ESTRELA: PRISCILA BUIAR NA “SALA ESCURA”

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Nascida em Maringá, Paraná, Priscila Buiar começou sua trajetória profissional como modelo. Aos poucos foi colocando sua marca na dramaturgia e o seu divisor de águas sem dúvida foi a websérie Stupid Wife. Que a levou em 2022 a ganhar prêmios no Rio Webfest e o Asia Web Awards na categoria de Melhor Atriz de Drama por sua atuação. Agora Priscila volta a chamar atenção, porém dessa vez é nas telonas com um filme de terror psicológico chamado Sala Escura. Ao mesmo tempo, a bela está gravando na rede Record, a série Reis. E ela não para por aí, Priscila acaba de ganhar outro prêmio, o Prêmio Jovem Brasileiro, na categoria Influencer Fitness. Nesse papo com a MENSCH Priscila nos conta de tudo um pouco, da sua estreia nas telonas ao seu cotidiano fitness. Uma coisa é certa, você vai se encantar por ela.

Como foi participar de um filme de terror, teve alguma preparação especial? Foi uma experiência incrível. Eu já havia feito um filme de suspense/terror psicológico, mas ‘Sala Escura’ é o primeiro no gênero de terror gore. Então foi tudo muito novo e empolgante. Ver o trabalho incrível da direção de arte para que os objetos e instrumentos usados em cena parecessem reais… E realmente eles me deram medo durante as gravações; associados ao trabalho impecável da Mari Figueiredo com as próteses, ferimentos e hematomas que minha personagem tinha. Ao mesmo tempo em que era divertido porque era tudo de mentira, tudo uma brincadeira, também deu muito medo porque na interpretação é sempre muito real. Existe sempre essa crença no imaginário… “e se eu estivesse realmente presa nessa sala de cinema com esse bate-bola?” Então foram dias de muita gritaria e sangue (risos).

A caracterização exigiu uma preparação diferente, já que minha personagem é torturada, então precisamos fazer algumas próteses para serem utilizadas em cena para garantir a maior veracidade possível, além do meu conforto e segurança. Fizemos próteses de boca e orelha. Ganhei uma delas de recordação rs. O Material é tão perfeito que quando associado às cores da maquiagem fica realmente muito real. Eu fiquei chocada em perceber como o trabalho da caracterização é fundamental neste gênero. A Mari deu muito o tom das minhas cenas e isso impactou muito na minha interpretação.

Pode dar algum spoiler/ contar um pouco sobre a sua personagem? A Fabiana, minha personagem, é a primeira a desaparecer. Ela é raptada quando vai ao banheiro antes do filme começar. E dentro da sala de projeção é onde tudo acontece. Uma sala pequena, escura, bem agonizante e claustrofóbica. Dentro desta sala ainda temos a presença do bate-bola, conhecida figura Carnavalesca e presente na cultura do Rio de Janeiro, mas que não deixa de trazer um certo estranhamento e medo pela sua máscara ameaçadora. Uma curiosidade é que minhas cenas foram gravadas praticamente inteiras em plano sequência – quando não há cortes para mudanças no plano, na iluminação da cena, etc. Então fomos em uma crescente, o que me ajudou muito na interpretação. As pausas eram, no máximo, para que a caracterização aumentasse os hematomas. Foram cenas muito intensas dentro daquela salinha de projeção.

Como é pra você interpretar tantos personagens distintos, o que a Ula da série Reis trouxe de diferente do que você já tinha feito? Eu adoro transitar em gêneros diferentes. Sempre aprendo muito. Atualmente estou gravando um projeto na rede Record, a série Reis, e tem sido um novo desafio. Trabalhar em um produto que não é contemporâneo pede uma atenção maior a movimentação corporal, que não era a mesma naquela época. Gestos, modo de sentar-se, modo de falar… É preciso ter mais atenção e consciência durante as gravações desse tipo de projeto. A Ula é uma personagem muito misteriosa. E ela tem me ensinado a brincar com as expectativas e percepções do público. Ninguém nunca sabe exatamente quem ela é, quando vai aparecer e se seus conselhos são bons ou ruins. Eu estou me divertindo muito brincando com isso. Acho que é legal ter esse jogo com o público e deixar que cada um tenha sua própria opinião e percepção.

Você já ganhou alguns prêmios internacionais na sua carreira, qual foi o mais expressivo? Toda premiação é sempre motivo de comemoração. Ganhando ou não, é muito recompensador e gratificante receber uma indicação como reconhecimento por um trabalho que fiz com muito amor e dedicação. Recentemente, eu fui convidada a participar do Panamá Series Festival, um festival internacional na Cidade do Panamá. Foi uma honra enorme falar um pouco sobre minha carreira e experiência na indústria audiovisual. No Festival, também recebi o prêmio de melhor atriz de drama pela minha atuação no projeto Prayer Rio, um projeto internacional que é gravado pelo mundo. Cada episódio é como um curta metragem, gravado em diferentes cidades do Mundo, sempre evidenciando muito da cultura, dos costumes e da fé daquele lugar e povo.

Durante a viagem, vimos que gravou um novo episódio do projeto. Pode contar um pouquinho a respeito? Sim! Aproveitamos a viagem para gravar um novo episódio do projeto. Desta vez o Prayer Panamá. A convite do diretor de Los Angeles Young Man Kang, criador e idealizador do projeto, escolhemos fazer o episódio em inglês. Foi meu primeiro projeto atuando em outra língua e foi um desafio muito positivo. Nós nunca sabemos do que somos capazes, até realizarmos. Foi uma conquista muito importante pra mim, perder esse receio. No fim, é tudo sobre atuar com verdade, independente do idioma que está sendo falado. Espero que seja o primeiro de outros que virão pela frente.

Além dos prêmios internacionais, conte um pouco sobre a experiência no Prêmio Jovem Brasileiro? Este foi outro prêmio que ganhei recentemente: o Prêmio Jovem Brasileiro, na categoria Influencer Fitness. Foram mais de 10 milhões de votos das minhas fãs e seguidoras para que eu subisse naquele palco. Um número que eu jamais imaginaria alcançar. Ao mesmo tempo, essa marca é muito significativa porque há exatamente um ano atrás eu lancei um projeto de autocuidado que se chama Selfcare para estimular minhas fãs e seguidoras a cuidarem de si mesmas. Foi a maneira que encontrei para devolver todo o carinho, amor e apoio que recebo delas. E, por ser atriz, achei muito positiva essa conquista, porque toda vez que eu falo ou posto sobre a importância de fazer atividade física, comer bem, meditar, ler, etc. eu nunca estou tentando impor um padrão de corpo, ou um estilo de vida que eu acho que elas deveriam ter. Eu estou apenas tentando influenciar positivamente o meu meio. Nós não podemos mudar o outro, apenas a nós mesmas, e eu acredito que ser um exemplo é uma boa forma de influenciá-las.

E por falar em cuidado, tem algum ritual de beleza que pratica? Ultimamente meu maior e melhor ritual de beleza tem sido cuidar de mim de forma completa. Não abro mão de fazer terapia uma vez por semana para entender melhor os processos da vida e para inclusive me conhecer mais. Quanto mais conheço sobre mim mesma, quanto mais entendo minha história e trajetória, mais consigo colocar minhas experiências e vivências a serviço da Arte. Seja para personagens bons, seja para os vilões, saber usar tudo o que temos de luz e de sombra é essencial na atuação. Grandes atuações pedem mergulhos profundos. Também pratico atividade física todos os dias, procuro me alimentar bem e dormir a quantidade de horas necessária para o descanso do corpo. Ainda mais agora que retomaremos as gravações da 13a temporada da série, estar com a saúde e imunidade em dia se faz essencial ao nosso ofício.

Fotos Priscila Nicheli

Styling Samantha Szczerb 

Beleza Luan Milhoranse

Assessoria First Press Comunicação 

Agradecimentos Nayane e Raffer