteram? As mulheres estão assustando? Na verdade as mulheres é quem mandam e talvez o homem se assuste com isso. As mulheres são muito mais poderosas que nós. Sempre foram. Hoje não tem mais essa de sexo frágil. Tá tudo junto e misturado. E eu acho demais!!!!
No filme seu personagem é uma espécie de solteirão convicto, casar é assustador? Não, sou casado e adoro ser casado. Acho que o casamento é uma parceria e aprendemos todos os dias.
Indo pra TV… Em Amor à Vida seu personagem era um bon vivant, preguiçoso…Ainda há muitos homens como o Murilo? Acho que o sucesso do personagem foi justamente esse. Tem muitos Murilos por aí e as pessoas com certeza se identificam.
A Gigi, personagem da Françoise Forton, mãe do seu personagem era também uma boa vida, talvez seja essa a razão do filho ser como é. O quanto você acha que já nascemos com índole formada e o quanto é exemplo e ensinamento dos pais? Acho que o ser humano é reflexo da sociedade que vive. Claro, que como tudo existem exceções.
O seu personagem na novela terminou entrando para o Big Brother. O que acha da exposição, do exílio… A fama vale isso tudo? Acho que tem espaço pra todos. Cada um escolhe o seu caminho. O importante é ser feliz.
E quando não está no teatro, ou no cinema, ou na TV, onde mais gosta de estar? Poxa adoro ficar em casa com minha cachorra e minha mulher.
Seu ideal de uma boa vida, qual é? Saúde, alegria, sucesso e muito amorrrrrrrr!!!!