Versátil, João Côrtes, 23 anos, já foi do teatro ao cinema, da TV (canal aberto e fechado) à publicidade, e até dublagem de animação. Isso como ator! Como cantor e músico o cara compõe, toca instrumentos e recentemente deixou o público surpreso com sua participação no programa Pop Star. De garoto propaganda da Vivo à ator dedicado, João chega com tudo em 2019. Essa semana estreia nas telas de cinema seu mais novo filme, “Eu sou mais eu!”, ao lado de Kéfera. Só para lembrar, há apenas dois meses atrás nosso ator lançou um filme de terror, “O Segredo de Davi”, que foi muito bem recebido pela crítica. Trabalho onde João pôde fazer um personagem totalmente diferente de tudo que o público já viu dele (e foi muito bem no papel). Ele já tinha feito papéis dramáticos, mas um thriller no cinema foi primeira vez. Bem, isso sem falar que ainda nesse semestre vem CD novo com canções do próprio João. Esse cara promete em 2019!
Como ficou o João cantor depois do turbilhão de emoções que foi participar do Pop Star 2018? Com certeza mais confiante, mais seguro, e cada vez mais apaixonado pela música dentro de mim. Com cada vez mais vontade de dar vazão a esse lado, de investir na carreira musical e produzir músicas. Estou começando a compor mais, já estou gravando músicas novas, autorais, e trabalhando no meu CD, junto de meu pai. O “Popstar” foi uma experiência incrível, intensa e extremamente gratificante. Nunca imaginei que a minha voz, o meu canto, pudesse trazer tanta alegria a tanta gente. É realmente uma honra e um privilégio. E as pessoas podem esperar, porque ainda nesse semestre, eu vou lançar músicas!
O que ficou para você e quais os planos agora como cantor? Qual foi o maior prêmio? Vou gravar meu primeiro CD, o “Elevador Gourmet”, junto com meu pai Ed Côrtes, que contará com músicas autorais e rearranjos de músicas já conhecidas, com big band e orquestra.
Com estilo mais clássico e versátil, você se surpreendeu com você mesmo? O que o publicou viu é o que você curte ouvir também? Com a minha capacidade de me superar. De superar os meus medos e ansiedades. Realmente foi um processo de ganho de autoconfiança no meu lado músico. E sim, o que eu cantei no programa, o que o público ouviu, é o que eu curto ouvir também. E muito. Meu estilo preferido sempre foi esse: R&B, Jazz, Soul, Pop…
Quando e como começou seu envolvimento com a música? Vimos que é algo de família, mas como despertou para isso? A música sempre esteve muito presente na minha vida. Toda a parte da família do meu pai vive da música. Eu cresci ouvindo música boa, com os primos, tios, avós e agregados sempre tocando algum instrumento ou cantando nas festas. Comecei a estudar bateria desde cedo, mais tarde passei a estudar piano, e fiz aulas de canto durante alguns anos com a minha avó, que é cantora lírica e professora de canto. Além disso, eu integrei, como cantor, a banda de jazz “8 do Bem”, criada há mais de dez anos pelo meu pai e o Derico (sexteto do Jô), meu padrinho. Eu pretendo sempre levar a música junto comigo.
Bem jovem você chegou a participar de musicais e peças de teatro. Como foi esse início como ator? O que foi mais desafiantes nessa época? Bom, eu comecei fazendo teatro no colégio. Minha primeira peça foi “O Pequeno Príncipe”, com 14 anos. A partir daí, eu me apaixonei pela arte e fiz várias montagens de peças e musicais durante os anos seguintes, com grupos e companhias diferentes. Em 2013, com 16/17 anos, eu comecei a fazer testes para TV, Cinema e Publicidade, e foi nesse ano que iniciei uma série para o GNT chamada “3 Terezas” e em seguida a campanha da Vivo. No mesmo ano, filmei meu primeiro longa, “Lascados”. Desse ponto em diante, as coisas foram acontecendo naturalmente, um trabalho puxando o outro… Hoje eu posso dizer com orgulho que já fiz Teatro, Cinema, TV (canal aberto e fechado), publicidade e até dublagem de animação. Acho importante sempre transitar em todas as áreas e é isso que pretendo continuar sempre fazendo.
Depois você enveredou pelo mercado publicitário ficando bem conhecido como o ruivo de um operadora de celular. Como foi isso para você? E como era o reconhecimento do público na rua? Eu só tenho orgulho do trabalho que foi feito nas campanhas publicitárias também. A campanha foi resultado de muito suor, muita gente talentosa e criativa trabalhando junto. Eu só tenho a agradecer pela oportunidade. O reconhecimento na rua me esclarecia o quanto as pessoas se divertiam e se identificavam com o personagem. Vinham sempre me cumprimentar ou elogiar com um sorriso enorme no rosto, e isso é justamente o que nos faz querer continuar.
Sua estreia na TV (Globo) foi em um episódio “O Assalto” de “Os Experientes”, ao lado da atriz Beatriz Segall. Como foi a experiência de ser dirigido por Fernando Meirelles e contracenar com uma atriz do calibre de Beatriz Segall? Foi inesquecível. Foi meu primeiro grande papel de drama e ainda ter a oportunidade de contracenar com ela foi incrível. Eu aprendi muito, só de observar ela em cena, no set, a maneira como se portava, como tratava as pessoas à sua volta. Ela foi extremamente generosa e me deu conselhos que eu levo pra vida.
Depois de algumas participações em séries, humorísticos e filmes, você fez sua estreia em novela com o Giuseppe em “Sol Nascente”. Ali sentiu uma diferença em estar em uma novela? Como foi isso? Sim, totalmente. Fazer novela é uma dinâmica totalmente diferente. Muito desafiadora. Eu nunca havia feito e foi extremamente enriquecedor poder mergulhar no universo das telenovelas. O ritmo é outro. O processo de gravação, do começo ao fim, é muito intenso. E durante quase um ano. Fiz amigos que levo pra vida toda, vivi experiências lindas e pude contar uma parte de uma história muito emocionante, sobre família, sobre tradições, sobre o real sentido de amizade, de amor… Eu sinto um prazer imenso em ter feito parte dessa jornada. Acredito que o mais interessante dessa profissão é isso: poder exercer o seu ofício em plataformas completamente distintas, que te desafiam de formas totalmente diferentes, e que contam uma história em dinâmicas totalmente particulares. Todo dia é um desafio novo.
Você vai do drama, como em “O Assalto” e “Carcereiros”, até a comédia com “Vai que Cola” e a peça “Se Joga”. Onde se sente mais confortável? Como faz essa transição? Eu gosto do que é diferente. É imprescindível conseguir mesclar os temas, os assuntos, os gêneros. Diversidade é justamente poder passear por todas as plataformas, sem medo. Gosto do que me desafia. Do que me faz pensar que eu talvez não conseguisse realizar. Se eu não me imagino fazendo, provavelmente é o papel certo. E isso pode vir de todos os lugares: comédia, terror, infanto-juvenil, drama…
Você parece ser um cara leve e de bem com a vida. É isso mesmo? Como se definiria? Sou assim mesmo. Eu escolho olhar a vida com leveza, com positividade, com otimismo. E é uma escolha. Consciente. Sempre me conectei muito com as pessoas através do humor. E acho que isso rege muito minhas relações e o meu olhar para a vida de uma maneira geral. Posso dizer com confiança que eu me defino um cara leve e de bem com a vida. E pretendo seguir assim.
O que faz sua cabeça nas horas vagas? O que te distrai? Eu gosto muito de escrever. Escrevo roteiros, crônicas ou apenas textos que me ajudem a descarregar os pensamentos borbulhantes. Gosto muito também de ir ao cinema, sou cinéfilo assumido. Também sou completamente apaixonado por cachorros, tenho 3, então quando posso, passo horas brincando com eles. Me faz muito bem. E, lógico, cantar. Eu sempre canto quando estou distraído.
Bom humor faz parte de um dos atrativos que alguém deve ter para chamar sua atenção? O que mais uma mulher precisa ter? Com certeza. Bom humor talvez seja o fator número um para chamar minha atenção. Se não entender minhas piadas, se não tiver capacidade de rir da vida, já não acho tão interessante. Além disso, eu valorizo muito a inteligência emocional. Eu quero poder estar com alguém que goste de conversar sobre arte, sobre política, sobre vida…
Para conquistar João basta… Me emocionar.
Esse ano mal começou e você já vem com filme novo, “Eu sou mais eu!”, agora essa semana. O que podemos esperar com esse novo longa? É um filme sobre aceitar sua verdadeira essência, sem máscaras, sobre enfrentar seus medos em prol de não perder quem realmente somos, em todas as suas formas. Eu interpreto o Cabeça, melhor amigo da Camila Mendes, personagem da Kéfera. Os dois atravessam uma jornada juntos, de superação do bullying, da força da amizade, de confiança. É uma história cheia de sutilezas, música, dança, risadas e nuances emocionais.
Mais alguma novidade que pode nos adiantar para esse ano? Volta à TV? Eu estarei na série americana-brasileira “O Hóspede Americano” da HBO que conta a história do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e Marechal Rondon, quando ambos partiram em uma expedição no Rio da Dúvida, em Rondônia, no começo do século 20. Roosevelt será interpretado por Aidan Quinn, conhecido por trabalhos como a série “Elementary“, filmes como “Music of the Heart“, em que protagonizou ao lado de Meryl Streep e Gloria Estefan, “Lendas da Paixão (Legends of the Fall)”, estrelado por ele, Brad Pitt e Anthony Hopkins, e “Desconhecido (Unknown)”, que teve com protagonista Liam Neeson. A série conta também com Chico Diaz e Theodoro Cochrane no elenco.
Fotos Marcos Duarte
Produtor executivo Melly Ramalho
Editor de moda Rafael Menezes
Beleza Edu Hyde
Créditos das roupas: Look ao lado de uma estátua e sentado no elefante: Tom Ford, Look no sofá: smooking: Ricardo Almeida, tricot: Armani, tênis: Prada, joias: Virgínia Tavares; Look sentado no chão: tricot: Armani, smooking: acervo, bota: Melissa; Look com o elefante: terno: Ricardo Almeida, t-shirt: Hering, papete: Rider