Por Nadezhda Bezerra
Mais do que um ator, um cidadão, um homem ciente do seu papel de homem no trabalho e na sociedade. É essa a impressão que se tem ao conhecer um pouco mais do ator Max Fercondini. Com muita simpatia e simplicidade Max nos recebeu para esse papo muito legal que vai de sustentabilidade, prendas domésticas, fotografia, aviação…. e claro, TV! Sim, não podíamos deixar passar em branco a sintonia e admiração que ele nutre pela amada Amanda Richeter, que brilhantemente clicou Max nessa matéria da MENSCH. Max Fercondini, um cara típico bom moço que todo mundo quer como colega de trabalho, amigo de mesa de bar (moderadamente) ou simplesmente para um bom papo.
Essa experiência com o Globo Ecologia fez mudar algo em você em relação ao meio-ambiente e à sustentabilidade? Sim. Acredito que, a partir do momento em que se tem acesso à informação, todas as pessoas começam a fazer escolhas mais conscientes, inclusive com relação ao meio ambiente. Isso em mim é muito forte e, por conta de uma série de programas sobre consumo sustentável que fizemos na temporada do ano passado do Globo Ecologia, comecei a ter mais responsabilidade na hora de escolher meus produtos. Isso vai desde a escolha por produtos mais duráveis, até os que agridem menos o meio ambiente e minha própria saúde. Mesmo assim, ainda acho que a sociedade está muito distante de uma relação ambientalmente mais sustentável. Acredito que o avanço da tecnologia será muito importante no aprimoramento dos processos produtivos, obtenção de energia limpa e renovável e processamento e inertização dos resíduos que não podem ser reutilizados ou reciclados. Pode-se dizer que sou um otimista que acredita na ciência!
Em uma das cenas de “Morde & Assopra” seu personagem sugere a
Melissa, interpretada por Marisol Ribeiro, que fiquem juntos uma vez que estão sozinhos e sentem carinho um pelo outro. Na vida real você acha que só carinho pode construir uma boa relação e o amor pode surgir com o tempo? Acho que o amor se constrói com o tempo. Amor à primeira vista é paixão, desejo e admiração ou outra coisa mais imediata. Só mesmo conhecendo a outra pessoa para se ter algo verdadeiramente próximo ao amor. A plenitude do amor, na minha opinião, é conhecido como altruísmo – mesmo dentro de uma relação amorosa. Para se conhecer profundamente a outra pessoa e poder dizer “eu te amo”, às vezes, leva-se um ano ou mais, dependendo da intensidade da relação e das intenções de ambos.
Você e seu irmão trocam muitas idéias sobre suas carreiras? Como
é a relação de vocês? Sempre nos apoiamos muito. Ele decidiu ser ator quando eu já estava morando no Rio e com minha carreira “acontecendo” a todo vapor. Ele se esforçou muito para chegar aonde chegou e hoje tem um bom contrato com a TV Record. Acho que, se estivéssemos na mesma emissora as coisas seriam um pouco mais próximas e fáceis para ambos, mas acho ótimo ele estar conquistando seu espaço.
Como você definiria Amanda Richter? Que qualidades ela tem que você admira numa mulher? Ahhh,… Sou muito suspeito para falar dela, pois somos um casal em muita sintonia. Ela é tudo que eu admiro numa mulher e mais um pouco! Esse mais um pouco eu não posso falar! (risos). Mas, de verdade, vivemos uma relação de muito companheirismo, até mesmo atípico para nossa geração. A Amanda tem 21 anos e eu completo 26 no dia primeiro de setembro. Ambos somos maduros e encaramos com muito respeito o momento do outro e as SAUDÁVEIS diferenças. A Amanda é divertida, alto astral, dedicada e delicada, carinhosa… Enfim, posso ficar horas tecendo elogios a ela. (risos).
E você também vai na onda dos homens que curtem ir pra cozinha fazer um bom jantar para os amigos e/ou um jantar íntimo pra namorada? Sempre! Amanda e eu combinamos muito na cozinha e gostamos de exercitar a prática de servir, a nós mesmos e também os amigos. Cozinhamos mais pra nós mesmos do que para os amigos. Mas gostamos de receber com “prato cheio” quem nos visita. Gostamos de degustar e SABER sobre vinhos e uvas também. Minha atual casa conta com uma cozinha americana que nós desenhamos para integrar os ambientes e, assim, podemos preparar as refeições interagindo com quem estamos recebendo. Gosto muito de preparar pratos com camarões. Amanda adora todo tipo de risoto.
O que um homem não pode perder nunca e que qualidades deve buscar sempre? Acho que nunca devemos nos corromper para conquistar qualquer um dos nossos objetivos. A corrupção dos valores familiares e sociais são as maiores aberrações que estamos vivendo atualmente. E isso não é uma exclusividade dos homens, mas, aparentemente, as mulheres são mais honestas nos seus sentimentos e valores. Quanto ao que não devemos perder, acho que o cavalheirismo e a educação. São qualidades que sempre serão valorizadas pelas mulheres, por mais igualitária que seja a sociedade entre os gêneros.
Homens e mulheres são muito diferentes. Concorda? Que qualidades femininas você mais admira e que defeito você menos gosta?
Concordo e acho as diferenças saudáveis, complementares e essenciais. Gosto de mulheres femininas. Admiro a delicadeza do sexo oposto ao meu e, por vezes, a dependência por ajuda masculina. Gosto de poder ser útil à mulher em questões específicas, como consertar alguma coisa, carregar peso e ser coerente! (risos). Mas não dispenso a incoerência feminina sobre coisas abstratas e românticas. É um alento para minha racionalidade extrema, por exemplo.
Que “programa de homem” você mais curte: jogar bola com os amigos (ou ir pro campo), passar algumas horas no bar com a galera tomando vários chopes ou assistir Fórmula 1 no domingo pela manhã cedinho? Sou mais do bar com amigos. Gosto de beber, moderadamente. Já tive minha fase, mas agora, para maneirar na bebedeira, adotei o limite de um chopp ou cerveja por hora. E não vale contar todas as horas do dia e resumi-las no tempo em que se passa no bar! (risos) Dessa forma, acredito ser mais justo com meu corpo e mente, sem deixar de degustar um bom “suco de cevada” gelado com os amigos! (mais risos)
concorda que a amizade masculina é mais sincera? Concordo e pratico. Acho que os homens conseguem implicar menos uns com os outros do que as mulheres entre si. Respeitamos mais as diferenças e até mesmo as qualidades e vantagens que nossos amigos possam ter. Um exemplo disso, acho que competimos menos com um amigo por mulheres bonitas, mesmo sabendo que o amigo faz mais sucesso com as mulheres em baladas. É claro que as exceções fogem a regra, mas, no geral, homem é mais leal, sim.
Fotos: Amanda Richter
Agradecimentos: May Biolli – Ponto3 Comunicação
Agradecimento especial a Max Fercondini