ESTILO: ALFAIATARIA: 5 DICAS PARA UM VISUAL IMPECÁVEL

Por Ivan Reis / Fotos Rodrigo Marconatto

Não é de hoje que a elegância masculina é atrelada ao universo da alfaiataria. Seguindo a tradição dos trajes formais de tecidos, cortes, estampas e texturas que compõem um estilo essencialmente clássico e que incorpora mudanças de estilo e personalidade de quem o adota ao longo do tempo. No mundo corporativo, a presença de camisas, paletós, gravatas e até smokings é uma realidade de muitos que fazem desse código de vestimenta um verdadeiro lifestyle. Para o consultor de imagem e estilo masculino Rafael Flumingnam, a alfaiataria transmite uma mensagem de sofisticação, classe e confiança. “Sempre foi adotada como traje dos nobres da realeza e, posteriormente, como uniforme da burguesia. As peças passam, até hoje, a ideia de tradição e poder”, afirma ele. Pensando nisso, o consultor de imagem comentou cinco dicas para ter um visual de alfaiataria impecável. Confira!

COMPRIMENTO

É preciso estar atento à quantidade de tecido da peça e à proporção do corpo. O ajuste para que fiquem do tamanho correto é essencial para um visual coeso. Para a barra da calça, existem possibilidades de tamanho que variam com o estilo. Seguindo a tradição “a mais aceitável é que descanse sobre o sapato cobrindo levemente o início do calçado para que forme uma pequena quebra no tecido”, diz o consultor Rafael Flumingnam.

Para o paletó, o ideal é que a peça cubra o zíper da parte dianteira da calça e que termine no final da curva traseira. Ainda segundo o consultor de imagem, a camisa – item essencial do guarda-roupa masculino – segue uma regra precisa. “As mangas devem terminar no osso do pulso, com aproximadamente 1 cm a 1,5 cm de tecido visível além de onde termina a manga do paletó”, afirma o especialista em imagem masculina.

PROPORÇÃO

Uma boa peça de alfaiataria preza pelo tamanho ideal que influencia em um visual alinhado, independente do estilo. Seguindo as tendências, Rafael Flumingnam afirmou que a modelagem mais ampla, conhecida como oversized, está aparecendo com mais frequência. O consultor também sugere olhar com atenção para esse aspecto das peças. “Para se manter no visual tradicional da alfaiataria, opte por um modelo regular fit, ajustado ao seu corpo onde as peças seguem os comprimentos tradicionais, sem estarem apertadas ou largas demais”, explica ele.

TECIDO

Ao escolher um tecido, é preciso levar em conta, além do investimento da peça, a ocasião e o clima em que será usada. “Para conforto e qualidade, devemos considerar as fibras naturais sempre como as mais indicadas, como a lã fria e o algodão”, diz Rafael Flumingnam.

Peças confeccionadas em linho ou anarruga – tecido com efeito visual enrugado e com textura diferenciada – são opções para os climas mais quentes. “Os tecidos não naturais, como microfibra e poliviscose, são mais econômicos, mas, para um visual clássico e tradicional, escolha os naturais e de boa qualidade”, recomenda o especialista. Os forros dos paletós também devem ser escolhidos com atenção, pois tramas sintéticas podem comprometer o conforto térmico.

CAIMENTO

Essencial à coesão visual da alfaiataria, Rafael Flumingnam enfatiza que o caimento deve ser preciso, ajustado e, se possível, feito sob medida. “A primeira e mais importante medida que deve ser respeitada é a linha dos ombros, que irá direcionar todo o resto da construção do traje. É quase impossível de ser ajustada depois que a peça está finalizada”, explica o consultor de imagem.

CORES

Os tons mais claros são recomendados para o uso diurno. Para a noite, o consultor indica as cores escuras. Variando entre estilos, a informação cromática diz muito sobre o estilo pessoal para a escolha da ocasião em que o traje será usado. “Por mais que as pessoas acreditem que o preto é uma boa escolha, a cor não é a mais sugerida. Ela pode ser substituída por outros tons mais neutros, como o azul marinho e o cinza”, aponta ele. A padronagem é outro detalhe que também deve ser considerado na elaboração do traje. Ela pode dar o toque de estilo que tantos buscam. O famoso risca-de-giz ou xadrez que nunca saem de moda”, completa o consultor de imagem e estilo masculino.